Para esta pandemia, há uma probabilidade maior de
sobrevivência para aqueles que serão infectados 5 meses depois, como em agosto
de 2020, do que para aqueles que foram infectados 5 meses antes, digamos em
fevereiro de 2020.
A razão para isso é que médicos e cientistas sabem
muito mais sobre COVID-19 agora do que 5 meses atrás e, portanto, são capazes
de tratar melhor os pacientes.
Vou listar 5 aspectos importantes que sabemos agora e
que não conhecíamos em fevereiro de 2020:
1. O COVID-19 foi inicialmente pensado
como causador de mortes por pneumonia - uma infecção pulmonar - e assim
os ventiladores foram considerados a melhor maneira de tratar pacientes doentes
que não podiam respirar.
Agora sabemos que o vírus causa coágulos sanguíneos
nos vasos sanguíneos dos pulmões e outras partes do corpo, o que provoca
oxigenação reduzida.
Agora sabemos que simplesmente fornecer oxigênio por
meio de ventiladores não vai ajudar, mas temos que prevenir e dissolver micro
coágulos nos pulmões.
É por isso que estamos usando medicamentos como Aspirina e Heparina (anticoagulantes) como um protocolo
nos regimes de tratamento a partir de julho de 2020.
2. Anteriormente, os pacientes caíam mortos na rua ou
mesmo antes de chegarem ao hospital devido a redução do oxigênio no sangue -
SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO.
Isso aconteceu pelo que é conhecido como HAPPY
HYPOXIA, onde embora a saturação de oxigênio fosse gradualmente reduzida, os
pacientes com COVID-19 não apresentavam sintomas até que estivessem
criticamente reduzidos, como às vezes em até 70%.
Geralmente ficamos sem fôlego se a saturação de
oxigênio cair abaixo de 90%..
Essa falta de ar não é desencadeada em pacientes COVID
e é por isso que trouxemos pacientes doentes aos hospitais no final de
fevereiro de 2020.
Agora, sabendo o sintoma da Covid-19 que é a hipóxia
feliz ou hipóxia silenciosa, recomendamos monitorar a saturação de oxigênio das
pessoas, com um oxímetro de pulso simples para uso doméstico e levá-las ao
hospital se a saturação de oxigênio cair para 93% ou Menos. Isso
está dando aos médicos mais tempo para corrigir a deficiência de oxigênio no
sangue e uma melhor chance de sobrevivência agora em agosto de 2020.
3. Não tínhamos medicamentos para combater o
coronavírus em fevereiro de 2020. Tratamos apenas complicações causadas por
hipóxia. Portanto, a maioria dos pacientes ficou seriamente infectada.
Agora temos 2 medicamentos importantes FAVIPIRAVIR E
REMDESIVIR , que são ANTIVIRAIS que podem matar o coronavírus.
Usando esses dois medicamentos, podemos evitar que os
pacientes se infectem seriamente e, portanto, curá-los ANTES DE IR PARA
HIPÓXIA. Tivemos esse conhecimento em agosto de 2020 ... não em fevereiro
de 2020.
4. Muitos pacientes com COVID-19 morrem não apenas por
causa do vírus, mas também pela resposta do próprio sistema imunológico dos
pacientes, de uma forma exagerada chamada de TEMPESTADE DE CITOCINA. Essa
violenta tempestade da resposta imunológica não apenas mata o vírus, mas também
mata pacientes. Em fevereiro de 2020 não sabíamos como evitar que isso
acontecesse. Agora, em agosto de 2020, sabemos que os medicamentos
facilmente disponíveis chamados esteroides, que médicos em todo o mundo vêm
usando há quase 80 anos, podem ser usados para prevenir a tempestade de
citocinas em alguns pacientes.
