20 de março de 2019
O açodamento da vida moderna dificulta a boa compreensão dos
monumentos históricos
Plinio Corrêa de Oliveira
A primeira foto apresenta a Basílica de São João de Latrão
na sua dignidade e distinção de rainha autêntica, mas muito materna. Ao seu
lado correm motocicletas e automóveis, com seus ruídos de motores a explosão,
corre o formigar de vida moderna. Europeus e turistas do mundo inteiro passam
por ali, mas pensando em outras coisas, e não dão o verdadeiro valor à
Basílica, que não é tão visitada como merece.
Ela causa a impressão de uma rainha em toda sua majestade e
dignidade. Mas não é bem compreendida, pois as pessoas modernas não têm
pressupostos para entendê-la, não têm olhos para ver, ouvidos para ouvir, e
sobretudo intelecto para entender a majestade do monumento.
No corre-corre da Europa nova as pessoas não mais
compreendem a alma da Europa velha. Muitos turistas vão visitar seus belos
monumentos, mas admiram mais as novidades do mundo moderno e da técnica.
Na linha “Ambientes e Costumes”, podemos confrontar a
Basílica de São João de Latrão com o Arco do Triunfo, em Paris [segunda foto].
É um monumento neoclássico, erigido para celebrar vitórias de Napoleão
Bonaparte, portanto estampa uma carranca napoleônica, mas incontestavelmente
tem seu mérito.
Situado bem no centro de avenidas muito movimentadas como a
Champs-Elysées, um mundo de turistas passa por ele, entretanto sem analisá-lo
em profundidade, pois estão mais atraídos pela agitação e os prazeres da vida
moderna. Apesar disso, eles são atraídos também por uma vaga ideia de que a
velha Europa ainda existe.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa
de Oliveira em 9 de novembro de 1965. Esta transcrição não passou pela revisão
do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 819, Março/2019.
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