Recordações
Antônio Baracho
A viagem à fazenda
foi interessante.
Seguíamos
enfileirados, o dono da propriedade, minha prima e eu.
O vaqueiro ia na
frente, na sua montaria.
Contornamos íngreme boqueirão,
de onde se
contemplava do alto uma cachoeira que deslizava.
O trote era lento,
devido ao terreno acidentado.
O importante era
quem nos guiava: jovem muito calmo,
com a experiência e
conhecimento do local.
A vista era muito
bonita com a mata verdejante, altos jequitibás,
Maçarandubas
frondosas, ipês e muitas jaqueiras.
Os animais estavam
devidamente selados e ajustados para não haver surpresa.
Atravessamos dois
córregos sem oferecer algum perigo.
Antes do pôr do sol
chegamos na casa
humilde do trabalhador que já nos esperava
com a esposa e suas
três filhas. A mais velha chamava-se Iara.
Depois que houve a
apresentação e cumprimentos dos moradores
fomos tomar banho
no riacho que ficava próximo da residência.
E assim pudemos nos
refazer após a viagem cansativa.
Após ter servido o
jantar
e o céu
completamente estrelado com a presença definitiva da noite,
Iara contou a
estória da caipora que mora na mata,
com o seu lindo
olhar de menina da roça.
Antônio Baracho, membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL, ocupante da cadeira nº 11.
E-mail: antoniobaracho@hotmail.com.
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