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segunda-feira, 19 de julho de 2021

CATÓLICA CUBANA IMPLORA AO PAPA QUE ROMPA O SILÊNCIO E CONDENE O COMUNISMO


Que o Pastor proteja suas ovelhas e não permita que elas sejam devoradas pelo lobo…

Paulo Roberto Campos

María Victoria Olavarrieta, uma senhora católica cubana, mandou uma muito importante carta ao Papa Francisco.

Em termos respeitosos, mas firmes, ela suplica que o Pontífice — em vista dos recentes protestos em várias cidades de Cuba contra o cruel regime fidelcastrista — rompa o silêncio e condene o comunismo cubano.

Ela pede também que condene a ditadura venezuelana e a nicaraguense, que, assim como em Cuba, tiraniza suas populações, levando muitas famílias a passar fome, muitos a fugir de seus países e causar numerosas mortes.

Entre várias advertências, a Senhora María Victoria Olavarrieta chama a atenção para fato de o Papa ser sempre muito loquaz em questões de menor importância, como felicitando a Argentina pela vitória na Copa América, ou condenar o fato de pessoas jogarem garrafas de plástico no mar, mas não diz nada, por exemplo, de que, além de plástico, nas águas marítimas de Cuba haver restos de muitos cadáveres de pessoas que morreram afogadas na tentativa de escapar da tirania comunista na ilha-presídio subjugada pelos irmãos Castro.

A seguir a gravação da comovente carta e, mais abaixo, seu texto, publicado no “Diário Las Américas” (16 de julho de 2021), que, esperamos, comova também o Papa e que, por fim, ele condene firmemente o comunismo e o bolivarianismo que destroem nações irmãs na América Latina.  



https://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/2021/07/catolica-cubana-implora-ao-papa-que.html

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TEXTO DA CARTA DA SRA. MARÍA VICTORIA OLAVARRIETA



“Católicos cubanos, desde o início dos protestos em Cuba, esperamos que levantem a voz. Dói muito que enquanto reprimem as pessoas que saíram às ruas pedindo liberdade, você tenha palavras para felicitar o triunfo da Argentina na Eurocup, fale sobre o lixo plástico nos mares e não tenha feito uma oração pública pelos mortos, os detidos , os desaparecidos e todos aqueles que estão assustados em suas casas em todo o nosso país.

Nos mares de Cuba, Santidade, além do plástico, estão os restos mortais de muitos cubanos que se afogaram tentando escapar da grande prisão em que os Castros transformaram meu país.

Nossa igreja foi perseguida, ameaçada, vigiada, invadida por agentes de segurança do Estado. No momento temos um seminarista ausente, Rafael Cruz Débora. Se os bispos cubanos têm medo de falar, de ficar ao lado do povo, eu os entendo, não sabemos as ameaças que lhes são feitas, mas você, com a imunidade que sua hierarquia lhe confere, pode falar, e nos defender.

Ontem, em Havana, tentaram recrutar um jovem que já havia completado o serviço militar obrigatório, para treiná-lo para espancar os manifestantes. Entraram em sua casa, o ameaçaram na frente dos pais e como o menino recusou, fizeram-no assinar uma carta dizendo que não iria aonde a revolução precisava dele e avisaram que quando tudo isso acontecesse ele iria para a prisão.


Isso foi ontem, hoje eles estão sendo arrastados, sem pedir nada. Pais com filhos em idade militar estão apavorados.

Você disse aos jovens: ... "Lute pelos seus sonhos, mas sonhe grande, não pare de sonhar." Os jovens cubanos que nasceram na ditadura, que foram doutrinados, educados em escolas ateístas, em uma sociedade de partido único, que cresceram, alguns comendo e se vestindo com a ajuda de suas famílias no exílio e outros na miséria absoluta, eles estão sonhando em ver seu país livre. Você os convidou a sonhar e agora que estão sendo mortos por gritarem seus sonhos, você fica em silêncio.

Você pediu a seus pastores para sentir o cheiro de ovelhas. Dos padres cubanos que se aliaram abertamente ao povo, alguns estão sendo espancados pela polícia, detidos e silenciados por seus bispos que temem por suas vidas. E sobre o assédio do governo aos bispos, você, que é o Papa, deveria saber mais do que eu.

Como dói, padre, as freiras e os padres cubanos com quem o senhor pôde falar, que olhe para o outro lado. Hoje uma freira cubana me disse que não poderia conceber que você não tivesse algumas palavras para Cuba neste momento em que o mundo inteiro fala sobre os abusos do regime. E muito baixinho, com a voz embargada de dor, quase como se falasse consigo mesma, ela sussurrou: Algum dia ela terá que enfrentar o Senhor.

