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sexta-feira, 9 de março de 2018

DIÁRIO DE VIAGEM – Francisco Benício dos Santos (9)


BORDO DO PEDRO II

25º DIA

Passeio a Mar Del Plata.
Jantar no Cassino Bristol.
Cenários novos:
Jogos, mundanismo,  luxo, perdição.
Frio intenso.
Neve, clima variável, hostil.
A cordilheira ao longe branqueada de neve a convidar-me.
Cartas de casa: grande alegria, todos bons,
Nísia em Chicago.
Saudosa.
Desolada.
Triste.
São as frases da sua epístola.
Retorno a Buenos Aires.
Hotel.
Vou dormir cansadíssimo.
 ......

26º DIA

Os correspondentes de  Castro C., Alvelar Hermanos, mandaram-me convidar para um ‘passeo’ al interior de uma “Hacienda gadareira”.
Aceito.
O Cadillac percorre estradas magníficas a cento e vinte quilômetros por hora.
Vastos campos cobertos de trigo, milho e alfafa.
O pampeiro zune e me chicoteia a epiderme.
Estou com os lábios rachados e os dedos torcidos.
Frio tremendo.
Paisagens tristes, uniformes, melancólicas.
Pampos povoados de gado de raças europeias. Magníficos.
Cavalos de raça árabe, lindos, ágeis, nervosos.
Riqueza agrícola colossal.
Riqueza pastoril imensa.
A natureza fez as pastagens, as estradas, as estâncias, e disse ao portenho:
- Toma conta, é tudo teu de graça.
Povo feliz e bem aquinhoado pelo destino.
O Brasil, porém é mais rico, mais belo, mais nobre.

(AQUARELAS E RECORDAÇÕES  Capítulo XXII)
Francisco Benício dos Santos


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À MARGEM DA INTERVENÇÃO NO RIO: valores morais (II)


9 de Março de 2018
Marcos Costa
 À margem da Intervenção no Rio de Janeiro, temos comentando declarações do ministro Jungmann — focalizando a perda dos valores e a contradição de parte da juventude que ao mesmo tempo clama contra a violência mas consome drogas — que põem em foco um dos problemas mais graves da nossa sociedade. Qual a raiz do problema da perda dos valores morais?
*       *       *
Ensina o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que “a solução de um problema depende 80% do saber ver com clareza no que ele consiste”. Estudioso da História, catedrático, escritor e homem de ação, ele teve esse contato com a realidade viva.

Assim, pôde escrever: “As muitas crises que abalam o mundo hodierno — do Estado, da família, da economia, da cultura, etc. — não constituem senão múltiplos aspectos de uma só crise fundamental, que tem como campo de ação o próprio homem. Em outros termos, essas crises têm sua raiz nos problemas de alma mais profundos, de onde se estendem para todos os aspectos da personalidade do homem contemporâneo e todas as suas atividades”.1
*       *       *
Aquelas centenas de milhares de brasileiros que em 2017 superlotaram a Avenida Paulista, Copacabana, praças de Belo Horizonte, de Brasília, e de diversas outras cidades, se levantaram porque perceberam, ainda que confusamente, a amplitude da crise que tomou conta do Brasil. Infelizmente poucos líderes saberão indicar a essa sadia população onde está o saber ver!

Sim, a crise é do homem. O homem em crise, diz o bom senso, contamina a sociedade, corrói as instituições, produz catástrofes.
E a solução, está porventura na economia, nos partidos políticos, nas universidades, no Estado, nas Forças Armadas? Sem dúvida, esses setores podem fazer muito em prol do bem comum e reparar muitos males, porém não podem fazer tudo.
*       *       *
A verdadeira solução está nos valores morais. Nem só de pão vive o homem, diz o Evangelho.

A geração que está no comando (em todo o Ocidente) basicamente é reflexo da Revolução da Sorbonne de maio de 1968. Estamos em 2018: são 50 anos em que a sociedade está infectada por aquela golfada de orgulho e sensualidade do “é proibido proibir” e do “ainda que Deus existisse seria preciso suprimi-lo”, cuja consequência foi a perda dos valores morais.

Mas Deus tem suas vias. Chegou a hora da solução: como o filho pródigo do Evangelho, retornemos à Casa Paterna, um retorno que passa pelos valores morais.

E se a atual geração souber medir o abismo no qual estamos imersos (agenda homossexual, ideologia de gênero, invasão de propriedades pelo MST sustentada ideologicamente pela esquerda católica, petismo, corrupção etc.) e renunciar aos erros que nos levaram a ele, Deus dará a vitória a essa geração. Como será?

