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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

ELEIÇÕES: BRASIL, TERRA DE SANTA CRUZ – Pe.David Francisquini


7 de outubro de 2018

Primeira Missa — Óleo de Victor Meirelles — Museu Nacional (RJ). Nossa Pátria nasceu à sombra da Cruz, presente no altar em que se celebrou a primeira Missa, cujo oficiante foi o franciscano Frei Henrique de Coimbra.
 ♦  Pe. David Francisquini*

Na sua labuta diária, o agricultor adquire habitualmente um grau de conhecimento e perspicácia que poucas pessoas em outros ofícios conseguem obter. Ele conhece a sua terra, sabe o que ela pode produzir ou não. No contato com a ordem estabelecida por Deus na natureza, o homem do campo conhece o tempo, as estações, o momento de semear e de colher, sabe tratar a terra como propriedade sua, pois a mão que semeia é a mesma que cuida.

A variedade do plantio obedece a algumas regras claras, baseadas até há pouco na experiência. Mesmo cuidando da terra, o agricultor é obrigado a ter os olhos voltados para o céu, pois se guia pelas estrelas, pelo sol, pela lua, pelas nuvens ou a ausência delas. Ouve e sabe interpretar o canto dos pássaros, a voz dos animais nas matas, o coaxar dos sapos nas lagoas, o movimento das formigas. Sabe sentir a secura ou a umidade do ar, a direção do vento. Os menores sinais emitidos pela natureza lhe servem de orientação.

Em suma, o agricultor é um sábio, como o confirma São Lucas. Ao ver levantar-se uma nuvem no poente, logo ele poderá dizer: “aí vem chuva”; e assim sucede. E quando sente soprar o vento do Sul, poderá dizer: “a temperatura vai subir”; e assim sucede. Assim como o lavrador adquire a sua sabedoria pela experiência e perspicácia, chegando a conhecer o caminhar da História, um povo verdadeiro — e não a massa manipulada pela mídia — é capaz de reconhecer a saúde ou a doença da sociedade em que vive, sobretudo, se assistido por graças especiais do Espírito Santo.

O que vem ocorrendo no Brasil de hoje demonstra que muita coisa mudou. O brasileiro vem dando mostras de que passou a conhecer melhor a terra onde nasceu. Por ter aprofundado sua análise política, tornou-se capaz de fazer juízo de valor e agir em consequência.

Devido ao sofrimento, nosso povo amadureceu e passou a colocar em xeque os meios de comunicação, que procuravam pensar, interpretar e dar todas as soluções por ele…

Nestas eleições, as coisas mudaram: o povo brasileiro vê e julga tais meios, os interesses que os movem e a ideologia à qual servem, e os vem colocando na contramão da História.
Tudo se passou e vem se passando como se a alma do brasileiro tivesse sido trabalhada por uma graça divina, e o Brasil parecesse querer retomar seu verdadeiro rumo histórico encetado por Nóbrega, Anchieta e os colonizadores que aqui aportaram.

Volta a aflorar nos corações de nossa gente que a família deve ser preservada e os filhos educados na moralidade dos princípios cristãos e ordeiros, pois Deus é o Ser supremo que deve ser adorado, seguido e reconhecido acima de tudo.

Com as certezas revigoradas, aumentou nos brasileiros a convicção de que a vida é algo sublime e inviolável, devendo ser respeitadadesde a concepção até a morte natural. Tornou-se claro que o Estado não deve ideologizar as crianças como algo híbrido e indefinido no seu próprio ser.

O brasileiro tem presente em seu espírito estas palavras de Nosso Senhor: “Ai daquele que escandalizar um desses pequeninos que crê em mim, melhor lhe fora que lhes pendurassem ao pescoço a mó de um moinho, e que o lançassem ao fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo!”.

Por tais razões, o brasileiro não se sente representado pelos políticos de esquerda que procuram introduzir a ideologia de gênero, o pseudo casamento homossexual, o aborto, as drogas e a prostituição. Percebe que os políticos socialo-comunistas querem introduzir uma ideologia nefasta que aniquile a nossa tradição e, sobretudo, a fidelidade do nosso povo à doutrina e à lei de Jesus Cristo.

Introduzir num currículo escolar erros dessa monta é romper com o nosso passado, é cavar a própria sepultura para nela se cair num futuro próximo. Uma tirania irreverente, uma crueldade satânica, desrespeitadora da própria natureza, a qual impõe a diversidade estabelecida por Deus entre um homem e uma mulher. É a repetição do “non serviam” de Lúcifer.

Trata-se de algo que contraria a própria racionalidade de ser homem e mulher. E o povo brasileiro vem se afirmando contrário a essa mentalidade impingida goela abaixo. Nosso povo é religioso, temente a Deus, e mexer com os seus filhos é atingir os olhos da nação brasileira.

As eleições estão aí, e o povo brasileiro anela por um Brasil que respeite a lei natural e, sobretudo, as Leis de Deus. Um Brasil profundo e real que diz não à ideologia de gênero, não à destruição da família, não à eliminação dos bons costumes e da moral, um Brasil que reconhece o casamento entre um homem e uma mulher como fundamento de uma sociedade sadia.

Assistimos nestes dias de eleições a algo de sintomático: um povo que se levanta contra certa mídia, contra os políticos corruptos e desordeiros, contra os partidos de esquerda que procuram utilizar todos os subterfúgios para tomar o poder e impor seus nefastos objetivos para forjar um anti-Brasil.

