Aos 95 anos, Dona
Ivone Lara recebe prêmio máximo da cultura brasileira
12/11/2016
Ao lado da sambista estavam o cineasta Fernando Meireles, o
ator Carlos Vereza e o coreógrafo Carlinhos de Jesus, também homenageados
Principal condecoração pública da Cultura, a Ordem do Mérito
Cultural foi entregue a 30 personalidades e seis instituições brasileiras na
noite desta segunda-feira (07/11), em evento no Palácio do Planalto presidido
pelo ministro da Cultura Marcelo Calero. A cerimônia, que contou com a presença
do presidente da República Michel Temer e da primeira-dama Marcela Temer, teve
como grande homenageada a sambista Dona Inove Lara, que recebeu a comenda
máxima de grã-cruz.
“Nossa matriarca do samba é um capítulo retumbante da
memória afetiva do Brasil. Salve Dona Ivone Lara! Salve o samba”, bradou Calero
ao fim do discurso inicial que abriu os trabalhos da homenagem.
O gênero musical foi celebrado por meio de quatro apresentações
musicais regidas por Neguinho da Beija Flor, Márcio Gomes, Áurea Martins e
André Lara. O Hino Nacional ficou a cargo de Fafá de Belém.
Dividida em três categorias – Grã-Cruz, Comendador e
Cavaleiro -, a Ordem de Mérito Cultural agraciou grandes nomes da cultura
nacional e as respectivas contribuições alcançadas no exercer do ofício. Entre
os homenageados, o artista plástico Vik Muniz, o cantor Jorge Aragão, a
arte-educadora Ana Mae Barbosa e o ator Carlos Vereza.
“Nesta noite, tive a chance de apertar a mão de tantos
artistas que sempre admirei de longe,” comentou em tom informal o presidente
Michel Temer. Ele aproveitou a oportunidade para revelar: “Aumentamos em mais
de 40% o orçamento do Ministério da Cultura em 2017”, arrancando aplausos do público
presente. O veterano Carlos Vereza, conhecido pela postura antipetista e
crítica ao governo de Dilma, prometeu cobrar. “Além do orçamento do MinC,
também foi firmado investimento no audiovisual, favorecendo o cinema nacional.
Neste momento de crise, é ousado e gratificante escutar isso”, disse o ator,
que contabiliza quase seis décadas de carreira na tevê, nos palcos e no cinema.
Criado em 1995, a Ordem laureou mais de 500 representantes
da cultura e das artes brasileiras. Os candidatos podem ser indicados por
qualquer cidadão e passam pelo crivo de uma comissão técnica.
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