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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

CYRO DE MATTOS

Vídeo sobre o livro “Kafka, Faulkner, Borges e Outras Solidões Imaginadas” publicado pela EDUEM, editora da Universidade Estadual de Maringá, Paraná, 2021. 



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https://www.facebook.com/egle.s.machado/videos/651196359657682

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terça-feira, 27 de setembro de 2022

História de Rádio

José Sarney


A história do rádio no Brasil começou com a paixão de um homem eminente: Edgar Roquette-Pinto, cientista e pioneiro, explorador e professor, escritor e desenhista, um dos grandes nomes da Academia Brasileira de Letras. Jovem médico, tornou-se professor de antropologia, de história natural, de fisiologia. Logo foi o braço direito do Marechal Rondon e fez o que ainda não tinha sido feito: gravou e fotografou e filmou os povos contactados na expedição a Rondônia. Suas observações científicas se espalham por todos os domínios: da notação musical à geológica, da sociologia à etnografia. O Rondônia é um livro que sobrevive ao tempo, avançadíssimo em seu contraste com os preconceitos raciais da época. Criou, como diretor do Museu Nacional - esse que a desídia deixou queimar -, uma extraordinária cinemateca científica. Inventou o Instituto Nacional de Cinema Educativo e fez Humberto Mauro filmar centenas de documentários.

A primeira rádio foi criada em 1919, em Rotterdam. No centenário da nossa Independência, Roquette-Pinto - exigia que seu nome fosse assim grafado - promoveu a primeira transmissão de rádio no Brasil. Falou o Presidente Epitácio Pessoa e soou O Guarani. Sua visão era - sempre, como uma obsessão - a do educador, que imaginava o que se poderia fazer. Mas não conseguiu que o governo apoiasse a instalação da primeira rádio.

Só em 20 de abril de 1923, com equipamentos comprados pela Academia Nacional de Ciências, Roquette-Pinto iniciou as transmissões da primeira rádio brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Logo, como uma febre, as rádios se espalharam por todo o País. A dele era inteiramente voltada para a educação, com programas feitos por educadores e cientistas. Em 1936, sem condições de bancar os avanços tecnológicos e recusando a propaganda comercial, ele doou essa primeira rádio ao governo. Vargas entregou-a ao DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda, nossa versão do 'Ministério da Verdade' de Orwell. Lá foi de novo Roquette-Pinto, conseguindo que ela continuasse destinada à educação, tornando-se a Rádio Ministério da Educação e Saúde, a atual Rádio MEC. Outra rádio, a Rádio Escola Municipal, fundada em 1933, por proposta sua, por Anísio Teixeira, tornou-se depois a Rádio Roquette-Pinto.

Entretanto, eu nasci. O rádio surgiu na minha vida em Pinheiro, pela iniciativa do farmacêutico José Alvim. Ele fundou na cidade o Clube do rádio, que se reunia três vezes por semana. Formou grupos e estabeleceu os dias em que cada grupo tinha direito de ir a sua casa para ouvir o rádio: um grupo ia às segundas; outro, às quartas, e o terceiro, às sextas-feiras. O rádio ficava numa mesinha na frente da casa, do lado de fora.

Numa dessas reuniões, as descargas estáticas foram tantas que houve um protesto geral, com grandes reclamações de que não se ouvia nada. Irritado, José Alvim levantou-se, pegou o rádio, levou-o para dentro de casa e anunciou: ''Tá fechado o Clube do rádio.'

No tempo da Segunda Guerra, quando aquelas descargas provocavam ruído prolongado, José Alvim dizia: 'É tiro de alemão! Estamos ouvindo barulho de canhão!' E todos ficavam em silêncio 'ouvindo a guerra'.

Depois, quando a guerra acabou e ele não tinha justificativa para o barulho da estática no rádio, então dizia: 'Está chovendo na Bahia! Não passa nada de lá para cá! É a zoada no rádio das nuvens de chuva!'

Centenário, o rádio vai sobrevivendo a todas as mudanças tecnológicas: a televisão - Roquette-Pinto, sempre ele, tentou criar, pouco antes de morrer, a primeira TV-Educativa (que acabou sendo criada por mim, aqui no Maranhão) -, o computador, a internet, as redes sociais? Ele, firme, com 90% dos brasileiros escutando as quase dez mil rádios que existem no País.


                                                        Os Divergentes, 20/09/2022 


https://www.academia.org.br/artigos/historia-de-radio

 

José Sarney - Sexto ocupante da Cadeira nº 38 da ABL, eleito em 17 de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida e recebido em 6 de novembro de 1980 pelo Acadêmico Josué Montello. Recebeu os Acadêmicos Marcos Vinicios Vilaça e Affonso Arinos de Mello Franco.

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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

De ARREPIAR!!! Discurso magnífico da presidente eleita ontem pela Itália!