“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!” — afirmou Nossa Senhora em Fátima. Que relação isso tem com os valores morais?

É o que pretendemos tratar no próximo artigo.





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MÁXIMAS SOBRE O ATO DE ESCREVER - Luiz Caversan

Máximas sobre o ato de escrever  


No começo da carreira, quando tentava de todas as maneiras absorver o máximo possível de tudo aquilo que julgava que um jornalista deveria saber - senso de discernimento, curiosidade, teimosia, espírito crítico, escrúpulo, respeito, humildade e sobretudo capacidade de respeitar a língua e por intermédio dela transmitir ideias -, tive o privilégio de conviver com um gênio do vernáculo.

Ele era copidesque --aquele que dá a forma final ao texto jornalístico-- dos então famosos editoriais do jornal "O Estado de S. Paulo", famosos principalmente por conta da linguagem erudita e da forma apuradíssima. Pois bem, Mário Leônidas Casanova era o responsável pela precisão e erudição daquele pedaço nobre do jornal. E, num tempo em que começava a germinar a transição da máquina de escrever para o computador, ele perpetrava seus textos com uma magnífica caneta Parker. Tinteiro, obviamente.

O homem era uma coisa. "Casanova, a palavra àquele leva crase", perguntava eu com a ignorância e impertinência típica dos focas (jornalistas em começo de carreira). "A crase é muito mais que uma manchinha sobre a letra a", dizia ele, antes de me mandar sentar e pespegar uma aula completa sobre esse acento que pouca gente sabe colocar no lugar certo (eu arrisco dizer que aprendi a usá-lo naquela época...).

Mas uma das máximas do Casanova era: "Meu filho, lauda em branco aceita tudo". Dizia isso para condenar a quantidade de sandices que se escreviam, e que certamente se escrevem até hoje, seja lá qual for a intenção.

Mas por que pensar agora no velho e generoso Casanova, que era, além de tudo, um conhecedor profundo do chorinho, esse gênero musical tão maravilhoso quanto relegado a um injusto esquecimento no cenário da música deste país?

Porque recebi de uma amiga uma lista de máximas sobre a escrita que o faria sorrir por trás daqueles vastos bigodões, como que a afirmar: "É o que sempre digo...".

Esta lista vai agora publicada de bate-pronto, por isso pode eventualmente conter imprecisões, mas corro o risco porque ela é sem dúvida muito interessante.

São descrições do ato de escrever:


"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias." (Pablo Neruda)

"Escrever é, simplesmente, uma maneira de falar sem que nos interrompam." (Sofocleto)

"É preciso escrever o mais possível como se fala e não falar demais como se escreve." (Sainte-Beuve)

"O ato de escrever é a arte de sentar-se numa cadeira." (Sinclair Lewis)

"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não." (José Saramago)

"Escrever é ter coisas para dizer." (Darcy Ribeiro)

"Perdoe-me, senhora, se escrevi carta tão comprida. Não tive tempo de fazê-la curta." (Voltaire)

"Reescrevi 30 vezes o último parágrafo de `Adeus às Armas´ antes de me sentir satisfeito." (Ernest Hemingway)

"Uma história se conta, não se explica." (Jorge Amado)

"Escrevo para que meus amigos me amem ainda mais." (Gabriel García-Márquez)

"Quem não lê não escreve." (Wander Soares)

"Cada um escreve do jeito que respira. Cada um tem seu estilo. Devo minha literatura à asma." (Fabrício Carpinejar)

"Escrever é um ato de liberdade." (Martin Amis)

"Escrever é uma forma de a voz sobreviver à pessoa." (Margaret Atwood)

"De escrever para marmanjos já me enjoei. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo." (Monteiro Lobato)

"Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer é porque um dos dois é burro." (Mário Quintana)

"Existem três regras para escrever ficção. Infelizmente ninguém sabe quais são elas." (W. Somerset Maugham)

"O autor escreve apenas metade de um livro. A outra metade fica por conta do leitor." (Joseph Conrad)

"Corrigir uma página é fácil, mas escrevê-la, ah, amigo! Isso é difícil." (Jorge Luis Borges)

"Escrever não é fácil ou difícil, mas possível ou impossível." (Camilo José Cela)

"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra." (Margaret Atwood)

"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)

"Para escrever bem é preciso uma facilidade natural e uma dificuldade adquirida." (Joseph Joubert)

"Escrever não é nada mais senão ter o tempo de dizer: estou morrendo." (Gaëtan Picon)

"Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever." (Lêdo Ivo)

"Escrever é sacudir o sentido do mundo." (Roland Barthes)

*Reproduzido de http://www1.folha.uol.com.br/


ABAIXO, chamada e imagem publicadas na capa na edição que trouxe este Luiz Caversan ao Tyrannus 
escrever sobre o ato de escrever. Eis o que temos hoje para servir aos internautas visitantes do Tyrannus. De autoria do cara da foto abaixo, experiente jornalista, é a crônica da hora, encorpada por uma lista de frases de diversos escritores a respeito do ofício da escrita. Particularmente, gosto de algo que ouvi no milênio passado, cuja autoria me esqueci: "quem lê muito escreve bem". Claro que acredito nisso assumindo o grave pecado da generalização...

