22 de agosto de 2018
O debate político deveria incidir apenas sobre o programa de
governo para o país voltado para as áreas da educação, saúde, segurança,
trabalho, previdência social, habitação, proteção à maternidade e à infância,
assistência aos desamparados e erradicação da pobreza, redução das
desigualdades sociais e regionais, desenvolvimento nacional, infraestrutura
básica das cidades onde os esgotos ainda correm a céu aberto, e não descambar
para questões pessoais ou comportamentais dos candidatos.
Os candidatos com maiores chances de eleição já são velhos
conhecidos da maioria dos brasileiros, e as pesquisas já registram a tendência
da opção de votos dos eleitores. Portanto, não acredito que haja surpresa na
eleição do novo presidente da República.
A maioria dos candidatos e alguns jornalistas tentam impedir
o avanço de Bolsonaro nas pesquisas. Por exemplo, (1) na sabatina da GloboNews
quiseram desmoralizar Bolsonaro, culminando com o quadro quixotesco em que a
jornalista Míriam Leitão foi obrigada a reproduzir de ponto eletrônico
balbuciando resposta à provocação de Bolsonaro em relação à intervenção
militar, citando Roberto Marinho; (2) no debate da Band, Marina Silva insistiu
em desmerecer Bolsonaro com questionamentos menores e despropositais sobre a
desigualdade salarial entre mulheres e homens, enfatizando o Art. 5º da
Constituição Federal. Marina deveria saber que é da função do Ministério do
Trabalho fiscalizar e autuar empresas que praticam discriminação salarial em
função de gênero, raça etc.
Marina é discípula do lulapetismo, tanto que tem mantido
silêncio sobre a “honestidade” do ex-presidente preso. Marina tenta se
apresentar como corregedora dos problemas sociais da mesma forma que se
apresentava Lula. Marina, no segundo turno de 2014, apoiou a candidatura ao
Planalto de Aécio Neves.
Bolsonaro é o único candidato, ele e seu vice, capaz de
enfrentar o grave problema de falta de segurança no país. É impossível não se
elevar a situação de falta de segurança interna como um problema que atormenta
toda a sociedade brasileira. Facções criminosas e traficantes ordenam ataques a
carros fortes, casas bancárias e de dentro dos presídios mandam incendiando
ônibus e até agora nenhuma medida eficaz foi tomada para estancar escalada
criminal.
Por isso, reputo a falta de segurança como questão crucial
do país. Mais importante, neste momento, que a educação e a saúde. Pois, sem
segurança para todos, ninguém pode ir e vir, dirigir-se ao trabalho, ao médico,
à escola, andar de ônibus ou de carro nas cidades e nem as propriedades rurais
ou não rurais ficam seguras, haja vista as ações criminosas de elementos do
MST, que invadem e destroem propriedades alheias. Sem segurança pública, mais
ou menos estabilizada, não haverá coragem de empreendedores, inclusive
estrangeiros, fazerem investimentos no país para gerar empregos. Há agências
bancárias que estão fechando por falta de segurança.
É óbvio que o país tem pela frente outros graves problemas,
herdados de mais de 13 anos do governo petista. Mas sem uma política integrada
e solidária na área de segurança pública, funcionando na linha de frente, não
haverá paz social no Brasil. E que o diga o Estado do Rio de Janeiro, por
exemplo, hoje dominado pelas facções criminosas e pelos traficantes, com
tiroteios diários.
Estranho que os candidatos com maiores chances de chegarem
ao Planalto não elejam o problema da falta de segurança interna do país como
bandeira para as suas candidaturas. Assim, só vejo o deputado Bolsonaro como o
único candidato capaz de enfrentar o problema de falta de segurança no Brasil.
Por outro lado, quanto ao candidato Ciro Gomes, que já o
conhecemos de outros carnavais, não resta dúvida de que se trata apenas de um
político intelectualizado. Mas já estamos cansados de ouvir promessas de
soluções mágicas como, por exemplo, resolver rapidamente, no primeiro ano de
governo, o endividamento de grande parcela de trabalhadores desempregados.
Por que, com toda a competência defendida por Ciro Gomes (e
de seu irmão), a pobreza e o pouco desenvolvimento do Ceará continuam sendo uma
triste realidade? Nem falo das agruras das regiões sertanejas, pois na própria
capital cearense o panorama de miséria é bastante sentido por quem visita a
cidade.
Os candidatos Meirelles e Alckmin dificilmente fariam um bom
governo, pois são todos comandados pela tropa de fisiologistas políticos de
seus partidos. E Álvaro Dias, político de sólida formação, não terá muita
chance de se eleger, da mesma forma que os demais candidatos, sem esquece de
que Lula, como ficha suja e preso, estará impedido de concorrer.
Sobre o autor: Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e
servidor federal aposentado.
BLOG / RODRIGO CONSTANTINO
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da
esquerda “politicamente correta”.
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