25 de janeiro de 2021
Em memória dessas duas importantes efemérides segue um
trecho escolhido de um discurso do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, publicado
em “O Legionário” (21-7-1935).
“Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal [n.r.: Fábio da
Silva Prado]
Incumbiu-me a mocidade que aqui se congrega, de homenagear,
na pessoa de V. Exa., a gloriosa capital paulista.
Nada de mais grato para nossos corações do que celebrar, na
festiva data de hoje, a grandeza e a glória da nossa Pauliceia, tão digna de
todas as homenagens, pela sólida catolicidade que a distingue e pelo valor de
sua atuação na vida nacional.
Consagrando ao Apóstolo das Gentes a cidade que acabava de fundar, Anchieta implorou e obteve, para a raça que dela brotasse, o idealismo abrasador, a energia inexaurível, a combatividade invencível, a audácia viril e realizadora que Paulo de Tarso soube pôr a serviço da maior das causas, a causa de Cristo e da sua Igreja. […]
Não é apenas no idealismo candente e no vigor da ação, que
os filhos desta cidade se têm mostrado dignos do Patrono que lhes deu Anchieta.
É também pela universalidade de sua ação.
São Paulo, o Apóstolo das Gentes, não concebia limites para
a sua doutrinação. O mundo inteiro era pequeno para a grandeza de seu ardor
apostólico.
Assim também a ação vigorosa e fecunda dos paulistanos se
destaca pela sua universalidade. Nem a distância dos lugares, nem a dificuldade
das comunicações foram diques capazes de conter a ação da gente bandeirante,
que se tem derramado em influxos benéficos sobre o Brasil inteiro. E desde as
bandeiras até à reconstitucionalização do País, todos os episódios de nossa
história têm sido um transbordamento do coração e da energia de São Paulo, para
além de nossas fronteiras em benefício de nosso grande Brasil. […]
São Paulo não é grande por ser rica. Mas São Paulo é rica,
porque o paulista é grande. Nossa riqueza foi arrancada ao solo virgem de nossa
terra depois de uma luta titânica contra a natureza bravia. Nossa capital não
se construiu em fértil e luminosa planície, embelezada por todas as graças da
natureza. Foi edificada em terreno montanhoso e sob um céu cheio de brumas, em
que tudo no ambiente nos lembra, constantemente, a vocação do paulista; porque
as brumas nos dizem lutar e o solo acidentado nos brada subir.
Se nosso Estado é próspero e nossa capital é bela, não o
devemos nós, portanto, senão à mercê de Deus e à fibra de nossa gente. Porque
foram sempre a mercê de Deus e o valor de nossa fibra a maior riqueza com que
contamos”.
https://www.abim.inf.br/25-de-janeiro-dia-do-apostolo-das-gentes-e-da-cidade-de-sao-paulo/
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