Luiz Caversan é jornalista e sua produção pode ser conferida no endereço http://blogdocaver.com.br/

http://www.tyrannusmelancholicus.com.br/cronicas/8238/maximas-sobre-o-ato-de-escrever

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quinta-feira, 8 de março de 2018

MULHER: ALMA E ENCANTO – Eglê S Machado



Ligue o Vídeo abaixo:

Mulher: alma e encanto 


Procura um sonho novo, diferente,
bem rico em leveza - igual canção!
Tentando atingir a perfeição
caminha, ao tempo hostil indiferente.

Transforma o seu momento de aflição
num suceder fugaz e incipiente
e segue visionando docemente
seu mundo de quimérico brasão.

Aceita qual laurel a nuvem onde
às vezes divergente se esconde
o sol do seu roteiro colorido,

e crê com grande afinco e vigilância,
com paz no coração, no olhar uma ânsia,
um dia ver seu ideal florido. 


Eglê S Machado
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
08/03/2013



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ITABUNA CENTENÁRIA SORRINDO - Para alegrar seu dia


Humor

Estamos no ano de 2015. Os astronautas põem o pé pela primeira vez em Marte. Durante a exploração, um dos astronautas encontra uma marciana incrivelmente linda. Após o primitivo primeiro contato, ambos percebem que os idiomas falados são parecidos e iniciam uma conversa. Não demora muito, o assunto já é sexo e eles discutem os diferentes modos de reprodução:
- Aqui em Marte, - inicia a Marciana - para se procriar junta-se uma porção de elementos químicos num recipiente, cospe-se dentro e chacoalha até aparecer um marcianinho.
Como o astronauta não é bobo, em vez de comentar o nosso processo, ele prefere demonstrar praticamente. A marciana concorda e eles iniciam o ritual.
Depois de algumas horas, sem fôlego, a Marciana diz:
- É incrível! Isso é a coisa mais fantástica que eu já fiz! Mas... e o bebê?
O astronauta responde:
- Bem, o bebê só aparecerá daqui a nove meses.
E a marciana:
- Então parou por quê?

***
A menina sai para passear de barco em um lago, com o pai e depois de umas 2 horas ela chega em casa chorando com o rosto inchado parecendo uma jaca.
Assustada, a mãe pergunta:
- O que foi isso, minha filha?
- Foi uma abelha, mãe.
- E ela te picou?
- Não... Não deu tempo, papai matou ela com o remo...

***
A titia pergunta pro Joãozinho:
- O que vai fazer quando for grande como a titia?
O Joãozinho responde:
- Um regime!

***
Na unidade de SUS, o médico olha bem para o paciente e estranha:
- Amigo, eu sou pediatra! Como é que um adulto com a sua idade marca consulta com um médico de crianças?
- Que absurdo, não é, doutor?
Pela minha idade o senhor pode calcular há quanto tempo estou nesta fila...




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O BRASIL DE BRAÇO QUEBRADO - Péricles Capanema


7 de Março de 2018
Péricles Capanema
Estou de braço quebrado. Pior, o direito, e sou destro. Já sei, problema meu, ninguém tem nada a ver com isso. Podem ficar tranquilos, não vou falar de mim só por falar, sirvo apenas de exemplo, tratarei mesmo é do Brasil, catando milho nas teclas do computador com a mão esquerda. Eça de Queiroz imaginou a vida de Gonçalo Mendes Ramires como metáfora de Portugal. Modestamente, “proportione servata”, fiapos disso seguem abaixo.

Quieto, não sinto dor; se mexo, dói. Não espanta, a imobilidade deve ser total, advertiu o ortopedista, uns 45 dias na tipoia, por baixo. Obedeço, fazer o quê, mas é difícil. A cabeça continua igual, ainda que um tanto desorientada pelo fechamento brusco do leque das possibilidades. Hoje posso fazer quase nada, um tanto de coisas vai sendo deixada para trás a toda hora, sei lá se e quando as retomarei. Aflijo-me em olhar o abismo entre o que quero e o que posso fazer.