5. Agora também sabemos que as pessoas com hipóxia
melhoram apenas fazendo com que deitem de bruços, o que é conhecido como
posição prona. Além disso, alguns dias atrás, cientistas israelenses
descobriram que uma substância química conhecida como Alpha Defensin, produzida
pelos glóbulos brancos, pode causar micro coágulos nos vasos sanguíneos dos
pulmões e isso poderia ser prevenido por um medicamento chamado
Colchicina, usado por muitas décadas no tratamento da gota.
Portanto, agora sabemos, com certeza, que os pacientes
têm uma chance melhor de sobreviver à infecção por COVID-19 em agosto de 2020
do que em fevereiro de 2020.
Continue tomando precauções.
Saia apenas para o essencial!
Não há festa, chá de bebê ou formatura do jardim de
infância essencial!
Vamos parar de ser superficiais!
É melhor estar infectado daqui a mais 6 meses do que
agora. Vamos dar tempo à ciência para nos ajudar e aos sistemas de saúde a
descongestionar!
Atualmente também é necessário analisar a Saturação
Hospitalar e o desgaste físico e mental do Pessoal de Saúde
(Informações do bate-papo de especialistas do
COVID-19) Dr. Román Barroso.
Lembrar:
1. O SARS COV2 só pode entrar em seu corpo e
infectá-lo através das membranas mucosas de seus OLHOS e do TRATO RESPIRATÓRIO
2. O SARS COV2 NÃO penetra pela pele.
Andar por aí com roupas de biossegurança e LUVAS é
ABSURDO!
(exceto se você trabalhar na unidade de pacientes
críticos do hospital)
3. SARS COV2 tem um tamanho de efeito aerodinâmico
minúsculo, NÃO SE AGARRA nas roupas.
Teríamos que nos mover em alta velocidade para que
isso acontecesse.
4. O SARS COV2 não infecta veículos, nem seus
pneus. Ninguém inala ou lambe os pneus de um carro ou a estrutura
externa.
NÃO FAZ SENTIDO PULVERIZAR DESINFETANTE em veículos!
5. No chão e na rua pode ter coronavírus sim. Mas se,
nos nossos sapatos eles grudarem e se, também, forem em quantidade suficiente
para infectar, (teoricamente se lambermos a sola dos nossos sapatos) será
EXTREMAMENTE MELHOR.
6. Os túneis de desinfecção são
perigosos. Nenhum desinfetante projetado para superfícies inertes deve
ser usado na pele humana
7. Muito importante:
SIM Faz sentido usar máscara (para evitar espirar,
tossir partículas com o coronavírus).
SIM Faz sentido lavar muito bem as mãos constantemente
e usar álcool gel.
SIM Faz sentido manter distância entre as pessoas.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, Jesus começou a mostrar a seus
discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos
sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no
terceiro dia. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo,
dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!”
Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para
longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as
coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”
Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me
seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem
quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de
mim, vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo
inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua
vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus
anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com sua conduta”.
“O que poderá alguém dar em troca de sua vida?” (Mt
16,26)
O evangelho deste domingo é continuação daquele do domingo
passado; também hoje, Jesus e seus discípulos se encontram em Cesareia de
Filipe, fora do território da Palestina. O que Mateus relata da boca de Jesus,
nem sequer é aceitável para os seus seguidores. Jesus tinha acabado de
felicitar a Pedro por expressar pensamentos divinos. Agora o critica duramente
por pensar como os homens. A diferença é enorme e só umas linhas de distância,
no mesmo evangelho.
Como Pedro, também nós, seguidores(as) de Jesus, ficamos
escandalizados com a cruz. Nenhum de nós teria escolhido para Jesus
esse caminho. Onde fica a imagem do Messias vitorioso, Senhor ou Filho de Deus?
Apesar das palavras de Pedro, no domingo passado, sua
atitude diante do anúncio da paixão e morte de Jesus demonstra que, nem ele e
nem os outros discípulos, entenderam o que significava a pessoa e a missão do
Mestre de Nazaré. Queriam segui-lo, mas sem as consequências do seguimento.
