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domingo, 14 de julho de 2019

A MORTE ANDA NO TRÂNSITO - Antônio Baracho


Dois rapazes passaram em uma moto. Em seguida mais dois motociclistas pilotando pelo lado direito, infringindo as normas do trânsito e quase causando grave acidente. Como algumas bicicletas que trafegam desorientadas, colocando em risco principalmente pessoas idosas. Automóveis de várias marcas, modelos, cores, velhos e novos. Uns pra lá, outros pra cá. Mas só mesmo cada motorista saberia dizer o seu destino, informar para onde se dirigia, esclarecer o seu rumo.

Muitos motoristas não respeitam a faixa de pedestres. Já presenciei a imprudência e imperícia de vários motoristas, nesses momentos. São atitudes irresponsáveis. Se houvesse um guarda em certos pontos, um guarda enérgico ou se os indivíduos ao volante tivessem pena da vida alheia e deles próprios, andariam todos com mais cuidado, com maior atenção. Sem pressa exagerada, sem displicência sem desobedecer às normas do trânsito, estariam indo sempre para o trabalho e para a vida, sem levar o risco e perigo nas suas mãos e nos seus pés. Na sua máquina.

O semáforo seria o local que todos deveriam por força de um sinal que fecha para dar passagem ao pedestre ou ao outro veículo. No entanto manifestam sinais de impaciência, incontida e mal educada. Buzinam ensurdecedoramente como se o caminho lhes estivesse permanentemente obstruído, fechado às suas andanças, repentinamente murado. Ocorre que a máquina chamada automóvel praticamente modifica a personalidade.
 
Dá ao homem e à mulher uma confiança excessiva, uma arrogância intolerável.
Tenho observado através de noticiário e na mídia que os atropelos, as batidas e os grandes acidentes acontecem de sexta-feira para sábado e de sábado para o domingo, na volta das praias, quando a presença do álcool é constatado naqueles que estão dirigindo. É preciso conscientizar de que se for dirigir não beba. A bebida não é um mal em si, o problema está no ser humano, que cria uma relação doentia com ela. Existe um limite tolerável para evitar acidentes.

A imprudência domina a grande maioria de quem dirige veículo motorizado. Está faltando a par de uma legislação atualizada, uma preparação psicológica, um especial tipo de educação para os que pegam no volante, porque as multas para os motoristas infratores, principalmente dirigindo alcoolizados, não tem diminuído o número de vítimas fatais.

ANTONIO BARACHO – Poeta, psicólogo.
Membro da Academia Grapiúna de Letras- AGRAL, ocupante da cadeira nº 11.

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