31 de maio de 2020
Paulo Roberto Campos
Rainha dos Homens, Rainha dos Anjos, Rainha da Terra, Rainha
do Céu, Rainha da Igreja, Rainha do Brasil, Rainha dos Corações etc. São
títulos que homenageiam Nossa Senhora uma vez que Ela é Mãe de Nosso Senhor
Jesus Cristo, Rei do Universo e Rei dos Reis.
Entretanto, em nossos tristes dias, poder-se-ia afirmar que
Ela é uma Rainha Destronada. — Por quê?
Respondo
com uma pergunta: A atual situação nacional e mundial não entristece a
Santíssima Virgem? Certamente, nenhum católico ousaria dizer que não A
entristece. Pior ainda: A catastrófica situação da Santa Igreja… Para dar
apenas um exemplo: a crise verdadeiramente apocalíptica na Igreja, devido à
autodemolição promovida pelo progressismo, dito católico, à cargo de altas
figuras do clero esquerdista.
Quase tudo
no mundo moderno colabora para destronar a melhor de todas as Rainhas. Ela é
ultrajada por seus inimigos e até abandonada por seus filhos. E por isso Nossa
Senhora chora!
Neste dia
em que celebramos, segundo o calendário tradicional, Nossa Senhora Rainha, é
uma boa ocasião para pedirmos a graça da total fidelidade a Ela e de não
permanecermos indiferentes às Suas lágrimas. Ocasião também para fazermos um
compromisso de atuar ainda mais para restabelecê-la no Trono de glória, para
que Ela volte a ser coroada, e efetivamente seja Rainha de todas as nações
ainda em nossos dias.
Nesse sentido, transcrevo trecho de uma conferência de Plinio Corrêa de Oliveira (em 26-2-1966), durante a qual ele concebeu uma antológica e inesquecível metáfora:
“Nossa Senhora é como uma Rainha que está sentada no seu
trono. A sala está cheia de inimigos. Os inimigos já arrancaram-lhe o dossel;
já tiraram da sua fronte veneranda a coroa de glória a que Ela tem direito; já
lhe arrancaram das mãos o cetro. Ela está amarrada para ser morta.
Dentro dessa sala cheia de gente poderosa, armada, influente
— todos diante da Rainha que não faz outra coisa senão chorar —, há também um
pugilo de fiéis, e Ela evidentemente olha para tais fiéis. Assim, ou este olhar
faz em nós o que o olhar de Jesus fez em São Pedro, ou não há mais nada para dizer…
A Rainha vai ser arrancada do trono. Pergunta-se o que nós
vamos fazer? Nesta hora deste olhar, isso não me interessa? Este olhar não me
sensibiliza?
Poder-se-ia então perguntar: quem sou eu? Eu sou o homem
para quem Nossa Senhora olhou!
Mas serei o homem a quem Ela terá olhado em vão?”
http://www.abim.inf.br/31-de-maio-dia-de-nossa-senhora-rainha/
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