O Acadêmico Ariano Suassuna,
autor de importantes obras como “O santo e a porca” e “O auto da compadecida”,
escreve, em 1957, “O casamento suspeitoso”, uma comédia de costumes
nordestinos escrita em forma de peça. Suas personagens são caricaturadas e
fazem uso de linguagem e expressões próprias da região Nordeste brasileira.
Em 2019, uma parceria entre a Academia
Brasileira de Letras e a Escola Técnica Estadual de Teatro
Martins Pena promove apresentações teatrais da peça “O casamento
suspeitoso” adaptadas para o formato de leitura dramatizada.
Com um pouco mais de uma hora de duração, jovens e adultos poderão se encantar
com uma divertida história que tem como tema central o casamento por interesse
ou, como o dito popular, o “golpe do baú”. O espetáculo tem a
direção de Eduardo Almeida e o elenco é
composto por alunos e ex-alunos da Escola. São eles: Matheus Racinne,
Fabricio Sigales, Jhô Teodorio, César Vieira, Vivianne Baptista, Teo Pasquini,
Miriã Duarte, Bruna Morais e Janice Fernandes.
“Quanto à vulgaridade dos meios
cômicos de que lanço mão, é coisa que não me incomoda absolutamente. Não tenho
nenhuma tendência para a finura – pelo menos para isso a que os distintos
chamam de finura. Ao humor educado e delicado deles, prefiro o rasgado e franco
riso latino, que inclui, entre outras coisas, uma loucura sadia, uma sadia
violência e um certo disparate.”
Os personagens Canção e Gaspar, que
dão um show à parte, retomam a tradição do teatro popular.
“Eles são a dupla circense que o povo, com seu instinto certeiro, batizou
admiravelmente de o palhaço e o besta”, comentou Suassuna.
O casamento suspeitoso será
apresentado no dia 23 de outubro, quarta-feira, às 15h00, no Teatro
R. Magalhães Jr., na Academia Brasileira de Letras. Entrada franca.
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INSCRIÇÕES
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