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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

TEMER FARÁ NOVA LICITAÇÃO COM LANCHES SEM MARCA NEM LUXO

Novas iguarias não terão especificações de marcas

28/12/2016
Por Jovem Pan
fonte: EFE/FERNANDO BIZERRA JR

Após cancelar licitação de R$ 1,75 milhão para comprar alimentos para o avião presidencial, o presidente Michel Temer lançará nova licitação com o mesmo objetivo, informa a colunista Jovem Pan Vera Magalhães.


A nova lista de lanches, no entanto, será composta de itens com o nome genérico, sem marca e sem especificações de luxo, como havia na anterior, o que provocou diversas críticas a Temer.

Ainda será garantido o menor preço. Na lista cancelada, o preço básico de muitos itens era mais alto do que o encontrado em muitas redes de varejo, sendo que a quantidade de alimento licitada era para um ano inteiro.

A licitação foi lançada pelo GSI, Gabinete de Segurança Institucional, um braço da Presidência da República que tem, entre as suas missões, a de cuidar da frota presidencial. Não era realizada uma licitação desse tipo desde 2009. As compras estavam sendo feitas de maneira esparsa e a ideia de abrir uma licitação era justamente conseguir o menor preço e abastecer a aeronave de um modo mais funcional.

Mas quem fez a licitação deve ter consultado os gostos do Michelzinho e da dona Marcela e incluiu diversos itens de luxo, como sorvete caríssimo, pão sem glúten, sorvete sem lactose, linhaça dourada e outros itens que não faz muito sentido ter em um avião presidencial em tempos de cortes de gastos.

O presidente foi informado desse edital quando estava voltando do nordeste, onde participou de evento de combate à seca e disse que gostaria de ser o maior presidente nordestino que passou pelo Brasil. Ao mesmo tempo os jornais divulgavam essa fala de Temer e os itens europeus a bordo de sua aeronave.

A lista continha, no entanto, algumas iguarias nordestinas, como escondidinhos de camarão e de carne nas refeições presidenciais, mas a um preço que o brasileiro médio não paga.


http://jovempan.uol.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/vera-magalhaes/temer-fara-nova-licitacao-com-lanches-sem-marca-nem-luxo.html

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PAPA FRANCISCO: “DIVISÃO”, CAOS E AUTODEMOLIÇÃO

29 de dezembro de 2016
Gonzalo Guimaraens (*)

“Não se deve excluir a possibilidade de que eu possa entrar para a História como o Papa que dividiu a Igreja Católica”.(**) São estas as palavras gravíssimas que o vaticanista Walter Mayr, correspondente na Itália do semanário alemão “Der Spiegel” [foto acima], acaba de atribuir ao Papa Francisco em recente reportagem.

O Pontífice teria dito essas palavras a um grupo de cardeais que o cumprimentaram por ocasião de seu recente aniversário (17 de dezembro). Que nos conste, até o momento tal afirmação atribuída ao Pontífice não foi desmentida pela Santa Sé.

No plano político, “Destaque Internacional” tem constatado, documentadamente e com muita tristeza, essa “divisão” promovida pelo Pontífice quase desde o início de seu Pontificado no dia 13 de março de 2013, através de diversas declarações e gestos pró-esquerdistas (a respeito, podem-se ler dezenas de artigos no site www.cubdest.org ).

Mas a reportagem do vaticanista Walter Mayr [foto ao lado] refere-se a declarações e atitudes do Papa Francisco no plano religioso, teológico e moral, um terreno no qual nunca temos entrado porque nossa especialização é estritamente concernente à área política. E, ademais, porque simplesmente não temos conhecimentos suficientes para nos aventurar nas delicadas questões teológicas e morais abordadas pelo Papa Francisco, que estão provocando tal “divisão”.

(Cardeais Brandmüller, Burke, Caffara e Meisner)
A gravidade da situação de “divisão” no seio da Igreja, provocada pelo Pontífice, pode ser avaliada pelo teor de uma carta que lhe escreveram os cardeais Raymond Burke, Carlo Caffarra, Walter Brandmüller e Joaquim Meisner [fotos ao lado]. Nessa missiva, tornada pública em face do silêncio de Francisco, os cardeais lhe apresentaram sérias dúvidas de consciência sobre a ortodoxia de delicados assuntos teológicos abordados na sua Exortação Apostólica Amoris Laetitia. A carta desses quatro cardeais pode ser lida no link: http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1351414?sp=y

O fato concreto é que, independentemente de suas altas intenções, de seus ditos e atos, o Papa Francisco estaria colaborando com essa perigosa “divisão”. A agência de pesquisas de opinião “DataFolha” acaba de revelar que no Brasil, por exemplo, de 2014 a 2016, em pleno pontificado dele, nove milhões de brasileiros deixaram de ser católicos. É difícil dizer em que medida essa enorme debandada do rebanho católico brasileiro pode ser atribuída à “divisão” provocada pelo Papa Francisco nos planos político e teológico. De qualquer maneira, não se podia fazer abstração de sua responsabilidade enquanto Pastor de pastores, por esse desastre pastoral no Brasil.

Ademais da “divisão” no rebanho católico, reconhecida pelo próprio Pastor dos pastores, o cardeal Brandmüller já tinha constatado há algum tempo “excessos que empurraram inúmeros fiéis ao caos total”, deixando muitos católicos “caminhando no escuro”.

A “divisão” e o “caos” no seio da Igreja não parece ter começado agora, se consideradas as gravíssimas afirmações de Paulo VI na alocução de 7 de dezembro de 1968, de que a Igreja estaria imersa em um misterioso processo de “autodemolição”, e na alocução de 29 de junho de 1972, na qual ele  dizia ter a “sensação” de que “a fumaça de Satanás tinha entrado por alguma fissura no templo”.

Neste Natal, pedimos à Divina Providência assistência especial para os fiéis católicos do mundo inteiro, que estão sendo vítimas dessa “divisão” e desse “caos” no seio da Igreja, e que lhes conceda uma “fé que move montanhas” e uma confiança inabalável na promessa divina: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (São Mateus 16:18).
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Notas:
(*) Notas de “Destaque Internacional”. Documento de trabalho, Natal de 2016 (19º aniversário). Este texto interativo, traduzido do original espanhol por Paulo Roberto Campos, pode ser reproduzido livremente em qualquer mídia impressa ou eletrônica.

(**) “Nicht ausgeschlossen, dass ich als derjenige in die Geschichte eingehen werde, der die katholische Kirche gespalten hat”. http://www.spiegel.de/panorama/gesellschaft/vatikan-kritik-an-papst-franziskus-nimmt-vor-weihnachten-zu-a-1127247.html


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