DITADURA CONTRATADA

J R Guzzo 

 


Lula usa os tribunais superiores como o seu escritório de advocacia, para mantê-lo do lado de fora da cadeia, ou como seu Congresso particular

O Brasil já teve todo o tipo de eleições para presidente da República ao longo de sua história; teve também todo tipo de candidatos, alguns deles espetacularmente ruins. Mas nunca teve como agora um candidato, e um lado das forças políticas, prometendo abertamente impor uma ditadura neste país. Lula anuncia, da maneira mais clara possível, que vai implantar a censura nos meios de comunicação — o que ele chama de “controle social da mídia”, um instrumento que tem como finalidade única impedir que sejam publicadas quaisquer notícias ou opiniões que o governo e o PT não aprovarem. É um clássico de todas as tiranias — e algo que não existe em nenhuma democracia. Ele mostra, desde já, como vai utilizar esse controle. Proibiu, via seus agentes no TSE, a publicação de imagens das imensas manifestações populares do Dia Sete de Setembro, quando mais de 1 milhão de brasileiros foram para as ruas em apoio ao seu único adversário real na eleição. Proibiu que fossem exibidas fotos ou vídeos de sua visita a Londres para participar dos funerais da Rainha Elizabeth II. Proibiu que a mulher do presidente apareça na sua campanha eleitoral na televisão. Proibiu que seja divulgada uma frase que ele mesmo, Lula, disse: “O agronegócio é fascista”. Proibiu tudo isso, mais um monte de coisas, e nem está ainda no governo. Imagine-se o que vai fazer se chegar lá. É uma ditadura que já está contratada.

Não se está falando aqui daquelas velhas ditaduras bananeiras com generais de óculos escuros e peito coberto de medalhas. Também não é uma ditadura comunista, ou “socialista”, como se diz hoje — porque isso não se faz mais, simplesmente, e sobretudo porque os ricos só vão ficar mais ricos ainda com Lula, e a pobrada só vai continuar tendo contato com a vida deles para servir na equipe de segurança ou como motoboy do delivery de pizza. Ninguém vai fechar Congresso nenhum, é obvio — para quê? Câmara e Senado vão estar numa briga de foice para ver quem se ajoelha mais depressa diante do presidente. Mais óbvio ainda: o Supremo Tribunal Federal ficará exatamente como está, com as suas lagostas, as suas áreas exclusivas de embarque, os seus Barrosos e os seus Moraes e etc. etc. Vai ser, na verdade, o principal ponto de apoio à ditadura, como Lula vai ser o principal garantidor da sobrevivência deste STF que está aí. Se os ministros já estão rasgando a Constituição agora, todos os dias, para levar Lula ao governo, por que raios iriam criar problema com ele? Não é, em suma, nenhum desses tipos de ditadura. É apenas ditadura.

O que Lula está fazendo agora, aos olhos de todo o mundo, é a prova mais evidente daquilo que de fato ele quer para o Brasil. O candidato do PT, da “esquerda” e dos milionários fixados na ideia de continuar enriquecendo às custas do erário público transformou STF, TSE e a maior parte das alturas do poder judiciário numa espécie de porta giratória. Usa os tribunais superiores como o seu escritório de advocacia, para mantê-lo do lado de fora da cadeia, ou como seu Congresso particular, para a aprovação de tudo o que quer — e, no movimento inverso, é usado pelos ministros para fazer o que eles, ministros, desejam que seja feito. Há alguma dúvida de como essas relações vão ser num governo de Lula? Alguém acha que ele estará sujeito a qualquer controle da justiça? Se já é assim hoje, como será amanhã, então — principalmente quando se considera que Lula, caso eleito, vai nomear os próximos membros do Supremo e uma penca de ministros dos outros galhos mais altos do poder judiciário? Não pode haver comprovação mais clara de uma ditadura: um presidente que não tenha de prestar contas à justiça. Na vigência do Ato Institucional N° 5, as decisões do regime militar não podiam ser submetidas à apreciação judicial. É exatamente o que acontece hoje com Lula, na prática. Nada do que ele faz pode ser submetido à apreciação de juiz nenhum — e, se for, não vai fazer diferença nenhuma, porque lá em cima eles resolvem. Lula já ganhou do STF, para se ficar apenas no exemplo mais demente desta parceria, a anulação das quatro ações penais que existiam contra ele, inclusive a sua condenação à cadeia pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Por que seria diferente se ele for para a Presidência? Haverá algum acesso de imparcialidade, de repente, por parte dos atuais sócios?

A ditadura anunciada de Lula não se limita à extinção do alto poder judiciário como entidade independente e nem a eliminação da liberdade de imprensa