A sensação primeira foi de turbilhão, algo como um beduíno inexperiente envolto por tempestade de areia. Dores, desorientação, desconhecimento do que vem por aí e terei de enfrentar. Até o momento, ignoro se será necessário a cirurgia ou se bastará o repouso para a reconstituição da fratura. Nem sei se o braço terá os movimentos prejudicados. Como será a fisioterapia? Disseram-me, vai ser necessária, nada mais. Na melhor hipótese, daqui a poucas semanas tudo volta ao que era. Tentei escrever, saiu uma garatuja. Perguntei tímido ao médico: — Posso escrever? — Melhor não. — Paro por aqui, ao contrário de Xavier de Maistre não vou relatar viagem em torno do meu braço partido. Rezem por mim.

O Brasil parece estar de braço quebrado. Sua “maior et sanior pars”, a gente que presta, o pessoal mais ativo e decisivo, sente que, mesmo com os atuais recursos, eliminados obstáculos artificiais, muita coisa boa pode ser feita já. É preciso que, anos sem fim, apenas 2,1% dos alunos de famílias pobres tenham aproveitamento escolar decente? Nenhuma nação terá futuro de relevo com tragédia dessas. Em Hong Kong, 53,1% dos filhos de pobres têm bom desempenho na escola; em Macau, 51,7%; em Cingapura, 43,4%; no Japão, 40,4%. Sexagésima segunda nossa posição entre os países, os dados, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), estão nos jornais dos últimos dias.

Nas últimas semanas também fomos informados por órgão ligado ao Banco Mundial que no item Leitura (ciências humanas, digamos), posto o ritmo atual, precisaremos de 260 anos para atingir o nível dos países desenvolvidos. E no item Matemática (ciências exatas, digamos), 75 anos. É como estar de braço quebrado. A “sana pars” do Brasil vê com clareza, pode planejar a saída, mas as instituições a bem dizer tornam inviáveis quaisquer movimentos nesse sentido. É uma espécie de imobilidade forçada que não leva à cura.

No Brasil dos anos 60 a “maior et sanior pars” presenciou desgostada a irrupção nas praças e ruas do padre de passeata e da freira de minissaia, como os ferreteou Nelson Rodrigues. Hoje fazem companhia a eles o juiz de passeata e os procuradores de passeata, horrores impensáveis naqueles já distantes anos, em que a gravidade, a discrição funcional e o senso do bem comum dos magistrados parecia valor adquirido na sociedade brasileira.

A espetacularização achincalhante do Judiciário avança despudorada sob o olhar asqueado da “sana pars” do Brasil. São trincas em uma das colunas institucionais do Brasil. O que fazer? De certa maneira, aqui também, de forma temporária, estamos condenados à imobilidade.

A podridão que exala das estatais (deixo de lado no momento os prejuízos amazônicos, a incompetência e o descalabro proverbiais), constatada no mensalão, no petrolão e no eletrolão, na bica, fez com que a privatização avançasse no público. Já não se admite como possível, muito menos como recurso eleitoral, a ridícula figura de Geraldo Alckmin vestindo jaqueta com os logos das estatais, herança melancólica da campanha de 2006. Melhorando, vergonhosa.

O atual é Paulo Guedes, o principal assessor econômico de Bolsonaro, declarando o que vai a seguir sem acarretar perda de densidade eleitoral para o candidato:
“O governo é muito grande, bebe muito combustível. Mas se você olhar para educação, saúde, ele é pequeno. Já que a democracia vai exigir a descentralização de recursos para Estados e municípios, o governo federal tem que economizar. Onde? Na dívida.

“Se privatizar tudo, você zera a dívida, tem muito recurso para saúde e educação. Ah, mas eu não quero privatizar tudo. Privatiza metade, então. Já baixa metade da dívida. Tem clima para não privatizar? Onde começou o mensalão, Bradesco ou Correios? Onde se acusa o Eduardo Cunha? Caixa, loterias, fundos de pensão. Onde foi o petrolão? Petrobras. Você vê clima para continuar com as estatais?

“O povo brasileiro é contra? Ou será que são vocês [imprensa]? Eu nunca escutei isso do povo. Eu escutei isso da Folha, de jornalistas tucanos, petistas. Por que não pode vender o Correio? Por que não pode vender a Petrobras? E se o mundo for para um negócio de energia solar?

