27 de abril de 2019
Plinio Maria Solimeo
O mundo assistiu estupefato no dia 15 pp. aos vídeos do
trágico incêndio do mais icônico edifício do mundo, a catedral de Notre Dame de
Paris.
“Como ocorreu essa catástrofe?” É a pergunta que se impõe
quando se trata de um monumento como Notre Dame. E ela se impõe porque esse
incêndio se produziu em meio a uma onda de ataques vandálicos cristianofóbicos
contra igrejas na França.
Apenas um mês antes, em 17 de março, por exemplo, havia
ardido a histórica igreja de SaintSulpice, uma das mais importante de
Paris, construída em 1646, num criminoso ataque presumivelmente de um ou vários
anticatólicos. Além dela, em apenas uma semana, 12 outras igrejas foram
queimadas ou profanadas, com imagens da Santíssima Virgem destroçadas, e de
Jesus Cristo decapitados.
A par disso, a descristianização da “Filha Primogênita da
Igreja” é das mais elevadas no mundo, onde infelizmente as blasfêmias mais
soezes estão na ordem do dia em meios de comunicação, e não se poupando mais
nem a Nosso Senhor Jesus Cristo e à sua Mãe Santíssima.
Foi nesse contexto que ocorreu o incêndio em Notre Dame,
catedral histórica que não é somente símbolo de Paris nem sequer da França, mas
de toda a cristandade. Foi por isso que a notícia de seu incêndio percorreu o
mundo e provocou consternação em todas as pessoas bem formadas.
A construção dessa emblemática joia do gótico medieval foi
iniciada no ano de 1160 pelo bispo Maurício de Sully, demorando 100 anos para
ser praticamente completada. Durante os séculos seguintes foram sendo
acrescentados aperfeiçoamentos, até chegar a dar-lhe a feição atual.
Entre suas paredes ocorreram fatos importantes da vida
religiosa da cidade de Paris e da França. Mas ela também enfrentou profanações,
como por exemplo durante o período da Revolução Francesa, quando foi
satanicamente dessacralizada com muitas de suas imagens danificadas ou
destruídas.
Depois de voltar ao culto durante a Restauração, Notre Dame
continuou a marcar a vida de Paris, tornando-se um dos monumentos mais
visitados do mundo, com cerca de 12 a 13 milhões de visitantes por ano.
Esse cântico de louvor à Santíssima Virgem em pedra e
cristal continha em seu seio imensos e inapreciáveis tesouros. Mas sobretudo
conservava entre em suas paredes históricas o Rei dos Reis e o Senhor dos
Senhores no Santíssimo Sacramento do altar e a relíquia da Coroa de Espinhos de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Voltarei ao tema brevemente.
* * *
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