Tão destrutivo para a democracia quanto este incesto entre os poderes Executivo e Judiciário é o ataque sem descanso, e cada vez mais raivoso, que Lula, o PT e o seu entorno fazem contra a liberdade de expressão. Há um jornalista de “direita” no exílio, e outro que já foi preso, por conta do ministro Alexandre Moraes — um dos mais agressivos militantes da nova ditadura de “esquerda”. Já usam, há muito tempo, os seus parceiros no YouTube, Twitter, Facebook e demais gigantes americanos que controlam a comunicação pelas redes sociais para perseguir adversários e censurar opiniões que desaprovam. Em parceria com a mesma justiça descrita acima, caçam a palavra dos que têm opinião política diferente — e “desmonetizam” suas vítimas bloqueando a remuneração que deveriam receber pelo trabalho que fazem nas redes, numa das mais odiosas formas de opressão já postas em execução pela militância lulista. Pressionam as empresas privadas para que não anunciem em veículos de imprensa da sua “lista negra”. Estão, neste momento, fazendo tudo o que têm de pior para calar o mais importante programa jornalístico independente da rádio brasileira — “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan. (Leia a matéria “Pandemia de intolerância” desta edição.) Exigem algo que absolutamente não existe em relação a nenhum outro órgão de comunicação no Brasil, ou no mundo democrático: que a emissora faça um “contraponto” ideológico ao programa, que expõe duramente os desastres em série cometidos por Lula, pelo STF e pelo resto do consórcio que se movimenta ao seu redor. Isso já é feito pela rádio, em larga escala, ao longo de sua grade de programação — mas não é suficiente. Não admitem nem uma voz discordante, a do Pingos nos Is; querem silêncio total, e nem dispõem ainda do seu “controle social sobre os meios de comunicação”. Contam, nisso tudo, com o apoio militante dos jornalistas e dos proprietários dos veículos da mídia — e como poderia ser diferente, num país em que a “Associação Brasileira de Imprensa”, a ABI, coloca o seguinte lema em seu perfil no Twitter: “Fora Bolsonaro”? Dá para ver por aí, perfeitamente, como esse controle seria exercido na vida real de um governo do PT. É a repetição do que fazia a “ditadura militar de 64” que Lula e o PT tanto condenam. Qual a diferença entre uma coisa e outra, em termos de repressão à imprensa livre?

A ditadura anunciada de Lula não se limita à extinção do alto poder judiciário como entidade independente e nem a eliminação da liberdade de imprensa. Tão ruim quanto isso, mas sob o disfarce hipócrita de intenções piedosas, é o seu culto cada vez mais fanático ao “Estado” — exatamente como se faz no fascismo mais puro. Nada de “Carta aos Brasileiros”, desta vez, nem da fantasia do “Lula liberal” com que ele se pintava em outros tempos. Agora é “todo o poder ao Estado”, com o apoio pleno de um STF que vai fazer tudo o que for preciso para Lula e o PT governarem para sempre — como foi feito na Venezuela, o novo modelo de virtude para a esquerda brasileira, onde também não houve nenhuma necessidade de fechar Supremo ou Congresso para montarem uma ditadura. Lula já disse que a Covid, com os 650 mil mortos que causou, foi “uma benção” — mostrou como “o Estado é importante” e, sobretudo, o quanto as pessoas devem obedecer a ele. Agora só fala em anular todas as conquistas que o cidadão brasileiro teve diante da máquina estatal — da reforma da previdência à extinção do imposto sindical, das privatizações à independência do Banco Central.

Tipicamente, declarou não ter a menor ideia do que um governo deve fazer para oferecer aquilo que a população precisa mais do que tudo: oportunidades de trabalho que possam lhe permitir uma vida melhor. “Como criar empregos para o povo” numa era de tecnologia?, perguntou Lula. Ele mesmo deu a resposta: “Eu não sei como fazer isso”, disse em público, dias atrás. E que diabo o povo brasileiro importa a ele, ou ao PT, ou aos empresários socialistas? Lula sabe perfeitamente bem o que quer, em matéria de trabalho — promete, com todas as letras, socar em cima do pagador de impostos novos cabides de emprego para a companheirada do PT, os amigos do governo e os amigos dos amigos. A cada dia que passa ele anuncia que vai fazer mais um ministério. Ministério do Desenvolvimento Agrário, para o MST. Ministério das Pequenas Empresas. Ministério do Índio, ou dos “Povos Originários”, que representam 0,4% da população nacional — e com um índio de ministro. Ministério da Igualdade Racial. Ministério da Pesca, de novo, e Ministério da Cultura, também de novo. Ministério da Segurança Pública, talvez Ministério do Planejamento e por aí se vai.

É o encontro da fome com a vontade de comer: em seu programa de governo, Lula cria ministérios novos e reabre ministérios dos quais o povo tinha se livrado. Não resolve um único problema real do Brasil. É apenas o Estado cada vez maior, mais obeso e mais caro — tudo, exatamente, o que a população não precisa. É, ao mesmo tempo, um sintoma infalível de paixão oculta pela ditadura. Cada vez que o Estado avança, a liberdade diminui — nunca foi diferente em toda a história da humanidade. Não se trata, em nada disso, de equívoco por parte de Lula; não há equívoco nenhum. Também não é o resultado da costumeira soma da sua incompetência com a sua ignorância. O que ele quer, em tudo o que anuncia, é tirar proveito material próprio — e criar uma ditadura à sua imagem e ao seu estilo. Lula faz questão de dizer, o tempo todo, que gosta de Cuba, da Venezuela e da Nicarágua; são os seus modelos de país. Por que, então, seria a favor das liberdades públicas e dos direitos individuais no Brasil? Vai contar, em tudo o que fizer, com todo o apoio internacional, das classes intelectuais e da mídia. Vai contar com a anulação do seu passado penal como ladrão. Vai contar com o apoio do Papa, dos banqueiros de esquerda e do ator Leonardo DiCaprio. É, como dito acima, um contrato assinado para transformar o Brasil numa ditadura — e por muito, muito tempo.