“E o shale gas [gás de xisto]? E se o petróleo, daqui a 30 anos, estiver valendo US$ 8 [o barril]? Você sentou em cima de um totem, ficou adorando o Deus do óleo. Por que uma empresa que assalta o povo brasileiro tem que continuar na mão do Estado?” Aqui a fratura de décadas, parece, começa a consolidar.

Um monte de fraturas ainda precisa consolidar. Já estou no fim. Só dois exemplos. O disparate delirante da reforma agrária. O programa de décadas atira pelo ralo uma dinheirama que não temos, não aumenta a produção, não ajuda os pobres, é foco de corrupção. Todo mundo tem receio de tocar nesse tumor de estimação.

Outro tumor, a subserviência e entrega do Brasil em relação à China comunista, colocando a independência nacional em risco. Também já completa décadas. Fraturas e tumores, temas atuais para a campanha presidencial. O que deles pensam os candidatos? Rezem pelo Brasil e votem bem, cuidado também na escolha de deputados, senadores e governadores, são coisas boas que podem ser feitas já.


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quarta-feira, 7 de março de 2018

MILAGRE EUCARÍSTICO EM 2018? - Ciência confirma a Igreja


| Mar 06, 2018


Informações detalhadas sobre as 40 hóstias intactas na igreja destruída por terremoto há ano e meio


A igreja de Santa Maria Assunta, na cidade de Arquata, Itália, foi destruída pelo terremoto de 2016.

Tudo desabou e os restos, inclusive obras de arte, foram dados por perdidos, conta o jornal italiano “Avvenire”. 

Um ano e meio depois da calamidade, uma equipe de carabinieri, gendarmaria italiana, especializada em bens culturais, comunicou que havia resgatado o tabernáculo e o conservava em custódia e que queria restitui-lo à diocese.

Aconteceu então a surpresa que evocou o milagre eucarístico de Siena de 1730.

Dentro do tabernáculo do século XVI, encontraram a píxide bem fechada, embora derrubada, e quarenta hóstias perfeitamente conservadas dentro dela.

Tinham passado um ano e meio no abandono, mas estavam pasmosamente íntegras, sem nenhum sinal de mofo ou alteração de espécie alguma.
As hóstias encontradas em perfeito estado na píxide. Foto Avvenire


“Percebia-se ainda o cheiro das hóstias novas. É como se Jesus tivesse sido engolido pelo terremoto e saído vivo dentre as ruínas”, comentou o bispo de Ascoli Piceno, a diocese da paróquia.

O Pe. Angelo Ciancotti, da catedral não conseguia segurar as lágrimas. Ele foi o primeiro em ter a píxide em mãos.

Ele tinha promovido as tentativas de recuperação que só agora foi possível efetivar, retirando o tabernáculo todo golpeado pelos detritos e coberto de pó.

As chaves não deveriam servir mais. Porém, o Pe. Angelo havia conservado uma na esperança de voltar a abrir a casa de Jesus. E essa funcionou imediatamente.

“Na primeira tentativa, o tabernáculo abriu, conta ele. A píxide estava deitada, mas fechada. Nela, o Corpo de Cristo após um ano e meio enterrado, estava perfeito, do ponto de vista da cor, da forma e do odor.

“Não havia nenhuma bactéria ou mofo que pode aparecer em qualquer hóstia depois de semanas enclausurara. Pelo contrário, após um ano e meio, aquelas pareciam ter sido feitas o dia anterior”.

E uma sensação tomou conta das testemunhas: “Ele está presente”.

O terremoto teve uma magnitude de 6.6 no local e atingiu a região de Arquata del Tronto e adjacências em 30 de outubro de 2016 causando imensos danos.
O tabernáculo onde estava a píxide contendo as hóstias. Foto Avvenire



A basílica de Núrsia, erigida no local onde nasceu São Bento, foi quase totalmente destruída. Novos tremores de terra acabaram matando em total por volta de 300 pessoas.

“Sim para mim é um milagre”, disse o Pe. Angelo, para o jornal regional Il Resto del Carlino.

“Quem não tem fé não vai acreditar em nada. O Senhor fez tudo por Si próprio”, comentou o “National Catholic Register” dos EUA.

O sacerdote sabia que as hóstias tinham sido feitas pelas freiras do convento de Santo Onofre e foi tirar a limpo com elas se tinham usado algum tipo de conservante.

“Não, responderam elas, apenas farinha e água”.

Para o Pe. Angelo foi um “achado prodigioso e inexplicável. (…) Para mim é um milagre e uma mensagem para todos que nos relembra a centralidade da Eucaristia.
“Jesus nos diz: Eu existo e estou convosco. Confiai em Mim”.


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