Diante da Eternidade- Lourenço Sanches
Diante do horizonte mais amplo de
nossas vidas, face sua eternidade, se nos conscientizarmos mais do quão a
existência física é curta, efêmera, certamente pensaremos melhor antes de
jogar fora as oportunidades que nos são dadas para sermos felizes, e de também
nos dedicarmos a promover a felicidade dos outros. Não sabemos por quanto
tempo, sejam anos ou dias, poderemos desfrutar da convivência com nossos
familiares, amigos, colegas de trabalho, enfim todas as pessoas que fazem
parte de nosso circulo de relacionamento...
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Afinal, muitos
de nós somos “chamados” por Deus ainda muito cedo, inesperadamente... E não
podemos prever como e nem quando isso ocorrerá a cada um de nós... Alguns
sequer chegam a nascer... vendo interromper sua efêmera jornada na matéria ainda
no ventre materno... Alguns “nos deixam” antes mesmo de atingir a
maturidade... Outros um pouco mais tarde... Dentre todos, felizmente, há os
que conseguem bem aproveitar sua existência, acumulando em sua “bagagem”
experiências enriquecedoras que os acompanharão no seu retorno à “Pátria
Celeste”.
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De fato, não sabemos por quanto
tempo ainda faremos parte do mundo visível, nem quando será chegada a “nossa
hora da partida”, e tampouco o momento da despedida de ninguém! Em
decorrência dessa nossa verdadeira “alienação” de consciência relativa a
valorização que devemos conferir à esta nossa vida, aos seus objetivos
maiores, e de nossa responsabilidade perante o Pai, nos despreocupamos e
negligenciamos com os esforços e com a cuidadosa atenção que devemos ter...
Para com nós mesmos... E para com todos que nos cercam ! Nos deixamos
influenciar pelo nosso “orgulho ferido”, nos desequilibramos e permitimos ser
emocionalmente afetados pela supervalorização que damos à
insignificâncias, naturais do cotidiano e do convívio entre as pessoas.
E acabamos por nos aborrecer desnecessariamente.
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Muitas
vezes nos calamos quando deveríamos falar e falamos além do necessário quando
o recomendável seria permanecer em silêncio. Exigimos “compreensão” para com
nossas “pequenas falhas”, mas nem sempre agimos amorosamente com o que
pré-julgamos se constituir nos “grandes erros” dos outros... Julgamos
com a severidade que não queremos nos seja aplicada e exigimos total
complacência para conosco! Infelizmente essa é a “justiça” aceita pelo nosso
atual nível de evolução. Diante dessa realidade a pautar nossos passos,
desperdiçamos tempo por demais precioso. Às vezes nos permitimos a anos de
desencontros e de “desamor”! Evitamos o contato, não oferecemos o aconchego,
o carinho e o abraço fraterno que tanto nossa alma pede e que confessamos à
intimidade de nosso travesseiro, tudo porque nosso orgulho e insensatez
impedem essa aproximação...
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Não damos um beijo amoroso porque
nossa altivez o impede murmurando que não estamos habituados a essas
“demonstrações” e tampouco manifestamos nosso querer bem, nosso amor, porque
achamos que “o outro” já deve saber o que nós sentimos. Perdemos a maravilhosa
oportunidade de amar e “bloqueamos” o amor que tanto clamamos e que nos seria
destinado, impedindo que ele chegue até nós! E assim deixamos transcorrer o
tempo permanecendo taciturnos e “fechados” em nosso orgulho, enraizando na
alma - cada vez mais - a nossa intransigência, nossa amargura para com os
outros e, sem nos darmos conta, para conosco mesmo. No “mundo consumista” em
que vivemos atualmente, reclamamos daquilo que não temos ou então achamos que
não temos o suficiente. Cobramos muito... Dos outros... Da vida... E de nós
mesmos! Desgastamos-nos com frustrações e angústias... Costumamos comparar
nossas vidas com as daqueles que materialmente possuem mais do que nós. E se
experimentássemos nos comparar com aqueles que possuem menos? Seguramente
essa nova avaliação nos surpreenderia, fazendo uma enorme diferença!
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E com
isso o tempo vai passando... Passamos pela vida sem ter aproveitado a
“oportunidade” do aprendizado e da prática da Lei do Amor que Jesus nos
ensinou. Subsistimos sofrendo e nos “arrastando” porque não “ousamos
contrariar” nosso amor próprio... Até que, finalmente, “acordamos” e olhamos
para trás; muitas vezes tarde demais para a presente vida material... E então
nos perguntamos: E agora? Agora... Já... hoje! Ainda é tempo de reconstruir,
de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer a Deus
por nossa vida, por tudo aquilo que nos cerca e pelo que a Misericórdia
Divina nos disponibiliza para desfrutarmos, material e espiritualmente. Nunca
se é velho demais, ou jovem demais, para se rever posições, para perdoar,
para sermos perdoados e para amar; dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto
carinhoso. Não se permita ficar preso aos “tropeços” do passado. O que
passou, passou e já produziu suficientes “danos”... Impeça que permaneça
indefinidamente a causar estragos em sua vida! As experiências vividas
serviram para nosso aprendizado. Agora é o momento de pensarmos no “daqui
para frente”, em nosso futuro... E ele poderá ser do tamanho de nossos
sonhos!
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Não tarde em buscar a reconciliação
com seus “companheiros de jornada”, e principalmente para com sua própria
essência, e aproveite... Ainda há tempo para exalar o amor fraterno ao seu
derredor, harmonizar sua alma e voltar a sorrir...! Ainda há tempo de
voltar-se para nosso Pai, o Deus de Amor que nos criou e agradecer pela vida,
rogando pelas forças que nos faltam para fazermos, o quanto antes, a “Reforma
Intima” necessária à nossa vida, desde já e para toda a eternidade!
Reflita... E não perca mais tempo!
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Enviado por: "
Gotas de Crystal" ppscrystal@yahoo.com.br
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