 

REVISTA OESTE 

EDIÇÃO 131

23 de setembro de 2022

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

BOLSONARO

 


Versão adaptada da de Gustavo Conde



"Eu não queria dizer isso. Pode ferir sensibilidades, desmanchar castelos de areia, coisa e tal. Mas, que se dane. O fato, nu e cru, é que Bolsonaro vai sendo canonizado, imortalizado e santificado no altar máximo da glorificação histórica.

Nem Churchil, nem Roosevelt, nem Nelson Mandela chegaram perto dessa dimensão. E essa consagração é insuspeita: não há maior prêmio nem maior insígnia do que ser perseguido e caçado com este nível de violência pelo aparelhamento judicial e financeiro em uníssono, com o auxílio de toda a imprensa e dos serviços de "inteligência" nacionais e estrangeiros. É o maior reconhecimento de uma vida que teve um sentido maior, léguas de distância do que a maioria de nós poderia sonhar.

Nem todos os títulos honoris causa do mundo juntos equivalem a essa deferência: ser perseguido por gente do sistema, por representantes máximos do capital, da normatização social e da covardia intelectual, gente que pertence ao lado comunista da história.

Não há Prêmio Nobel que possa simbolizar a atuação patriótica de Bolsonaro no mundo, nem todos os títulos que Bolsonaro de fato ganhou ou recusou (a lista é imensa, uma das maiores do mundo). Porque a honraria mesmo que se desenha é esta em curso: ser o alvo máximo do ódio de classe e o alvo máximo do pânico democrático que tem fobia a voto.

Habitar 24 horas por dia a mente desértica dos inimigos da pátria e povoar quase a totalidade do noticiário político de um país durante 33 anos, dando significado a toda e qualquer movimentação social na direção de mais direitos e mais soberania, acreditem, não é pouco. Talvez, não haja prêmio maior no mundo porque Bolsonaro é, ele mesmo, o prêmio. É ele que todos querem, para o bem ou para o mal. É o líder-fetiche, a rocha que ninguém quebra, o troféu, a origem, a voz inaugural, que carrega as marcas da história no timbre e na gramática.

Há de se agradecer essa grande homenagem histórica que o Brasil vem fazendo com extremo esmero a este cidadão do mundo. Ele poderia ter sido esquecido, como FHC. Mas, não. Caminha para a eternidade, para o Olimpo, não dos mártires, mas dos homens que lutaram e fizeram valer uma vida em toda a sua dimensão espiritual e humana."


(Recebi via WhatApp)

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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

 21 DE SETEMBRO: 

"Dia da Primavera" e "Dia da Árvore"


A PRIMAVERA é Cantiga

De Flores em profusão;

Para a ÁRVORE Amiga

Toda a minha Gratidão


(Eglê S. Machado)

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                                   A Disputa

                  Cyro de Mattos

 


A terra era fértil, o que se plantava vingava com sobras.  Quando havia disputa por um estirão de terra, a contenda era feroz. “É meu!”, um dizia, “eu descobri primeiro!”, outro alardeava. Os demais não aceitavam, todos se achavam o protagonista da façanha.   

A refrega começava, os ventos ficavam irascíveis, provocavam assombros, escombros, feridos e mortos.

Os mais velhos diziam, somente um vai tirar a caça da mata, quando encontra, abate-a, nem pode comemorar. Aparece muitos como o verdadeiro caçador. A discussão começa, tomava o formato de disputa ferrenha.

Era sempre assim, depois de morta a caça aparecia era caçador. O combate se fazia feroz, enquanto a caça apodrecia, e as garras do ocaso a levavam para fazer reinar o entendimento entre eles.

 E as trevas fossem banidas do coração de cada um deles, em batimentos que levavam para a destruição de todos os contendores na disputa feia.  

 

Cyro de Mattos é jornalista, cronista, contista, romancista, poeta e autor de livros para crianças. Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de Itabuna. Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz.


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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O dia em que apertei a mão da rainha Elizabeth II

 


Arnaldo Niskier

Soberana veio ao Brasil em 1968

Uma das alegrias que tive como secretário de Ciência e Tecnologia da antiga Guanabara foi ter apertado a mão da rainha Elizabeth II, na sua única visita ao Brasil, em 1968. Ela foi recebida no Museu de Arte Moderna, num simpaticíssimo almoço. Esperei pela soberana do Reino Unido ao lado do colunista Ibrahim Sued, com quem treinei o clássico 'Nice to meet you'. Ela nos cumprimentou na entrada do restaurante, sempre sorridente. Da recepção fazia parte o governador Negrão de Lima, que, como embaixador, tinha todo o traquejo diplomático exigido para aquelas ocasiões.

Acompanhada do príncipe Philip, a rainha Elizabeth II tinha uma agenda lotada, em que se incluíam uma visita ao presidente Costa e Silva e a presença em locais históricos, como o Monumento do Ipiranga, em São Paulo, e o Mercado Modelo, em Salvador. Não deixou de afirmar que 'os nossos dois povos estão voltados aos conceitos básicos de justiça, liberdade e tolerância'.

