16 de julho de 2020
Virgem do Carmo – Isabel Martos, séc. XIX.
Coleção Particular, Sevilha (Espanha).
A Igreja comemora o dia de Nossa Senhora do Carmo em 16 de
julho; e o de Santo Elias, fundador da Ordem do Carmo, no dia 20. Para
relembrar ambas comemorações, segue trecho de uma conferência de Plinio Corrêa
de Oliveira realizada em 14-11-1970.
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Nossa Senhora é a Rainha da Ordem do Carmo, a primeira Ordem
religiosa constituída de modo especial para o louvor d’Ela. A observância
oficial da Ordem do Carmo é a devoção da escravidão à Santíssima Virgem. Um dos
louvores que Ela recebe de todos os seus carmelitas no Céu é o cântico de seus
escravos de amor.
O que significa, neste caso, ser “escravo de amor”? É a
condição da pessoa que desejou ter uma fidelidade perfeita e completa; que
desejou renunciar a seus haveres e direitos; que desejou renunciar a si mesmo,
inclusive aos bons méritos de suas boas obras; que depositou tudo nas mãos de
Nossa Senhora; e quis viver só para Ela, a fim de que, nessa união, Ela fizesse
tudo, como Senhora de tudo.
A Ordem do Carmo tem a vocação de ser tão unida à Santa Mãe
de Deus, que pode ser chamada de Ordem dos escravos da Santíssima Virgem. No
Céu, com certeza, essa Ordem deve ter um lugar especial junto a Ela. Deve ser o
Céu dos Céus, um lugar eleitíssimo, o melhor dos lugares para os filhos
carmelitas que Ela suscitou para serem seus escravos até o fim do mundo, sob a
direção do máximo escravo d’Ela que foi Santo Elias — esse homem incomparável e
assombroso, que voltará no fim de toda a História para travar as últimas
batalhas por Deus.
Peçamos a Santo Elias, em união com todos os santos da Ordem
do Carmo, que ele se constitua nosso especial chefe, pai e senhor, e auxilie as
almas cambaleantes, dando fervor e claridade aos espíritos indecisos, firmeza à
vontade fraca.
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