Bob
Dylan vence o prêmio Nobel de Literatura de 2016
OUTUBRO 13,
2016.
O resultado do Prêmio Nobel de
Literatura costuma surpreender, mas quem poderia esperar o nome que seria
anunciado na manhã desta quinta-feira (13) pela Academia Sueca?
Aos 75 anos, o cantor e compositor Bob Dylan foi o
premiado da vez por “criar novas expressões poéticas dentro da grande
tradição da canção americana”, conforme informou comunicado oficial.
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Nascido em Duluth, Minnesota, nos Estados Unidos, o
artista é um dos maiores nomes da música americana do século 20 e no último fim
de semana se apresenteou no badalado festeival Desert Trip, no qual dividiu o
palco com grandes bandas e roqueiros clássicos, como o The Rolling Stones e
Eric Clapton.
Durante o anúncio da premiação, a secretária
permanente da Academia Sueca, Sara Danius, afirmou que, por mais que a escolha
seja surpreendente, ela tem relação com os escritos dos clássicos
gregos Homero e Safo. “Eles escreviam textos poéticos que tinham como
objetivo serem encenados, e o mesmo acontece com Bob Dylan. Nós ainda lemos
Homero e Safo nos dias de hoje e gostamos”.
Ele é o primeiro americano a vencer o Nobel de
Literatura desde Toni Morrison, em 1993. Ele se junta agora a um panteão que
inclui autores emblemáticos do século 20, como TS Eliot, William Faulkner e
Ernest Hemingway.
Em 2012, Dylan chegou a ser considerado
seriamente ao prêmio. O nome dele figurava como o segundo entre os mais
cotados na lista de apostas da Ladbrokes, atrás de Harumi Murakami, escritor
japonês tido como eterno favorito ao Nobel, ao lado do queniano Ngugi wa
Thiong’o e do poeta grego Adonis. Este ano, o trovador era azarão, com
apostas em 50/1.
Não é a primeira vez que o trovador vence uma
premiação literária. Em 2008, ele recebeu uma menção especial do Pulitzer, a
principal honraria literária americana, em reconhecimento a seu profundo
impacto na música popular e na cultura americana.
Apesar de conhecido e premiado por sua carreira
musical iniciada em 1962, traduzida em canções como “Blowin’ in
the Wind” e “Like a Rolling Stone”, Dylan também é formalmente autor de livros
e já publicou a coletânea de poesia experimental “Tarântula” (1971), além
da autobiografia “Crônicas – Volume 1” (2004), que não chegou a ganhar
continuação. Seu álbum mais recente, “Fallen Angels”, foi lançado este ano e é
o 69o da carreira do artista.
Dylan é também o primeiro compositor e
letrista a ser consagrado com o prêmio literário, já entregue para autores
de outras linguagens artísticas, como o teatro – é o caso do dramaturgo
Dario Fo, morto também nesta quinta (13).
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