Em São Paulo, presidiu a cerimônia de inauguração do Museu de Arte de São Paulo (Masp). No Rio, esteve no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro, e prestigiou a Igreja Anglicana, em Botafogo. Visitou o Morro Dona Marta, fez um passeio de Rolls-Royce pela cidade e compareceu ao Maracanã para assistir ao amistoso Rio-São Paulo, em que afirmou se sentir muito feliz por cumprimentar o nosso craque Pelé. No dia seguinte, partiu para a Argentina.

O novo rei inglês é conhecido pelo seu amor ao meio ambiente. Afirma-se que não é seu propósito ficar muito tempo no posto, mas isso ainda é uma dúvida. A imagem do rei Charles III substituirá a imagem da sua mãe nos selos reais e nas notas do Banco da Inglaterra. As palavras dentro dos passaportes britânicos serão atualizadas para 'sua majestade' no masculino (em inglês, a expressão tem gênero e será mudada de 'her majesty' para 'his majesty'). E o trecho do Hino Nacional que diz 'Deus salve a rainha' será mudado para 'Deus salve o rei'.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que Elizabeth II manteve a unidade da nação britânica por mais de 70 anos, superando os limites até da célebre rainha Vitória. A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, disse que ela foi a rocha sobre a qual a nação foi erguida.Apesar das crises internas da família real, Elizabeth II resistiu até os 96 anos. Em 8 de setembro de 2022, a rainha morreu no Castelo de Balmoral, na Escócia, numa residência de férias. Na data da morte, o comunicado feito por meio das redes sociais do Palácio de Buckingham diz: 'A rainha morreu em paz'. Preservou com brilho a confiança na monarquia. É claro que deixará saudades.

O Globo, 15/09/2022

https://www.academia.org.br/artigos/o-dia-em-que-apertei-mao-da-rainha-elizabeth-ii

 

Arnaldo Niskier - Sétimo ocupante da Cadeira nº 18, eleito em 22 de março de 1984, na sucessão de Peregrino Júnior e recebido em 17 de setembro de 1984 pela acadêmica Rachel de Queiroz. Recebeu os acadêmicos Murilo Melo Filho, Carlos Heitor Cony e Paulo Coelho. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1998 e 1999

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sábado, 17 de setembro de 2022

Os dados não mentem! 

Bolsonaro surpreende o mundo...

 

Foto Reprodução/Internet

Uma das maiores dificuldades que temos quando estamos no curso de um processo eleitoral, é fazer uma distinção entre o "gestor" eficiente e competente do personagem que é o "candidato". 

Ou seja, enquanto o gestor é um agente político, o candidato é um agente eleitoral, ou seja, um "ator".

Saber separar um do outro é fundamental.

Tenho ouvido muito, sobretudo de algumas mulheres com as quais convivo, que não votam no Presidente Bolsonaro em razão dele ter um comportamento até certo ponto "impulsivo" e "grosseiro". 

Então, é hora de fazermos uma leitura para diferenciar as coisas. 

O candidato tem seus defeitos, sim. 

Como todos nós. 

Mas se mostra um gestor talentoso?

Se a resposta for sim, ou seja, se governa bem, cumprindo os compromissos que assumiu e se apresenta eficiência e resultados positivos, que influência ou relevância seu temperamento tem na condução do seu mandato e nos resultados do seu governo? 

A resposta é: nenhuma! 

Inegavelmente o Presidente Bolsonaro faz uma excelente gestão, com dados que surpreendem o mundo, tanto na economia como em qualquer dos setores do seu governo.

Basta que analisemos os números e os dados oficiais. 

Então, o fato dele ser grosseiro ou falar muitas vezes o que não precisa, não tem nenhum reflexo ou peso na sua capacidade de governar e de comandar sua equipe. 

Vamos lá para um exemplo? 

Você tem que escolher alguém para conduzir seus negócios, dirigir seu carro com sua família dentro ou cuidar do seu patrimônio.

E os dentre os dois principais candidatos, um é irresponsável, esbanjador, já foi condenado, é cachaceiro e bebe em serviço, ladrão e mentiroso. Defende as ditaduras, o aborto, é niilista. 

Mas é um ladrão simpático que tem o dom de iludir e se cerca de uma camarilha. 

Já o outro é responsável, cuidadoso, honesto, franco, nunca foi condenado, defende a família, a vida, não rouba, não mente e tem um histórico de bons resultados em tudo o que faz. 

É disciplinado, tem fé e sabe delegar e escolher bons assessores. 

Mas por vezes é ranzinza e grosseiro.

Quem você escolheria dentre os dois?

O fato do segundo não ser simpático, influenciaria sua decisão de eleger o melhor?

Que importância ou valor tem o seu temperamento nos resultados do seu governo? 

A capacidade de sabermos distinguir o gestor político do personagem eleitoral é fundamental para o seu e para o nosso futuro.

Pense nisso, pois na verdade, a relação que vamos ter com o próximo Presidente, não vai ser de natureza pessoal, já que não vamos conviver com ele nas nossas casas.

Mas as condutas e o governo dele, sim, entrarão e darão o ritmo nas nossas vidas, todos os dias. 