Um povo que deseja o seu Brasil de volta, um povo que afirma que a nossa bandeira jamais terá a foice e o martelo, um povo que deseja um Brasil respeitador de suas mais belas tradições. Ele rejeita o comunismo e o socialismo, que negam a Deus e a vida futura.

Ainda que de modo meio inconsciente, o brasileiro faz a sua profissão de fé, tornando-se apto assim a ser contemplado por esta promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Todo aquele, portanto, que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante do meu Pai que está nos Céus.”

Mas para aqueles que infelizmente não professam essa mesma fé — aqueles que, por exemplo, colocam a nossa atual Constituição acima dos preceitos de Nosso Senhor —, Ele também deixou um ensinamento: “Aquele que me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus. Não julgueis que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”.

É a luta pela fidelidade aos princípios cristãos! É a luta dos brasileiros contra os corruptos, os poderosos agentes de Satanás, que desejam eliminar da Terra de Santa Cruz a civilização cristã.

Os valores da nação brasileira estão impressos na alma do nosso povo. Nós os recebemos dos nossos antepassados, cujo heroísmo impregnado de fé continua a latejar em nossos corações. Que a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, continue a proteger o Brasil!
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Comentários:


8 de outubro de 2018

Estou totalmente de acordo com P. Francisquini. Se pode dizer que há décadas Dr. Plínio Corrêa de Oliveira e a TFP puseram sementes em todas as cidades do Brasil, de anticomunismo católico, de opção aos valores cristãos, ao invés da luta de classes da esquerda católica. É uma alegria imensa ver esta graça de regeneração da sociedade brasileira. Assim chegaremos até a gesta de Deus pelos brasileiros, conforme discurso de Plínio Corrêa de Oliveira nos distantes anos quarenta!

MARIO HECKSHER
8 de outubro de 2018

Tudo que o Padre Francisquini fala é verdade. Lamentavelmente, o Estado Brasileiro foi “aparelhado” pelos malfeitores e o nosso bom povo corre sério risco de ser dominado pelos comunistas, que desejam a destruição da Igreja, da família e o total afastamento dos homens e mulheres das Leis de Deus.





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ABL: PROFESSORA E SOCIÓLOGA MARIA CECÍLIA LONDRES FONSECA FAZ PALESTRA NA ABL SOBRE A TRAJETÓRIA PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO


A Academia Brasileira de Letras dá continuidade ao seu ciclo de conferências do mês de outubro de 2018, intitulado Patrimônio Cultural Brasileiro: abordagens, desafios, políticas, com palestra da professora e socióloga Maria Cecília Londres Fonseca. A coordenação será do Acadêmico, historiador e professor Arno Wehling e o tema escolhido foi Uma breve trajetória do patrimônio cultural brasileiro: políticas, atores, perspectivas. O evento está programado para quinta-feira, dia 11 de outubro, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

Serão fornecidos certificados de frequência.

A Acadêmica Ana Maria Machado é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2018.

Maria Cecília adiantou um resumo de sua palestra: “Partindo do princípio de que os repertórios de bens culturais reconhecidos pelas políticas culturais como patrimônio de determinadas coletividades podem ser entendidos como formações discursivas, constituídas com base na atribuição de determinados sentidos e valores, o objetivo é abordar, a partir desse ponto de vista, como essa prática social vem se desenvolvendo no Brasil desde sua implantação”.

Disse, ainda, que “o foco serão os critérios de seleção desses bens, as formas de sua preservação, os atores envolvidos nesse processo, tendo em vista as justificativas para o investimento nessas políticas públicas, assim como as principais questões e perspectivas que se apresentam atualmente nesse campo em sua relação com a sociedade brasileira”.

O ciclo terá mais duas palestras nas quintas-feiras de outubro, no mesmo local e horário, com os seguintes dias, conferencistas e temas, respectivamente: dia 18, Marcia Sant’Anna, Política urbana e patrimônio: monumento, documento e espetáculo; e 24, Ulpiano Bezerra de Menezes, Dicotomias no campo do patrimônio cultural.

A CONFERENCISTA

Maria Cecília Londres Fonseca é licenciada em Letras (PUC-RJ 1968); Mestre em Teoria da Literatura (UFRJ 1972); Doutora em Sociologia (UnB 1994); Professora de Teoria da Literatura (PUC-RJ 1970-1975); Pesquisadora do Centro Nacional de Referência Cultural – CNRC (1976-1979); e Coordenadora de Projetos da Fundação Nacional pró-Memória- FNPM (1979-1989).

Assessora do Ministro da Cultura (1995- 1998); Coordenadora de Políticas da Secretaria de Patrimônio, Museus e Artes Plásticas do Ministério da Cultura (1999-2002); Maria Cecília também foi Membro do Grupo de Trabalho do Patrimônio Imaterial – GTPI (1998-2000); Coordenadora do nº 147 da Revista Tempo Brasileiro: Patrimônio Imaterial; representante do Brasil junto à Unesco na elaboração da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2002-2003); e no primeiro Comitê Intergovernamental criado por essa Convenção (2006-2008); Membro do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan (2004-); e sócia do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (2004-).

Autora de O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil, Editora UFRJ, 2017; e, com Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, de Patrimônio Imaterial no Brasil: Legislação e Políticas Estaduais, Unesco-Brasil/Educarte, 2008; Maria Cecília escreveu, também, inúmeros artigos sobre o tema do patrimônio cultural.

04/10/2018

 

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