15 Aug 2017
Exibicionista, inumana, blasfema a 'Igreja da Eutanásia' não
vai obter o que quer.
Mas agita uma bandeira para a qual tendem os
"moderados" do ambientalismo
política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs
Andando pelas ruas, é frequente bater os olhos em novas
igrejas das mais inesperadas denominações, em sua maioria de inspiração
evangélica ou de cultos e práticas orientais,
Mas nos arraiais ambientalistas radicais surge de vez em
quando alguma seita ainda mais inesperada. É o caso da Igreja da Eutanásia, fundada
no ano de 1992 em Boston, EUA, por Chris Korda.
Antinatalista, transgênero e vegana, Chris, nascida em 1962,
é sobrinha-neta do magnata húngaro Sir Alexander Korda, muito conhecido na
indústria cinematográfica britânica, e filha única do renomado escritor e
romancista Michael Korda, antigo editor-chefe da rede de livrarias Simon &
Schuster.
O dogma fundamental de sua igreja é único, muito simples e
de acordo com as crenças verdes radicais: “Salva o planeta, suicida-te”!
Essa igreja verde se autodefine como “associação sem fins
lucrativos cujos esforços se encaminham para restabelecer o equilíbrio entre os
seres humanos e as demais espécies da Terra”, noticiou o jornal “El Mundo”, de
Madri.
Dito equilíbrio planetário só seria possível com uma redução
voluntária e massiva da população humana.
Parece uma singularidade de alguns exaltados, mas temos
recolhido neste blog abundantes testemunhos de arautos do antinatalismo verde
que ocupam altas posições no establishment político-midiático, possuem fortunas
enormes e são recebidos com sorrisos nos ambientes vaticanos impregnados pela
encíclica Laudato Si’.
A nova religião – não é tão nova assim – tem quatro pilares.
O Islã tem cinco, mas nenhum é tão extremista quanto os desta:
Ei-los: 1) suicídio; 2) aborto; 3) canibalismo e, por fim,
4) a sodomia, entendida como qualquer ato sexual não reprodutivo.
Essas normas estão resumidas num só mandamento, exibido no
alto de sua página web: “Não procriarás”. Não incluímos o link em virtude do
conteúdo altamente pornográfico de algumas de suas páginas.
A homepage do site da “Church of Euthanasia” inclui um
demagógico contador do crescimento da humanidade: seus dígitos progridem a
quase quatro novas unidades por segundo.
Adeptos fazem passeata. Nenhum deles quer se suicidar,
mas se acham bem sucedidos convencendo que os homens estão
'matando o planeta'
A demagogia é fácil e, comenta “El Mundo”, poderiam ser
acrescentados contadores das espécies que desaparecem, das árvores que caem, do
desmatamento no Brasil, do aquecimento global, do aumento do nível dos mares,
etc., etc.
O culpado por todos esses males apavorantes é um só: o ser
humano e seu desejo de ter filhos!
“Estamos presenciando a extinção massiva das espécies. A
cada hora desaparece uma. Se formos falar das florestas tropicais úmidas, o
ritmo de desaparecimento se multiplica por quatro”, sentencia a “pastora verde”
Korda.
Nessa base, a Igreja da Eutanásia prega uma cruzada de cruz
invertida em nível global contra todas as formas de crescimento além do humano:
o econômico e o tecnológico, por exemplo.
Não só os humanos precisam ser dizimados em proporções que
nem Hitler, Stalin ou Mao sonharam, mas os que ficarem devem adotar um nível de
vida análogo ao pré-histórico.
A verborragia anti-humana tem muito eco no jet-set
planetário, especialmente quando se volta contra a fonte desses “males”: o Deus
da Bíblia e os ensinamentos cristãos.
Esses põem o homem no centro da Criação e o definem como
feito à imagem e semelhança de Deus, medida, por isso mesmo, de todas as coisas
e que governa todo o criado.
A “pastora verde”, ou vermelha, pelo sangue derramado,
reconhece que de imediato sua guerra está perdida. Com tais absurdos não
poderia ser diferente.
Mas ela tem um segundo objetivo por baixo de suas
espalhafatosas e inverossímeis pregações. Korda explica:
“Não podemos impedir que os humanos matem a Terra, mas
podemos fazer que se sintam culpados por isso. E podemos convidá-los a se
inculparem não tendo filhos, consumindo o mínimo possível e, finalmente, se
suicidando”.
Desanimar ter filhos é o objetivo imediato. Cientistas
"verdes"
e clérigos progressistas vêm atrás mas com ares moderados.
A meta é idêntica, mas a Igreja da Eutanásia está mais na
frente.
Leis que aprovam a eutanásia até quando solicitada por
crianças já vigoram em países como a Holanda, onde é uma causa de morte em
contínua ascensão.
Os membros dessa congregação se sentem bem interpretados
quando são qualificados de a primeira religião “anti-humana”, como já o fizeram
pertinentemente vários polemistas cristãos ou simplesmente humanistas.
A reverenda Korda esclarece que sua congregação não exige de
seus membros o suicídio, mas sim que acalentem pensamentos suicidas.
E se o membro vier a praticar esse crime e pecado “que brada
ao Céu e clama a Deus por vingança”, converte-se automaticamente em santo.
Após os atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres
Gémeas, essa igreja espalhou um vídeo combinando imagens pornográficas com
outras em que mostrava impactos assassinos de massa com fundo de música
eletrônica composta pela pastora.
Até 2003, o site distribuía um manual de instruções
especificando passo a passo como se suicidar asfixiando-se com o gás hélio. Ele
foi tirado do ar após um homem de 52 anos fazer uso da fórmula e o grupo verde
religioso sofrer uma tempestade legal.
A pergunta mais óbvia faz rir a reverenda: por que ela não
se suicidou?
Ela acredita que tem uma missão evangelizadora que é mais
importante: difundir a palavra de sua religião e conscientizar os homens.
Alguns os qualificam de seita suicida, outros de meros
provocadores que querem chamar a atenção.
Mas, o certo, diz “El Mundo”, é que eles funcionam como um
“ministério da propaganda” de um movimento que vai muito além de suas estreitas
paredes e está bem instalado nas cúpulas da “cultura da morte”.
A “solução final” está passando gradual e dissimuladamente
em leis nacionais, recomendações da ONU ou do Parlamento Europeu, bem como em
declarações internacionais tipo Acordo de Paris sobre o clima.
A máxima autoridade da Igreja da Eutanásia resume sua
tarefa:
“Minha meta é passar ideias profundamente subversivas e
antissociais. Isso só se faz usando os recursos da sociedade de massas.
“Em certa maneira, minha tarefa é convencer-te de que a
causa é boa. E convencer-te até o ponto de fazer meu jogo e passar estas ideias
para uma porcentagem crescente de público.
“Se eu conseguir te persuadir, terei êxito. Mas, pelo
contrário, se achares que isto é uma charada ou uma brincadeira, eu terei
fracassado na minha causa”.
Quantos que seguem as ideias da moda, com formulações vagas
ou sentimentais, estão caindo no jogo, quiçá sem sabê-lo, dos apóstolos do
suicídio de massa?
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