31 de maio de 2017
Luis Dufaur
Floresta de baobás em região considerada árida no Senegal
Descoberta que deixa o movimento ecologista (composto de
eco-terroristas) sem face, e sem argumentos sólidos para suas campanhas
demagógicas contra o desmatamento
Uma equipe internacional de pesquisadores revelou na
prestigiosa revista “Science” que a superfície da Terra coberta por florestas é
10% mais extensa do que se supunha. A deficiente medição anterior não
considerou as florestas das zonas áridas, distorcendo o cômputo global.
As florestas ocupam 4 bilhões de hectares ou 30% da
superfície das terras acima do nível dos mares. Normalmente se imaginam
luxuriantes florestas tropicais, rústicas florestas boreais ou penteados
bosques de regiões temperadas.
Tinha-se passado por cima dos bosques existentes em zonas
áridas — onde a evaporação é maior que a precipitação anual. Essas zonas
representam algo superior a 40% da superfície continental e não estão
desprovidas de florestas. Elas se encontram em contextos climáticos muito
diversos no Sudão, na América do Sul, nas estepes da Europa Oriental e no sul
da Sibéria, bem como no Canadá.
Uma trintena de cientistas de treze países analisou imagens
de satélites fornecidas pelo Google Earth. Elas abarcavam mais de 210.000
parcelas de meio hectare repartidas pelo globo.
O principal autor do estudo, Jean-François Bastin,
pesquisador associado à Universidade Livre de Bruxelas e consultor na
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) explicou
que agora sua equipe pode utilizar imagens de alta resolução com um grau de
precisão inferior a um metro, do que resultou o cálculo de cerca de 1,1 bilhão
de hectares de florestas de regiões áridas.
Essa é uma extensão comparável à das florestas úmidas
tropicais, como a amazônica. Dois terços dessa enorme área estão recobertos de
formações vegetais densas — florestas “fechadas” —, onde a frondescência cobre
pelo menos 40% do solo. Essas florestas aparecem em todos os continentes,
inclusive no oeste da América Latina, no leste do Brasil e no norte da
Venezuela e da Colômbia, por exemplo.
Floresta de eucaliptos na região árida de Pilbara, Austrália
ocidental
O cálculo mais exato acrescentou 467 milhões de hectares de
florestas da Terra, elevando o total a mais de 4,3 bilhões de hectares.
A preocupação da confraria verde-vermelha era de afastar a
ideia de um planeta mais verdejante do que parecia, pois isso poderia
desmoralizar suas campanhas demagógicas contra o desmatamento.
Segundo a FAO, perto de 2 bilhões de pessoas vivem nesses
territórios florestais até agora desconsiderados. Neles as árvores fornecem
frutos e folhas para a alimentação dos homens e engorda dos animais, além de
madeira para cozinhar e aquecer, como se dá com os bosques de acácias e
eucaliptos na Austrália e de baobás na África.
Quando os cientistas sérios se aplicam ao seu trabalho,
trazem dados sensatos. Mas a agitação verde-vermelha não gosta nada disso e não
toma iniciativas para esclarecer o fundo da realidade.
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