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quinta-feira, 8 de junho de 2017

ABL CONFERÊNCIA: "NOBREZAS E PRINCIPAIS DA TERRA: A DINÂMICA DAS ELITES COLONIAIS"

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Historiador Ronald Raminelli faz na ABL a segunda palestra do ciclo de conferências “Capítulos de história colonial”, sob coordenação do Acadêmico Evaldo Cabral de Mello


A moderação é do Acadêmico e jornalista Zuenir Ventura. O tema da palestra será Nobrezas e principais da terra: a dinâmica das elites coloniais, com transmissão direta pelo portal da ABL.

O professor, historiador e cientista Ronald Raminelli faz, na Academia Brasileira de Letras, a segunda palestra do ciclo de conferências do mês de junho de 2017, intitulado Capítulos de História Colonial. A coordenação será do Acadêmico e historiador Evaldo Cabral de Mello, e a moderação, do Acadêmico e jornalista Zuenir Ventura. O tema escolhido foi Nobrezas e principais da terra: a dinâmica das elites coloniais.

Serão fornecidos certificados de frequência.

De acordo com Ronald Raminelli, a palestra será, em resumo, um estudo sobre as classificações e hierarquias da nobreza na América Portuguesa entre os séculos XVII e XVIII:

Acadêmico Evaldo Cabral de Mello convida para o ciclo "Capítulos de História Colonial"

“Em princípio, diferencia-se a fidalguia da nobreza civil, os primeiros alçados à nobreza pelo sangue, e os demais por provimento régio. No ultramar, a nobreza criada pela monarquia era mais importante do que a herdada pela linhagem. Estão aí incluídos os cavaleiros das Ordens Militares, os foros de fidalgo e os homens bons das câmaras.
Na América, uma terceira categoria deve ser incluída, os ‘principais da terra’ ou ‘nobreza da terra’, os potentados locais, senhores de terras e escravos e detentores de altas patentes militares nas tropas auxiliares e nas ordenanças.
Vale mencionar, ainda, as justificações de nobreza e os brasões de armas pleiteados, sobretudo por militares que não tinham a sua nobreza respaldada pela linhagem”, adiantou o conferencista.

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências deste ano.

Capítulos da História Colonial terá mais duas palestras, às terças-feiras, no mesmo local e horário, com os seguintes dias, conferencistas e temas, respectivamente: dia 20, Luciano Figueiredo, As revoltas e resistências antifiscais no Brasil colônia; e 27, Heloisa Starling, Republicanismo no Brasil colonial.

Saiba mais:

Ronald Raminelli é professor titular em História Moderna do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense e de doutor pelo Departamento de História da USP (1994). Fez estágios na Ibero-Amerikanisches, de Berlim (1995-1996); na L'École des hautes études en sciences sociales (EHESS), de Paris (2002-2004); e Unicamp  (2011-2013). Pesquisador do CNPq, produtividade em Pesquisa 1B, e da Faperj – Cientista do Nosso Estado.

Autor de 5 livros, 46 artigos de periódico e 29 capítulos de livro, publicados no Brasil, Portugal, Espanha, Estado Unidos, França, Argentina e Colômbia. Destaque para os livros: Imagens da Colonização (1996), Viagens Ultramarinas (2008) e Nobrezas do Novo Mundo (2015). Atualmente estuda os conflitos e abusos de jurisdição entre os donatários da Casa Asseca e os oficiais régios.
   
07/06/2017



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JANTAR DIA DOS NAMORADOS NA AABB ITABUNA

Namorados têjantar especial 12 de junho na AABB



Segunda, 12, a partir das 19h00, a AABB Itabuna oferece um jantar para casais, sócios e não sócios. É o 2º Jantar dos Namorados no Salão Social do clube, com música nacional e internacional ao vivo. O ingresso para casal é de R$ 100,00 para sócios e R$ 120,00 para não sócios, incluindo cardápio completo e estacionamento privativo.

As atrações musicais serão a cantora portuguesa Dani Carrapeiro e o cantor e instrumentista Memé Santana. E as atrações culinárias serão pratos à base de carne, ave e peixe, com entradas e sobremesas (pudim e tortas) já incluídas no preço.

A AABB Itabuna possui restaurante e bar administrados pelo próprio clube, com equipe de cozinha fixa e uma equipe de garçons capacitados para bem servir. Seu espaço é amplo, arejado, confortável e oferece toda segurança para fazer do 12 de junho, mais do que um dia, uma noite inesquecível para os namorados.

Os ingressos já estão disponíveis na secretaria do clube. A AABB fica na Rua Espanha s/n, travessa da Av. Europa Unida, no São Judas, Itabuna/BA. Os telefones do clube são (73) 3211-4843/2771 (Oi fixo).