Santidade, conheces a mensagem da Virgem de Fátima. O comunismo deve ser muito ruim, pois entre todas as coisas ruins do mundo, nossa Mãe queria deixar instruções de como poderíamos evitar que aquele mal se espalhasse pelo mundo.

Você teve muitos estudantes venezuelanos e viu o sofrimento de seus pais porque guardou silêncio quando os estudantes foram assassinados nas ruas de Caracas, as pessoas passam fome na Venezuela e você não condena publicamente os responsáveis.

O sangue corre na Nicarágua e o Papa fala de tudo, mas você não tem opinião sobre os crimes dos ditadores dessas três irmãs tiranias.

Santo Padre, a cristandade não precisa de um líder social nem de um diplomata, queremos um pastor, uma pedra firme onde a Igreja se possa sustentar. O vigário de Cristo na terra não deve discriminar suas ovelhas. As ovelhas vítimas dos regimes comunistas, nos sentimos como se fôssemos suas ovelhas negras.

Pedes sempre que rezemos por ti, peço que rezemos e ajamos para que não morram mais pessoas na Nicarágua, Venezuela e Cuba.

Eu gostaria de ter escrito em um tom diferente, em todos os meus artigos onde sempre o menciono, sempre o mencionei. Mas hoje quero ser a voz das mães cubanas, que veem seus filhos passarem fome, que não têm remédio, quero apresentar a dor das avós cujos netos foram baleados gritando "Viva Cristo Rei", a vergonha dos pais que não conseguem sustentar os filhos com o fruto do trabalho e vivem mal esperando as remessas enviadas por seus parentes do exterior.

Apresento a tortura dos presos políticos, o ódio de irmão contra irmão que os Castros semearam, os idosos que viram partir e morrer a família que criaram, sem nunca mais verem seus filhos e netos.

Clamamos aos céus que neste 13 de julho, enquanto nos lembramos das crianças, mulheres, homens que se afogaram no rebocador "13 de março" que o governo cubano afundou em alto mar, tínhamos que curar, sem ter o quê, as feridas que a polícia e seus cães causaram aos pacíficos manifestantes em muitas cidades de Cuba.

Nós, cubanos, nos sentimos abandonados à nossa sorte, em 62 anos não fomos capazes de nos libertar. Hoje eles enfrentam um exército armado, sem líderes e até agora, órfãos do Papa.

Papa Francisco, perdoe-me se o ofendo, mas tive que escolher entre a respeitosa aquiescência devida a um bispo e a defesa das vítimas do comunismo. Lamento saber que você é um papa comunista. O comunismo destrói a moral dos povos, sua religião, sua esperança.

Ontem em Miami, 4 Filhas da Caridade saíram para protestar nas ruas, junto com as pessoas, algumas delas idosas. Irmã Consuelo, do México e Irmã Elvira, Irmã Reinelda e Irmã Rafaela, cubana. Entre as pessoas eu ouvi dizer: Sem feno Papa, mas tem freiras. Cristo está conosco!

 

Ajude-nos, padre.

Eu continuo orando por você.

Maria Victoria Olavarrieta

Católica cubana

 

https://www.abim.inf.br/catolica-cubana-implora-ao-papa-que-rompa-o-silencio-e-condene-o-comunismo/

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ITABUNA CENTENÁRIA UM SONETO: Luiz Gonzaga Dias - Um Eterno Tema


 

UM ETERNO TEMA

Luiz Gonzaga Dias


 

Sob um caramanchão, Arlequim e Pierrot,

Falavam sobre o beijo, o mais antigo tema.

Pierrot dizia então que o verdadeiro amor,

É o que deixa no beijo uma emoção suprema.

 

Arlequim contestava: - Eu não possuo de cor,

O número de amantes que beijei... Meu lema,

É que a linda mulher, e eu sou conhecedor,

É feita para o beijo... O resto é vão dilema!

 

Beijar a mesma boca... Escuta o que eu te digo,

É comum, é vulgar, não ter variação,

Termina aborrecendo. Não se dá comigo!

 

- O beijo que é sincero, o beijo verdadeiro,

Disse o triste Pierrot findando a discussão,

Tem sempre a sensação de que foi o primeiro!

 

 

(IMAGENS MUTILADAS)

Luiz Gonzaga Dias

 

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“Um momento de arte e descanso, não faz mal ao corpo ou ao espírito exausto.

            Se o leitor não acha que ler poesia é perder tempo, leia um pouco estes versos.

            Ao contrário, desculpe, e passe adiante.

            De qualquer modo, queira aceitar os agradecimentos do autor.

 São Felix, Estado da Bahia, Julho de 1962.

Luiz Gonzaga Dias”


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