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sexta-feira, 28 de julho de 2017

ITABUNA DE TELMO PADILHA – Itabuna

ITABUNA


Se não há montanhas,
como escalá-las? 
Se não há florestas,
Com embrenhar-me
em sombras
que não estas?
Se não há o mar,
como falar de águas
e horizontes?

Sou o cantor
desta planície
e me abismo 
em mim,
e desço aos outros
de mim,
e sofro os outros
de mim.


 ..........
TELMO PADILHA - Itabuna 
* 5 de maio de 1930
+ 16 de julho de 1997
Jornalista, membro da Academia de Letras de Ilhéus. Poeta de reflexões existenciais, que constantemente indaga-se, questiona-se, numa linguagem repleta de sutilezas. Inquieto, reafirma uma poética cuja temática indaga de forma intimista o viver, o morrer, a infância, a solidão e, ainda, sua relação com a realidade da sua terra, da cultura do cacau e do tempo que estabelece esta história que se escoa pelas frestas cotidianas. Sua poesia reside numa lírica lucidez, num abismo interior, entre a febre e insônia, expressa num processo criativo maduro e num estilo impecável.

Publicou os livros: "Girassol do Espanto"(1956); "Ementário"(1974); "Onde tombam os pássaros"(1974); "Pássaro da Noite" (1977); "Canto Rouco"(1977); "O Rio"(1977); "Vôo Absoluto" (1977); "Poesia Encontrada"(1978); "Travessia"(1979); "Punhal no Escuro"(1980) e "Noite contra Noite" (1980), todos no melhor gênero da poesia.

* * *

Um comentário:

  1. Grande Poeta! Era meu amigo e falava dos versos, da vida, dos Poetas... Com um conhecimento próprio de um SER muito sensível! Desejo que meu amigo Telmo Padilha esteja em paz, e fazendo versos lá outra Dimensão Maior. LInda homenagem Eglê! Ele ficou feliz!

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