 Fotos: Dani Carrapeiro e Memé Santana no Dia dos Namorados da AABB.


 Contato – Rodrigo Dantas Xavier: (73) 9.8853-4607 (Oi) / (73) 9.9147-7188 (Tim)


Assessoria de Imprensa – Carlos Malluta: (73) 9.9133-4523 (Tim) / (73) 9.8877-7701 (Oi)

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2017: ONDA DE SACRILÉGIOS CONTRA A EUCARISTÍA, CONTRA NOSSA SENHORA E CONTRA OS SANTOS

7 de junho de 2017

Capela com o relicário do cérebro de don Bosco na basílica, antes do roubo sacrílego.
No destaque fotográfico: a artística urna com a preciosa relíquia do santo
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

O ano de 2017 vem sendo marcado por uma onda de sacrílegos atentados contra Nossa Senhora em diversos países coincidindo estranhamente com o centenário das Aparições de Fátima.

Eis alguns satânicos exemplos:
Roubada urna com o cérebro de São João Bosco

O mundo católico inteiro estremeceu pelo roubo da urna-relicário que contem parte do cérebro de São João Bosco, segundo informou “Il Corriere della Sera” e a grande imprensa italiana.

O relicário se encontrava na Basílica de Colle Don Bosco, no município de Castelnuovo, Asti, numa capela por trás do altar principal.

É o local exato em que o grande don Bosco nasceu o dia 16 de agosto de 1815. 
Basílica de Colle Don Bosco, no local onde nasceu o santo,
Castelnuovo, Asti
Os demais restos do grande santo repousam numa capela monumental no santuário de Maria Ausiliatrice, em Turim.

Os preciosos restos estavam custodiados num requintado relicário.

Os autores do atroz atentado agiram no fim do dia 5 de junho aproveitando a escuridão.

Um apelo do arcebispo de Turim, Mons. Cesare Nosiglia, para que os profanadores devolvam as relíquias caiu no vazio

O prefeito de Castelnuovo, Giorgio Musso, disse o que todos os fiéis pensam: “jamais aconteceu uma coisa deste gênero, mas nos tempos que correm tudo pode acontecer”, noticiou o jornal “La Repubblica”. 

De fato, o furor do inferno parece sentir seus dias contados e tenta seus derradeiros, mas piores golpes.
Furto da coroa da Imaculada Conceição de Fourvière na França

Na noite do dia 12 de maio, desconhecidos roubaram a excepcional coroa da Imaculada Conceição, venerada na famosíssima basílica de Fourvière, em Lyon, França.

Essa coroa tinha um valor único. Em 1899, aristocráticas famílias lionesas a ofereceram em agradecimento à Imaculada Mãe de Deus por ter afastado da cidade a invasão do exército prussiano e a eclosão da revolução comunista, ou Commune, que tocou fogo no país.
Principal jornal de Lyon noticia o furto sacrílego da coroa de Nossa Senhora de Fourvière.
A joia simbólica tinha um grande valor material – incluía 1.791 pedras preciosas doadas por essas famílias – e estava no Museu de Arte Religiosa, de onde também foram roubados mais dois objetos: um anel e um cálice, segundo o site Aleteia. 

O arcebispo da cidade, Cardeal Philippe Barbarin, manifestou indignação e comentou:

“Em Lyon, todo mundo ama Nossa Senhora de Fourvière. Quando Ela é agredida, os lioneses se sentem feridos”.

Porém, não se tem notícia de atos religiosos encomendados pela diocese em reparação proporcionada à ofensa cometida.
Destruição de imagem de Nossa Senhora de Guadalupe no Peru

Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe destruída em Lima, Peru
Em Lima, capital do Peru, “desconhecidos” destruíram sacrilegamente uma imagem da Virgem de Guadalupe num santuário arquidiocesano.

Os paroquianos não conseguiam acreditar no que havia acontecido face ao ódio satânico então manifestado, informou ACIDigital. 

A imagem de gesso apareceu esmigalhada no chão, disse o pároco Pe. Rafael Reátegui. Havia 15 anos que era venerada numa gruta do lado de fora do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro La Victoria.

Uma nova imagem foi colocada na mesma gruta e recebeu repetidos atos de reparação oferecidos espontaneamente pelo povo.

A profanação aconteceu, observou o pároco, exatamente num “momento difícil e dramático no Peru”, onde estão se “perdendo os valores e atacando a família e a vida”.

É, pois, corrente que o furor do demônio está desatado.
Imagem de Santa Rosa de Lima substituída por símbolos satânicos, Lima, Peru.
No vídeo embaixo mais detalhes.
Atentado satânico contra Santa Rosa de Lima, em sua cidade

Ainda na capital peruana, no bairro San Juan de Lurigancho, outro grupo sacrílego atacou uma imagem de Santa Rosa de Lima e desenhou símbolos satânicos sobre sua urna, informou ACIDigital. 

