Jornalista, escritor e pesquisador João Máximo abre
na Academia Brasileira de Letras o ciclo de conferências “Poesia cantada:
melodia e verso”, sob coordenação do Acadêmico e jornalista Zuenir Ventura. O
evento está programado para o dia 2 de maio, quinta-feira, às 17h30min, no
Teatro R. Magalhães Jr. (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de
Janeiro), com o tema Noel Rosa, a cidade e o morro.
Serão fornecidos certificados de frequência.
A Acadêmica Ana Maria Machado é a Coordenadora-Geral dos
ciclos de conferências de 2019.
O ciclo terá mais quatro conferências no mês de maio, sempre
às quintas-feiras, no mesmo local e horário: Memórias de Caetano Veloso,
com o jornalista Nelson Motta, no dia 9; Poesia e música a partir de
Homero, Acadêmico Antonio Cicero, 16; O Rio inventou a marchinha, Rosa
Maria Araújo, 23; e Vinicius de Moraes: a canção como destino, Eucanaã
Ferraz, 30.
O CONFERENCISTA
João Máximo Ferreira Chaves, jornalista, escritor e
pesquisador, nasceu em Nova Friburgo, RJ, em 29 de maio de 1935. Formou-se em
Odontologia na antiga Faculdade Nacional, atual UFRJ. Em 1960, completou a
faculdade de Jornalismo. Ainda trabalhava como dentista quando, em 1958,
examinou os jogadores da seleção, levados por Mário Trigo de Loureiro. Naquele
ano, o Brasil foi o campeão da Copa do Mundo, disputada na Suécia. Em 1961,
incentivado pelo primo Zuenir Ventura, procurou a redação da Tribuna da
Imprensa, onde ingressou como estagiário. Foi quando se apaixonou pelo
jornalismo e passou a ver o futebol de maneira profissional. Em 1962, abandonou
definitivamente a odontologia.
Entre 1961 e 1963, trabalhou em três veículos de comunicação
ao mesmo tempo: Tribuna da Imprensa, Jornal dos Sports e Rádio
Continental. Depois, passou por vários outros órgãos de imprensa: Jornal
do Brasil (1963-1969), Correio da Manhã (1969-1971), grupo
Manchete/Bloch (1971-1976), novamente Jornal do Brasil (1976-1992), O
Globo (1992-1993), Folha de S. Paulo (1993-1994) e
novamente O Globo, para onde retornou após a Copa do Mundo de 1994 e onde
está até hoje.
Foi editor de esportes do Correio da Manhã e
do Jornal do Brasil, tendo participado, como jornalista, da cobertura de
cinco Copas do Mundo (como torcedor, assistiu a várias). Sua atuação no
jornalismo esportivo rendeu dois Prêmios Esso, em 1963 e 1967.
A música, sua outra grande paixão, o levou a produzir textos
sobre o tema para o Caderno B do Jornal do Brasil. Como escritor, tem
cinco livros voltados para esse assunto: Noel Rosa: uma biografia (com
Carlos Didier, 1990) – até hoje considerada uma das melhores biografias
escritas por um autor nacional –, Paulinho da Viola: sambista e chorão (2002), A
música do cinema: os 100 primeiros anos (2 volumes, 2003), O morro e
o asfalto no Rio de Noel Rosa (2010, ano do centenário do Poeta da Vila)
e Sinfonia do Rio de Janeiro: 60 anos de história musical da cidade (2015).
Escreveu, ainda, livros que, de uma maneira ou de outra,
estão relacionados à sua atuação de mais de meio século como repórter e
cronista: Cinelândia – Breve história de um sonho (1997), Retratos
de outono (1999) e uma história em cada novo amanhecer: 70 anos na Clínica
São Vicente (2003).
25/04/2019
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