Dois rapazes passaram em uma moto. Em seguida mais dois
motociclistas pilotando pelo lado direito, infringindo as normas do trânsito e
quase causando grave acidente. Como algumas bicicletas que trafegam
desorientadas, colocando em risco principalmente pessoas idosas. Automóveis de
várias marcas, modelos, cores, velhos e novos. Uns pra lá, outros pra cá. Mas
só mesmo cada motorista saberia dizer o seu destino, informar para onde se
dirigia, esclarecer o seu rumo.
Muitos motoristas não respeitam a faixa de pedestres. Já
presenciei a imprudência e imperícia de vários motoristas, nesses momentos. São
atitudes irresponsáveis. Se houvesse um guarda em certos pontos, um guarda
enérgico ou se os indivíduos ao volante tivessem pena da vida alheia e deles
próprios, andariam todos com mais cuidado, com maior atenção. Sem pressa
exagerada, sem displicência sem desobedecer às normas do trânsito, estariam
indo sempre para o trabalho e para a vida, sem levar o risco e perigo nas suas
mãos e nos seus pés. Na sua máquina.
O semáforo seria o local que todos deveriam por força de um
sinal que fecha para dar passagem ao pedestre ou ao outro veículo. No entanto
manifestam sinais de impaciência, incontida e mal educada. Buzinam
ensurdecedoramente como se o caminho lhes estivesse permanentemente obstruído,
fechado às suas andanças, repentinamente murado. Ocorre que a máquina chamada
automóvel praticamente modifica a personalidade.
Dá ao homem e à mulher uma confiança excessiva, uma arrogância intolerável.
Tenho observado através de noticiário e na mídia que os atropelos, as batidas e os grandes acidentes acontecem de sexta-feira para sábado e de sábado para o domingo, na volta das praias, quando a presença do álcool é constatado naqueles que estão dirigindo. É preciso conscientizar de que se for dirigir não beba. A bebida não é um mal em si, o problema está no ser humano, que cria uma relação doentia com ela. Existe um limite tolerável para evitar acidentes.
A imprudência domina a grande maioria de quem dirige veículo
motorizado. Está faltando a par de uma legislação atualizada, uma preparação
psicológica, um especial tipo de educação para os que pegam no volante, porque as multas
para os motoristas infratores, principalmente dirigindo alcoolizados, não tem
diminuído o número de vítimas fatais.
ANTONIO BARACHO – Poeta, psicólogo.
Membro da Academia Grapiúna de Letras- AGRAL, ocupante da
cadeira nº 11.
E-mail: antoniobaracho@hotmail.com
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