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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

MISSÃO AD GENTES – Dom Ceslau Stanula


Bom dia...

Voltemos ainda ao mês extraordinário das Missões.

Muito se fala na Igreja sobre a missão ad gentes. O que isto significa? É a missão junto aos NÃO cristãos no contexto sócio cultural deles.

Isto implica viver no meio destes povos, falar língua deles, e compartilhar o Evangelho com a vida e com palavras, promovendo a vida e a esperança.

A palavras Jesus: "vão portanto e façam discípulos todos os povos: (Mt 28,29) constituem o programa desta missão primordial da Igreja. Rezemos por estes missionários que se predispõem   a esta missão. 


Colonização e Evangelização

Continuando...

A missão ad gentes encontra hoje dois grandes obstáculos vinculados ao: tempo e espaço. Primeiro ao tempo, porque,  infelizmente  associa‐se a evangelização com a colonização.

O passado marcou as regiões tanto das Américas como Ásia, África, com esta marca de parte dos europeus, com as suas consequências graves.

Quantos missionários(as) resistiram às potências coloniais e suas políticas, mas não conseguirem  mudar este conceito. A missão ainda hoje alguns identificam com a colonização. Já o Papa Bento XV denunciou isto, na carta Apostólica   sobre a Missão, chamando atenção que a missão direciona á pátria celestial e não alarga influência do país da origem do missionário.

(Aqui a minha experiência pessoal: chegando em 1966 a Argentina como missionário ‐ depois, em 1972, ao Brasil) um velho missionário e amigo me disse: Ceslau, tu vais ser o bom missionário, mas tem que passar primeiro pela morte mística.  Não entendi o que me quis dizer. Depois me explicou: esqueça o que foi na Polônia e  assuma a realidade e costumes locais. Isto é, inculture-se, assume a cultura do seu povo com quem estas vivendo... isto procurei fazer sempre como o missionário, por isso me sinto em casa. (Desculpem o acento tão pessoal).

A missão não é colonização. É propor ao povo o Cristo e a sua mensagem.

Com a bênção e oração. Dom Ceslau.

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Dom Ceslau Stanula, bispo emérito da Diocese de Itabuna/BA, escritor, membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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