Cerca de 400 professores e acadêmicos do direito assinaram
carta-manifesto “contra a corrupção e em defesa da Constituição”
Juristas se reuniram na noite desta quarta-feira (24) em São
Paulo para lançar um manifesto de apoio ao candidato do PSL à Presidência da
República, Jair Bolsonaro. Entre os presentes estavam Ives Gandra Martins e
professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
O ato, intitulado como “contra corrupção e em defesa da
Constituição e da democracia”, reuniu cerca de 65 juristas e acadêmicos de
direito. A carta-manifesto do grupo já foi assinada por 400 profissionais.
No início do evento, os organizadores pediram para que a
carta e o vídeo do ato fossem bem divulgados nas redes sociais. “Nossa campanha
depende disso”, disse um dos advogados.
O professor Marcel Simões, um dos redatores do manifesto, leu o texto durante o evento.
O professor Marcel Simões, um dos redatores do manifesto, leu o texto durante o evento.
“O Brasil passou, nos últimos anos, pela pior crise
econômica da sua história, ocasionada por sucessivos governos de um partido
(PT) com projeto de poder em detrimento do povo brasileiro, e que instalou no
país o maior esquema de corrupção de que se tem notícia na história da
humanidade”, diz um dos trechos.
Em outro trecho, o grupo diz que para “ recuperar a
moralidade na política, é preciso garantir o respeito aos direitos fundamentais
de todas as pessoas, ao pluralismo, à segurança, à liberdade e à igualdade de
todos perante a lei, sem discriminações de cor, credo, orientações, origem,
condição social, ou de qualquer outra ordem — e sem a manipulação dessas
características e opções individuais, de cada um, para o fim de criar divisões
ou guerra política. É preciso desaparelhar a máquina estatal, resgatar a
meritocracia e pôr um fim a patrulhamentos ideológicos”.
O jurista Ives Gandra Martins, que foi aplaudido em pé após
o discurso, criticou os 13 anos do governo do PT. De acordo com Martins, “não
houve democracia” na gestão petista.
Martins também disse que o partido nunca reconheceu que “que
bilhões de reais foram desfalcados” e que, mesmo sem conhecer pessoalmente o
deputado federal Jair Bolsonaro, adversário do PT em 2018, vota nele por
“pensar na minha terra”.
Outros cinco juristas discursaram no evento e abordaram
temas como “ideologia de gênero”, “kit gay”, aborto, doutrinação,
desencarceramento em massa, valores da família, além de críticas sobre
corrupção durante o governo do PT na Presidência. A ex-ministra do STJ (Supremo Tribunal
de Justiça) Eliana Calmon não compareceu, mas mandou discurso, que foi lido
durante o ato.
Em alguns momentos, em coro, os participantes declararam o
lema da campanha de Bolsonaro: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. O
professor Caio Martins Cabeleira chegou a dizer que “a nossa bandeira nunca
será vermelha”.
A professora Maristela Basso encerrou o ato dizendo que luta
por um Brasil em “que eu possa entrar em sala de aula, dar uma aula, sabendo
que meus alunos sairão melhor e, para isso, eu não preciso ter que cuidar o que
vou dizer ou não, eu quero fazer concurso dos quais todos possam concorrer de
forma justa” e que Bolsonaro é o mais indicado.
Fonte: noticias.r7.com/
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