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sábado, 9 de janeiro de 2021

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Ismália - Alphonsus de Guimarães



                                   
Ismália 

Alphonsus de Guimaraens

 

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…

E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…

 

Ligue o vídeo abaixo:



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Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto24 de julho de 1870 – Mariana15 de julho de 1921), foi um escritor brasileiro.[1]

A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica e são profundamente religiosos e sensíveis, a medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo.

Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é considerada um anjo, ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista.

Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil.[2] Traduziu também poetas como Stéphane Mallarmé, em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".

Sua poesia é quase toda voltada para o tema da morte da mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).

(Wikipédia)

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QUANTOS BEETHOVENS FORAM ABORTADOS?

9 de janeiro de 2021



Quantos homens que teriam futuro brilhante foram abortados? Mas ainda que não viessem a ser brilhantes, milhões de inocentes são executados todos os anos.

 

Paulo Roberto Campos

No dia 17 de dezembro, em todos os países foram celebrados os 250 anos de nascimento daquele que é considerado um grande gênio musical e um dos maiores compositores clássicos dos séculos XVIII e XIX: Ludwig van Beethoven.

De extraordinário talento, com apenas 10 anos de idade, Beethoven dominava brilhantemente todo o repertório de Johann Sebastian Bach, e com 12 anos compôs as suas primeiras peças, hoje ouvidas e admiradas no mundo inteiro.

A propósito da celebração, para este site convém lembrá-la sob um ponto de vista diferente para se execrar a prática do aborto.

Um muito interessante diálogo imaginário entre dois médicos foi publicado pelo jornal portuense “A Ordem”.

Eis o diálogo:

— Suponhamos que você seja o médico de uma família em que o pai é sifilítico, o primeiro filho é cego, o segundo nasceu aleijado, o terceiro tuberculoso, o quarto oligofrênico, e a mãe, que espera o quinto filho vem-lhe pedir que faça um aborto. O que você faria?

         O outro médico responde prontamente:

— Neste caso não teria dúvidas em atendê-la. Seria mais do que justo.

         O primeiro médico, jocoso, arremata em tom fulminante:

— Parabéns! Você acaba de assassinar Ludwig van Beethoven…


A atitude irracional, precipitada e pecaminosa do médico abortista teria assim não só privado um ente do mais elementar dos direitos — o direito à vida — mas impedido a humanidade de enriquecer-se com um inegável talento musical…

 


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