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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Recordações

Antônio  Baracho



A viagem à fazenda foi interessante.

Seguíamos enfileirados, o dono da propriedade, minha prima e eu.

O vaqueiro ia na frente, na sua montaria.

Contornamos íngreme boqueirão,  

de onde se contemplava do alto uma cachoeira que deslizava.

O trote era lento, devido ao terreno acidentado.

O importante era quem nos guiava: jovem muito calmo,

com a experiência e conhecimento do local.

A vista era muito bonita com a mata verdejante, altos jequitibás,

Maçarandubas frondosas, ipês e muitas jaqueiras.

Os animais estavam devidamente selados e ajustados para não haver surpresa.

Atravessamos dois córregos sem oferecer algum perigo.

Antes do pôr do sol

chegamos na casa humilde do trabalhador que já nos esperava

com a esposa e suas três filhas. A mais velha chamava-se Iara.

Depois que houve a apresentação e cumprimentos dos moradores

fomos tomar banho no riacho que ficava próximo da residência.

E assim pudemos nos refazer após a viagem cansativa.

Após ter servido o jantar

e o céu completamente estrelado com a presença definitiva da noite,

Iara contou a estória da caipora que mora na mata,

com o seu lindo olhar de menina da roça.

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Antônio Baracho, membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL, ocupante da cadeira nº 11. 

E-mail: antoniobaracho@hotmail.com.


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