Agentes de segurança conseguiram recuperar a imagem no exato momento em que os profanadores tentavam fugir. Porém, foram liberados poucas horas depois, como está se tornando costume nos países que menosprezam a Lei de Deus

Segundo jornal televisionado 24 Horas, os satanistas picharam o santuário com uma cruz de cabeça para baixo, uma estrela invertida e o número 666, símbolo do anticristo.

Os fiéis reinstalaram a imagem em seu altar.


Guarulhos, SP: profanação sacrílega da Eucaristía

No Brasil, um ódio inexplicável se patenteou na invasão e profanação da igreja de Nossa Senhora do Rosário, na diocese de São Miguel Paulista (SP).

A comunidade ficou “estarrecida” pela diabólica violência contra a Eucaristia, noticiou também ACIDigital. 

“Teve vandalismo, roubo dos cofres do dízimo, profanação do Santíssimo Sacramento”, relatou em sua página de Facebook a Paróquia São João Batista, em Itaim Paulista, à qual pertence a comunidade Nossa Senhora do Rosário.
Profanação na Igreja de Nossa Senhora do Rosário,
São Miguel Paulista
Na página foram publicadas fotos mostrando a depredação e hóstias jogadas sobre uma mesa.


“O Sacrário foi aberto e violado, espalharam hóstias, reviraram a sacristia toda, espalhando objetos sagrados”, relataram.

O pároco, Pe. Edmilson Leite Alves, disse que “muitas pessoas ficaram estarrecidas com tamanha violência com o Santíssimo Sacramento”.

Ele mesmo relatou que em 15 anos nessa paróquia nunca havia vivido algo parecido.

Os fiéis participaram de uma missa de desagravo ao Santíssimo Sacramento, com grande participação de paróquias vizinhas.

O Pe. Edmilson não abriu uma ocorrência na delegacia devido à impunidade existente em relação ao crime. “Nós nos sentimos impotentes”, lamentou.

Os homens podem ser impotentes, moles, relapsos, cúmplices ou ainda pior. Porém uma coisa é certa: quando o demônio desencadeia seu furor infernal é porque sente que seus dias estão contados.

O grande dia de Nossa Senhora está perto e então todos os crimes do chefe das potências infernais e de seus acólitos humanos serão punidos pelos anjos com magníficas manifestações de poder, enxotando Satanás e seus esbirros para os antros infernais.





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JUNHO - MÊS DE MACHADO DE ASSIS (II)

ERRO


Erro é teu. Amei-te um dia

Com esse amor passageiro
Que nasce na fantasia
E não chega ao coração;
Não foi amor, foi apenas
Uma ligeira impressão;
Um querer indiferente,
Em tua presença, vivo,
Morto, se estavas ausente,
E se ora me vês esquivo,
Se, como outrora, não vês
Meus incensos de poeta
Ir eu queimar a teus pés,
É que, — como obra de um dia,
Passou-me essa fantasia.
Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras.
Tuas frívolas quimeras,
Teu vão amor de ti mesma,
Essa pêndula gelada
Que chamavas coração,
Eram bem fracos liames
Para que a alma enamorada
Me conseguissem prender;
Foram baldados tentames,
Saiu contra ti o azar,
E embora pouca, perdeste
A glória de me arrastar
Ao teu carro… Vãs quimeras!
Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras…



Machado de Assis

(Crisálidas – 1864)


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Os poemas de Machado, inseridos no contexto do romantismo (1836-1880), na verdade, não resistem mesmo é à comparação. É difícil crer que o autor da sutil sedutora Capitu pudesse ser tão pouco cativante em verso.

Mesmo sem nunca ter se engajado no romantismo, Machado parece atraído pelo ideário dos poetas de morte precoce que louvavam a espiritualidade e a juventude.

Em "Lúcia", por exemplo, canta os 15 anos da mesma forma que o contemporâneo Casimiro de Abreu se debruçou sobre os 8:

"Deixava entrar da primavera os bálsamos;
A várzea estava erma e o vento mudo;
Na embriaguez da cisma a sós estávamos
E tínhamos quinze anos!".
  
         Lygia Fagundes Telles, escrevendo sobre Machado de Assis, aposta que outro poeta, Carlos Drummond de Andrade, daria, em sua opinião, um excelente interlocutor para o autor de "Dom Casmurro". Mas, se Drummond e Machado conversassem, apreciaria o primeiro a poesia do segundo?

Que julgue o leitor - relançamentos também servem para isso.


CYNARA MENEZES
ESPECIAL PARA
Folha de São Paulo 



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