Para compreender Jesus, é preciso deixar de pensar como os
homens e começar a pensar como Deus; é deixar de ajustar-nos a este mundo e
entrar em sintonia com o modo original de ser e de viver do próprio Jesus; é
transformar-nos pela renovação da mente e abertura do coração. Para
aceitar a mensagem de Jesus, temos de mudar radicalmente nossa imagem de
Deus.
Quê significado tem para nós, hoje, a morte de Jesus na
Cruz? Não é fácil entrar na dinâmica da Cruz. Mas, por outra parte, é
impossível compreender a mensagem de Jesus sem compreender a Cruz. Ela é
expressão de uma vida doada; por isso se converteu no “sinal chave de nosso
seguimento”.
A vida é constantemente chamada a ser Páscoa.
Porque, só na vitória da vida entregue, ela ganha sentido, avança,
como uma torrente que rega terras secas, ávidas de água, como um fogo que, na noite
mais escura, traz uma luz que permite vislumbrar a vida oculta.
A vida é movimento e, portanto, energia expansiva.
Podemos consumi-la em benefício do ego (falso eu) e então vem o fracasso.
Podemos re-orientá-la em benefício dos outros e da causa do Reino; e então,
consumá-la, dando-lhe plenitude. Pois, só uma vida consumada faz fecunda a
morte.
Alguém já teve a ousadia de afirmar que a morte é
mais universal que a vida; todos morrem, mas nem todos sabem viver, porque
incapazes de re-inventar a vida no seu cotidiano. Por isso, viver é uma arte; é
necessário re-criar a vida no dia-a-dia, carregá-la de sentido.
A morte do falso eu é a condição para que a
verdadeira vida se libere. O “depois da vida” é um grande encontro onde
seremos perguntados: “o quanto você viveu sua vida?”
De fato, aqueles que mais desfrutam da vida são os que
deixam a segurança do conhecido e se dedicam apaixonadamente à missão de
comunicar vida aos outros. Ter apego à própria vida é destruir-se; entregar a
vida por amor não é frustrá-la, mas levá-la à sua completude. Aqui há uma
inversão na lógica natural das coisas; ganha-se quando perde, vive-se quando
morre, multiplica-se quando divide.
Estranhas atitudes estas que Jesus propõe, tão contrárias em
uma cultura como a nossa que nos apresenta a apropriação e a acumulação como
meta da existência. Ele, imperturbável, apresenta sua alternativa: perder,
vender, dar, deixar, não armazenar, não reter avidamente, desapropriar-se,
esvaziar-se, partilhar...
Perder-ganhar, morrer-viver, entregar-reter,
doar-receber..., parecem dimensões ou realidades contraditórias, mas captar a
profundidade da verdade contida nesta “contradição aparente” é descobrir o
Evangelho.
“Morrer”, “perder”, “entregar”, “renunciar”... é este
instante de ruptura, onde toda uma vida incubada, trabalhada no
silêncio e no sofrimento, marcada de alegrias e tristezas, vitórias e
fracassos, desponta luminosa para a vida eterna. Pois vida é um
contínuo despedir-se e partir; ela nos desaloja de nossos “lugares estreitos” e
nos faz caminhar em direção a novos horizontes.
A vida aumenta quando compartilha e se atrofia quando
permanece no isolamento e na comodidade.
A morte do falso eu é a condição para que a verdadeira Vida
se liberte. É preciso passar pela morte do que é terreno, caduco, transitório
(aderências afetivas, apegos desordenados...) para deixar emergir a vida
interior, a vida divina, a vida de Deus em nós.
O essencial não é encontrar um caminho para alcançar a
imortalidade, mas aprender a “morrer em Cristo”.
Como Jesus encarou a Cruz? Ele não buscou a cruz pela
cruz. Buscou a fidelidade à sua missão que consistia em evitar a proliferação
de cruzes, para si mesmo e para os outros. Pregou e viveu o amor e revelou as
condições necessárias para que esse amor se tornasse realidade nas relações
entre as pessoas.