Cuide para não eleger um bagaço que seja só um bom malandro e que possa nos jogar literalmente no mato e arruinar nosso futuro!

 


Luiz Carlos Nemetz

Editorialista do Jornal da Cidade Online. Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz

 

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/42275/os-dados-nao-mentem-bolsonaro-surpreende-o-mundo

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EXCLUSIVO! Donny Silva denuncia trama de Carlos Rodrigues contra Damares...

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

A verdade sobre o ex-presidiário!

Considerações sobre o legado de Jorge Amado

e assuntos da Academia de Letras de Itabuna

Cyro de Mattos



 
            

           Em Os saberes nas narrativas de Jorge Amado procuro dar um testemunho crítico sobre o legado ficcional de Jorge Amado, a exemplo do que fiz com o livro As criações de Adonias Filho, publicado pela Academia Brasileira de Letras, obra em que abordo aspectos da ficção adoniana e que recebeu há pouco tempo uma edição digital pela E. Book Ufba Linguagens, do editor e crítico Cid Seixas.

            Concebi o livro em que analiso a obra de Jorge Amado como incursões que faço na linguagem e no imaginário de um narrador poderoso, que sabe articular como poucos na trama as marcas da solidariedade, do saber e do humor, logrando extrair da vida real a esperança e a ternura de seus personagens, os que vivem como excluídos nas camadas populares.  Esse consagrado romancista faz com que as cenas dramáticas retiradas do plano real apareçam no texto mescladas com um mundo fantástico cheio de episódios extraordinários. Informo que são incursões essas realizadas por um ficcionista experimentado, que não usa o achismo para opinar sobre a ficção de um autor de linguagem sensual, fecunda imaginação, quando recria a vida com a arte bem-sucedida da escrita, como só poucos sabem fazer.     

          Sempre gostei de crítica e de ensaio literário. Cedo escrevi ensaios divulgados em revistas e jornais literários importantes.  Com este livro sobre o legado de Jorge Amado alcanço a marca de cinco livros no gênero ensaio. Sempre soube que para analisar uma obra literária o autor do texto deve ter instrumental teórico suficiente, intimidade com as questões estéticas e ser eficiente no julgamento, além de possuir uma boa cultura literária.   No final desse livro sobre a obra de Jorge Amado, registro alguns autores que me dão suporte na missão de ensaísta, como Octavio Paz, Ezra Pound, Ítalo Calvino, Kaiser, E.  M. Forster, Emil Staiger, Afrânio Coutinho e Eduardo Portella, entre outros. Com eles aprendi o que de melhor deve ser absorvido para se analisar obras de ficção e de poesia  escritas por autores representativos. Junte-se a isso a experiência que tenho como ficcionista, ao longo de mais de 60 anos, o que me faz dotado, permitam-me, de pressupostos e requisitos para escrever livros de ensaio sobre ficcionistas e poetas expressivos. Diria então que meu estilo é eclético nesse livro de ensaios sobre a obra amadiana, no qual entram a compreensão e a abrangência do fazer literário. 

       Os saberes nas narrativas de Jorge Amado é um livro editado pela Fundação Casa de Jorge Amado (Salvador), o prefácio “Cyro de Matos e Jorge Amado: um encontro grapiúna” vem assinado por Nelson Cerqueira, doutor em Letras, poeta e ficcionista, da Academia de Letras da Bahia, e o posfácio “Cyro de Mattos pisando chão verdadeiro” é de Ângela Fraga, escritora e diretora da Fundação Casa de Jorge Amado. Já escrevi sessenta e dois livros pessoais, de diversos gêneros, como o conto, romance, crônica, poesia, ensaio e literatura infantojuvenil. Organizei ainda cinco antologias e cinco coletâneas. Tenho quinze livros publicados por editoras europeias.

         Enquanto isso, o Hino Oficial da Academia de Letras de Itabuna (ALITA) tem dois autores. Marcelo Ganem é o compositor da música, a letra é de minha lavra.  A parceria deu-me alegrias, pois Marcelo Ganem é um dos bons cantores das gentes e coisas da nossa terra, um poeta do som, alma sensível alimentada de lindas notas líricas. Quanto à minha participação na elaboração da letra é pela simples razão de querer ser útil quando faço versos. Daí dizer no final da letra do hino: “Tudo vale/ tudo anda com Deus/Que nos deu a razão e a emoção/ O sentido de viver com o amor/ Pra dizer o que vem do coração.”

           Sobre a Guriatã, a revista já se tornou uma marca positiva nas produções da Academia de Letras de Itabuna pela riqueza de seu conteúdo.  Nesses três números em que funcionamos como o editor da revista, a maioria dos seus colaboradores foi constituída dos membros da instituição, cada um deles na afirmação e autonomia de suas qualidades literárias. A revista tem sido elogiada em importantes ambientes literários, fora da região, e por escritores de valor indiscutível, como Muniz Sodré, Nelson Cerqueira, Ivo Koritowsky, Aramis Ribeiro Costa e Gerana Damulakis, entre outros.     

 

Cyro de Mattos - escritor e poeta. Primeiro Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz. Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia, Pen Clube do Brasil, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de Itabuna. Autor premiado no Brasil, Portugal, Itália e México.

