INDIGNAÇÃO
Por Brigadeiro Eduardo Camerini
Não obtive resposta ainda, mas julgo necessário divulgar
entre outros colegas militares, dada a gravidade da situação.
AO MINISTRO DA DEFESA
Prezado General Paulo Sérgio.
Conforme lhe informei ontem, estou lhe mandando esse texto,
de minha autoria, para sua apreciação.
Trata-se de uma cópia única, endereçada somente ao senhor,
para sua avaliação.
Que as decisões sejam iluminadas!
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Texto Escrito Após a Fala do Sr. Presidente da República.
Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam
uma guerra!
Hoje perdemos a maior delas!
Perdemos nossa Coragem!
Perdemos nossa Honra!
Perdemos nossa Lealdade!
Não cumprimos com o nosso Dever!
Perdemos a nossa Pátria!
Eu estou com vergonha de ser militar!
Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e
lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do
combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou,
sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que
não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas,
e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.
Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela
nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa
preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger!
Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo.
Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois
disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda
mais as coisas.
Joguem todas as nossas canções no lixo!
A partir de hoje, só representam mentiras!
Como disse Churchill:
“Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.”
E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente.
A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os
caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como
traidores.
Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu
inclusive.
Generais não serão mais representantes de suas tropas.
Perderão o respeito dos honestos.
As tropas se insubordinarão, e com toda razão.
Os generais pagarão caro por essa deslealdade.
Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas
urnas.
Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude!
Mas outros, civis, conseguiram!
A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra
Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer
suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam,
Manés!
E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF,
que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender
inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo
pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes
informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não
aconteceu?
E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo?
Isso também não aconteceu?
Onde está a defesa dos poderes constitucionais?
Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência
a um ladrão?
Será que os generais são incapazes de enxergar que,
validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos
códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as
próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder,
assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para
aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?
NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!
A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim
como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que
asseguram o governo ditatorial.
O povo nunca perdoou os traidores nem os burros.
Não vai ser agora que irão.
Ah, sim, generais:
Entrarão para a História!
Pela mesma porta que entrou Calabar.
QUE VERGONHA!
Assina:
Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini
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PARABÉNS BRIGADEIRO, O SENHOE ME REPRESENTA.
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