Jesus anunciou a boa nova da Vida e do Amor e se entregou
por ela. Quem ama e serve não cria cruzes para os outros; é o egocentrismo
e a maldade que geram cruzes.
A realidade, dividida e conflituosa, se fechou à proposta de
Vida apresentada por Jesus, impondo-lhe cruzes em seu caminho e finalmente O
levantou no madeiro da Cruz.
Nela mesma, a cruz é aquilo que limita a vida (as cruzes da
vida), que nos faz sofrer e dificulta nosso caminhar, por causa da má vontade
humana (carregar a cruz de cada dia); ela é a corporificação do ódio, da
violência e da exclusão humana. Mas Jesus continuou amando, apesar do ódio;
continuou investindo sua vida a serviço da vida, apesar da cultura de morte na
qual se encontrava. Assumiu a cruz em sinal de fidelidade para com o Pai e para
com os seres humanos. Por isso, na vida de Jesus a Cruz é salvífica.
Nesse sentido, a cruz de Jesus não é um “peso
morto”; ela tem sentido porque é conseqüência de uma opção radical em favor do
Reino. A Cruz não significa passividade e resignação; ela nasce de
sua vida plena e transbordante; ela resume, concentra, radicaliza,
condensa o significado de uma vida vivida por Jesus na fidelidade ao
Pai. que quer que todos vivam intensamente.
“Renunciar a si mesmo” e “carregar a sua
cruz”, é entrar em sintonia e comunhão com Jesus, assumindo, com seu mesmo
espírito, os sofrimentos que se seguem a uma adesão concreta e responsável à
sua pessoa e à sua causa. É este seguimento fiel que nos introduz na
cruz genuína d’Aquele que foi fiel até o fim.
A partir desta atitude de seguimento precisamos entender
esse “renunciar a si mesmo” que Jesus pede ao discípulo. “Renunciar
a si mesmo” não significa mortificar-se, castigar-se a si mesmo e, menos
ainda, anular-se ou autodestruir-se. Nunca se deve confundir a cruz com
atuações masoquistas, nunca alimentadas por Jesus. “Renunciar a si mesmo” é
descentrar-se, sair de seus próprios interesses, para fixar a existência na
pessoa de Jesus, a quem deseja seguir. É libertar-se de si mesmo para aderir
radicalmente a Ele.
A mortificação tem um lugar importante na vida de quem segue
a Jesus. Não qualquer mortificação, mas aquela que vai libertando a pessoa de
seu egocentrismo, de sua comodidade ou de sua covardia para seguir mais
fielmente a Ele. Buscar sofrimento para “agradar a Deus” não tem sentido; é
tortura inútil, que alimenta nosso “ego” e nos afunda numa espiritualidade
doentia.
A cruz tem sentido quando é consequência de uma
opção autêntica de vida em favor da vida: por exemplo, quando sofremos por
levar adiante uma causa justa, por defender as pessoas que são vítimas das
estruturas sociais, políticas e econômicas injustas, por as-sumir a
radicalidade na vivência do amor, lutando contra toda expressão de ódio,
preconceito, intolerância..., por evitar o mal e denunciar uma injustiça, etc.
A cruz salva quando aponta para a vida.
Texto bíblico: Mt 16,21-27
Na oração: - “Fazer memória” de tantas mulheres
e homens que se associaram à Cruz de Jesus, na solidariedade com os
pobres, na fidelidade à vida evangélica, na descida aos porões das contradições
sociais e políticas, às realidades inóspitas, aos ter-renos contaminados e
difíceis, às periferias insalubres, onde os excluídos deste mundo lutam por
sobreviver. Ali se encontraram com o Crucificado, o “Justo e Santo”, identificado
com os crucificados da história.
- Recordar as cruzes que apareceram na sua vida por causa da
fidelidade ao Evangelho.