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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O IMORTAL? - Washington Cerqueira

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O imortal?


Talvez seja um entendimento comum, para uns, e para outros não. Posso dizer que no mínimo causa interpretações das mais diversas a figura do “imortal”.

Imortal é o mesmo que dizer que este ou aquele não morrerá? Porque ao se referir a um membro de Academias de Letras, fala-se: Agora, és um imortal!. Mas de que morte estamos falando: da morte física, da moral, dos valores, da coragem, da dedicação, do amor, do caráter, da família, da fé, da caridade, da retidão, da honestidade, do respeito, da tolerância, da paz, da amizade?

Refletindo, pensando, me interrogando, vêm respostas cada vez mais confusas para uma simples inquietação, e quando as rebato, o discernimento indica-me que o simples pode tornar-se confuso, e o confuso muito simples, a depender da forma como se é visualizado. Na minha concepção, a imortalidade de qualquer pessoa, não apenas dos Confrades e Confreiras, se dá no conjunto de atitudes, praticadas antes da Morte Física, esta que apenas deixa alguns quilos de carne que em pouco tempo é tomada pela decomposição e carnificina.

A Imortalidade Plural se dá quando as pessoas se despem de suas Vaidades e procuram exercitar a moral e os bons costumes, cavando masmorras aos vícios, construindo aqui o “Templo” em que gostaria de viver com fé e caridade, respeitando os limites e as fraquezas dos seus semelhantes em nome da Paz do amor, Amor às famílias, respeitando a Pátria e toda a humanidade. Ainda me interrogo: onde está o Ser Imortal? A minha Imortalidade, onde está? E a sua Imortalidade?

Considerando que a Imortalidade esta colocada no infinito, construí-la de forma fracionada, de nada adiantará. Aos acadêmicos (as) resta a consciência de que tudo que se é escrito, o é feito pensando em deixar transparente como contribuição contundente para o bem estar da humanidade. Conclamo a todos de forma coletiva para que em tudo que façam, procurem fazê-lo da melhor forma estando sempre despido da “VAIDADE” que nada mais é que uma carapaça que ilude de forma cruel e perversa àquele que por ela se deixa conduzir.

Ao ler, aproveite o texto como base para uma profunda reflexão. Quem sabe, é possível que Você descubra em que grau de Imortalidade se encontra agora. REFLITA!


Washington Farias Cerqueira

Membro da AGRAL- Academia Grapiúna de Letras.

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COMIGO VOCÊ PECOU - Mírian Warttusch


                       Comigo você pecou



  
Em matizes de um mural, grafitei todo meu sonho;
Desvendei tantas auroras, tive um despertar risonho.
Nada disso me comove, sem você nada sou eu.
Céu se abre, mar se fecha, um sonho bom que morreu.
Nada disso tem sentido sem prova de amor maior.
Quem frustra o outro é pequeno, o que existe de pior.
Veredas, sóis, salamandras, feitiço que extasiou!
Nunca fui de mais ninguém, comigo você pecou…

Sempre que te olhei nos olhos, incrível dizer assim,
Pude ver tanta paixão que tu tinhas sim, por mim.
Hoje eu olhei novamente, e quanta decepção…
Não vi mais amor nenhum, confrangeu meu coração.
Delirantes desvarios, senti sem poder tocar
Nenhuma vez, mais, teu corpo, isto dói, é de matar!
Veredas, sóis, salamandras, feitiço que extasiou!
Nunca fui de mais ninguém, comigo você pecou!

Paradigmas notáveis, amar neste desconforto,
É como perder um filho - que tristeza - num aborto.
Nem bem, se eu tudo quisera, me darias nesta vida;
Já fui eu sei, algum dia, tua mulher preferida.
Sem piedade, desmembraste, cada fibra do meu ser.
Não me deixaste o amanhã, até pra poder morrer.
Veredas, sóis, salamandras, feitiço que extasiou!
Nunca fui de mais ninguém, comigo você pecou!

Mírian Warttusch

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