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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Amor e Medo -Casimiro de Abreu




AMOR E MEDO

Casimiro de Abreu


  I

Quando eu te fujo e me desvio cauto
Da luz de fogo que te cerca, oh! bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
“Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!”

Como te enganas! meu amor é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco...
És bela eu moço; tens amor eu medo!...

Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes,
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.

O véu da noite me atormenta em dores,
A luz da aurora me intumesce os seios,
E ao vento fresco do cair das tardes
Eu me estremeço de cruéis receios.

É que esse vento que na várzea ao longe,
Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
Soprando um dia tornaria incêndio
A chama viva que teu riso ateia!

Ai! se abrasado crepitasse o cedro,
Cedendo ao raio que a tormenta envia,
Diz: que seria da plantinha humilde
Que à sombra dele tão feliz crescia?

A labareda que se enrosca ao tronco
Torrara a planta qual queimara o galho,
E a pobre nunca reviver pudera,
Chovesse embora paternal orvalho!

II

Ai! se eu te visse no calor da sesta,
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas!...

Ai! se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio,
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos, palpitante o seio!...

Ai! se eu te visse em languidez sublime,
Na face as rosas virginais do pejo,
Trêmula a fala a protestar baixinho...
Vermelha a boca, soluçando um beijo!...

Diz: que seria da pureza d’anjo,
Das vestes alvas, do cantor das asas?
Tu te queimaras, a pisar descalça,
Criança louca, sobre um chão de brasas!

No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem.
Vil, machucara com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!

Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço
Anjo enlodado nos pauis da terra.

Depois... desperta no febril delírio,
Olhos pisados como um vão lamento,
Tu perguntaras: qu’é da minha c’roa?...
Eu te diria: desfolhou - a o vento!...

   ________

Oh! não me chames coração de gelo!
Bem vês: traí - me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito,
És bela eu moço; tens amor, eu medo!...


 


Casimiro de Abreu
(Casimiro José Marques de Abreu), poeta, nasceu em Barra de São João, RJ, em 4 de janeiro de 1839, e faleceu em 18 de outubro de 1860. É o patrono da cadeira n. 6 da Academia Brasileira de Letras, ABL, por escolha do fundador Teixeira de Melo.

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O Duelo

Cyro de Mattos



          Tinham começado o duelo desde não sei quando. O bem achava que a vida era boa e bela, muita gente devia se interessar por ela.  Nada disso, o mal dizia que a vida era ruim e feia, viver com as amargas ela sempre aprovou, o fel ao invés do mel.

          O bem achava que a vida devia pender para o sabiá, enquanto o mal não aceitava isso sob qualquer argumento. Devia pender para o urubu, como sempre acontecia. O bem bradava que a liberdade é o valor mais importante da vida. O mal sorria fazendo uma careta. Assegurava que a lei do mais forte é a correta, nos hábitos e costumes só há sobrevivente quando a regra a seguir consiste em fazer valer o império dos abonados perante os excluídos.   

          O bem dizia que o amor é o sentimento mais forte, o mal rebatia, adiantando que a maioria vive enganada, o casal só percebe o erro quando enfrenta a dura lei da vida. O bem retornava, dizendo que o inocente era para ser sempre absolvido, o mal contrapunha, afirmando quem manda é o que está por cima, é o vitorioso, não importa o crime fútil que tenha executado. 

             Não encontravam um meio termo para frear as discussões acaloradas, sem fim. Decidiram que um duelo mostraria quem estaria com a razão. No dia aprazado, o juiz demarcou o terreno com uma corda de vinte metros, ao comprido. Cada um ocupava agora seu lugar no extremo da corda. O bem no ponto em que o sol nascia. O mal no ponto em que a noite abarcava o dia.

         O juiz trilou o apito. Ao mesmo tempo, atiraram um contra o outro, para saber quem tombaria primeiro. A arma do mal cuspiu cobras e lagartos, que se bateram contra os muros do bem e ali mesmo tombaram, sem alcance do alvo perseguido. Da arma do bem saíram flores, que soltaram fragrâncias, perfumaram os ares e fizeram com que o mal fugisse em desabalada carreira.

       O bem continua morando nos prados da alegria, onde vive a esperança desde que amanhece o claro dia, a ternura tece a vida com os fios do encanto e da beleza.  O mal voltou a viver nas zonas trevosas da matéria, onde fabrica até hoje suas redes com fios grossos bem trabalhados e as arremessa com gosto para pegar os peixes grandes e miúdos nas águas da desgraça alheia.

 

Cyro de Mattos - Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de Itabuna. Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz.

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quarta-feira, 7 de setembro de 2022

O 7 DE SETEMBRO DE 2022 - INESQUECÍVEL - Jair Bolsonaro

 


(Texto de Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil - postado no Twitter)

 

- Hoje, mais do que nunca, pudemos assistir e sentir o despertar do patriotismo e do profundo amor pelo Brasil. As ruas foram tomadas pelas cores de nossa linda bandeira e nosso glorioso hino nacional foi cantado por milhões de homens e mulheres, de todas idades, classes e cores.

