Patrimônio Imaterial da Bahia, festa carnavalesca preserva a
tradição
Mascarados desfilam ao som de machinhas.
Foliões se divertem usando as fantasias mais variadas. O Carnaval na sua
essência.
Assim é a folia em Maragojipe, município a 133 km de
Salvador. Com o tema Super-herói da Folia, a festa em 2018, que acontece
do sai 10 ao dia 13, mantem a tradição dos antigos bailes, ao
som de “Mamãe eu quero”, “O teu cabelo não nega”, “Allah-lá-ô” e “Cabeleira do
Zezé”.
Reconhecido e registrado pelo Instituto do Patrimônio
Artístico Cultural do Estado (IPAC), em 2009, como “Patrimônio Imaterial da
Bahia”, na festa, as machinhas tem também o som das centenárias orquestras
e charagas maragojipanas. A manifestação tem em sua composição uma
diversidade de cores, gestos e práticas ímpares que transformam o evento, em um
festejo diferenciado, remontando o verdadeiro carnaval de cunho popular. “O
Carnaval de Maragojipe traz a essência das festas carnavalescas,
tendo inspiração festas similares que ocorriam na Europa no século XIX.
É uma das referências culturais mais expressivas e populares do Estado da
Bahia, com forte predominância de fantasias de figuras folclóricas, como
os antigos carnavais, com fortes influências das culturas africana e indígena,
retrato do caldeirão cultural que é a cidade de Maragogipe”,
disse Francisco Gomes, secretário de turismo do local.
A brincadeira de máscaras e fantasias são o símbolo
principal do Carnaval de Maragojipe, que tem sua raiz nos entrudos
europeus, muito comparados ao Carnaval de Veneza, mas com a animação e alegria
característicos do povo baiano. Através dessas fantasias, diversos turistas
participam ativamente do festejo, interagindo com a população local, pintados
ou não, muitas vezes até desfilando na tradicional passarela dos mascarados,
disputando o concurso de máscaras que acontece durante todo o carnaval.
Maragogipe – Incialmente habitada pelos índios da tribo
Maragós, foi palco importante na independência brasileira. Inicialmente, muitos
se estabeleceram no local para a extração de madeiras, plantação de mandioca e
de cana-de-açúcar, construção de engenhos e casas de farinha. Tornou-se
independente em 8 de maio de 1850. Possui seis distritos que são Maragogipe,
Coqueiros, Guaí, Guapira, Nagé e São Roque do Paraguaçu.
CRÉDITO: Francisco Gomes
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