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quarta-feira, 9 de maio de 2018

DIÁRIO DE VIAGEM – Francisco Benício dos Santos (10)


BORDO DO Pedro II

27º DIA


Um churrasco no campo; oferecido pelos senhores Alvelar Hermanos.

Fraternidade, camaradagem, lisonjeiras referências ao Brasil e aos brasileiros.

Agradeço saudando a gentileza argentina.

Jardim Zoológico.

Jardim Botânico.

Admiráveis, bem cuidados, bem tratados.

Ricas coleções vegetais.

Uma vitória-régia amazônica.

Orquídeas do jardim botânico do Rio.

Begônias brasileiras.

Um tatu. Um tapir.

Saúdo-os, são patrícios.

A rica flora e fauna argentina apresenta aspectos surpreendentes.

Águias, cisnes, cegonhas, gaviões e o rei do espaço, o condor, imponente, majestoso.

Foi um belo passeio, uma aula magnífica.

Um belo e útil dia.
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28º DIA


Hoje é dia dedicado à Embaixada. Passo na sua biblioteca o dia inteirinho, vendo arquivos, lendo, compulsando, analisando.

Toda a nossa história ali catalogada ao lado da do Uruguai e Argentina.

Documentos interessantes e impressionantes.

Verdadeiro veio de informações preciosas.

Artigas, Rosa, Solano Lopez, ao lado dos nossos grandes vultos.

Caxias, Osório, Tamandaré...

... e centenas de outros mais.

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29º DIA

Passeio com o meu cicerone, e o secretário da Delegação por toda Buenos Aires, esse imenso formigueiro humano, de ruas e avenidas geométricas à europeia, e praças e jardins maravilhosos, estátuas e palácios.

É, de fato e de direito, a mais importante cidade sul americana, mas está longe, muito longe da “maravilhosa”.

O  Rio de Janeiro é único.

Tem tudo: beleza, comércio, movimento, passeios encantadores.

É o espelho do Brasil.

É a sua sala de recepção.

É a sua mais importante glória.

....

30º DIA

Vi tudo. Analisei. Comparei.

Em conclusão:

Nada se compara ao Brasil.

Nem em progresso,

nem em artes,

nem em palácios,

nem em ruas, praças e jardins,

nem em comércio,

nem em indústria,

nem em riquezas.


E quanto à beleza do seu solo,

das suas montanhas,

das suas cascatas,

dos seus rios,

dos seus mares,

dos seus lagos,

nada há que se compare.


E quanto à bondade da sua gente,

e a sua cativante hospitalidade,

nada há que lhe supere,

e que se possa comparar...


(AQUARELAS E RECORDAÇÕES  Capítulo XXII)
Francisco Benício dos Santos

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