- É difícil imaginar o que se passou pela cabeça de Dom Pedro I ao proclamar a Independência do Brasil, mas não tenho dúvida de que, em seu coração, queimava a mesma chama de amor e orgulho que hoje preencheu o peito de cada brasileiro em cada lugar do nosso imenso país.

- Mais uma vez o nosso povo mostrou a todos aqueles que duvidam de sua capacidade e integridade não apenas a força que possui, mas também o espírito pacífico e ordeiro que carrega em seu coração. O mundo pôde assistir novamente a uma celebração de união, esperança e liberdade.

- Há muito não se via tantas pessoas emocionadas, festejando com alegria a nossa Independência. Essa emoção contagiou a todos nós. Impossível conter as lágrimas e não pensar no quanto o nosso país é maravilhoso, mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos no dia a dia.

- Se antes falavam que éramos uma nação adormecida, hoje posso dizer que o Brasil acordou e está cada vez mais consciente do potencial que possui. Ninguém no mundo tem o que nós temos: nossos recursos, nossas riquezas, nossas florestas e nosso povo trabalhador e miscigenado.

- Nossa Pátria é gigante e abençoada. Na prática, somos vários brasis dentro de um só. E, apesar dos altos e baixos da história, seguimos unidos na preservação de nossa soberania e liberdade. O Brasil era impossível, mas se tornou real: somos um milagre em forma de nação.

- Repito: numa única família brasileira há mais diversidade do que em muitas nações. Está em nosso DNA lidar com as diferenças e contradições, porque somos frutos delas. Não é uma raça, sexo ou classe que nos une como povo, são os valores que carregamos dentro de cada um de nós.

- Por isso, atacar nossos valores é uma das formas mais covardes de promover a desunião. Por isso, lutarei até o fim da minha vida para proteger os valores e as tradições do nosso povo, para que sejamos uma nação cada vez mais unida, de modo que ninguém seja capaz de dividi-la.

- Parabéns a todos por promoverem neste 7 de setembro de 2022 uma das maiores e mais lindas festas já vistas nos últimos 200 anos e em todo o planeta! Vocês mostraram ao mundo a beleza e grandeza do nosso país.

INDEPENDÊNCIA OU MORTE! ONTEM, HOJE E POR TODA ETERNIDADE!

 

Jair Messias Bolsonaro é um militar reformado e político brasileiro, filiado ao Partido Liberal. É o 38º presidente do Brasil desde 1º de janeiro de 2019, tendo sido eleito pelo Partido Social Liberal. Foi deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018. 

(Wikipédia)

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MANIFESTAÇÕES de SETE de SETEMBRO são ENORMES em TODO o BRASIL, ESQUERDA...

AO VIVO: MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO PELO BRASIL - DIA DA INDEPENDÊNC...

HINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

 




Hino da Independência do Brasil

Letra: Evaristo da Veiga

Música : Dom Pedro I

 

1 Já podeis da Pátria filhos

Ver contente a Mãe gentil;

Já raiou a Liberdade

No Horizonte do Brasil

Já raiou a Liberdade Já raiou a

Liberdade No Horizonte do Brasil

 

(Refrão) 

Brava Gente Brasileira

Longe vá, temor servil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.

 

2 Os grilhões que nos forjava

Da perfídia astuto ardil,

Houve Mão mais poderosa,

Zombou deles o Brasil.

Houve Mão mais poderosa

 Houve Mão mais poderosa

Zombou deles o Brasil.

 

 (Refrão) 

3 O Real Herdeiro Augusto

Conhecendo o engano vil,

Em despeito dos Tiranos

Quis ficar no seu Brasil.

Em despeito dos Tiranos

Em despeito dos Tiranos

Quis ficar no seu Brasil.

 

(Refrão)

4 Ressoavam sombras tristes

Da cruel Guerra Civil,

Mas fugiram apressadas

Vendo o Anjo do Brasil.

Mas fugiram apressadas

Mas fugiram apressadas

Vendo o Anjo do Brasil.

 

(Refrão) 

5 Mal soou na serra ao longe

Nosso grito varonil;

Nos imensos ombros logo

A cabeça ergue o Brasil.

 Nos imensos ombros logo

Nos imensos ombros logo

A cabeça ergue o Brasil.

 

(Refrão) 

6 Filhos clama, caros filhos,

E depois de afrontas mil,

Que a vingar a negra injúria

Vem chamar-vos o Brasil.

Que a vingar a negra injúria

Que a vingar a negra injúria

Vem chamar-vos o Brasil.

 

(Refrão) 

7 Não temais ímpias falanges,

Que apresentam face hostil:

Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.

Vossos peitos, vossos braços

Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.

 

(Refrão) 

8 Mostra Pedro a vossa fronte

Alma intrépida e viril:

Tende nele o Digno Chefe

Deste Império do Brasil.

Tende nele o Digno Chefe

Tende nele o Digno Chefe

Deste Império do Brasil.

 

(Refrão) 

9 Parabéns, oh Brasileiros,

Já com garbo varonil

Do Universo entre as Nações

Resplandece a do Brasil.

Do Universo entre as Nações

Do Universo entre as Nações

Resplandece a do Brasil.

 

(Refrão)

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