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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

UM PAÍS SEM PRÊMIOS NOBEL - Péricles Capanema

Prêmio cobiçado por todos. O Prêmio Nobel, sabe-se, excetuado o Prêmio Nobel da Paz, é o mais prestigioso galardão de excelência intelectual do mundo. Vem sendo concedido desde 1901, cerca de mil pessoas já o receberam, além de perto de trinta organizações. Instituído por Alfred Nobel (1833-1896) [foto ao lado], químico milionário, que doou 94% de sua fortuna para financiá-lo, premia nas áreas de Química, Física, Fisiologia ou Medicina, Literatura. O Prêmio Nobel da Paz, já disse, tem motivação diferente. Desde 1968 existe o chamado Prêmio Nobel de Economia, pago pelo Banco da Suécia, de mesma inspiração, grandes contribuições na esfera da Economia. Os Estados Unidos têm cerca de 400 premiados, Alemanha e Inglaterra caminham para 150 cada uma, a França passou dos setenta. Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru, Venezuela, na América Latina, têm nacionais galardoados. Entre os premiados estão Henry Kissinger, Obama, Einstein, Hemingway, Madame Curie (ganhou duas vezes, uma na Física, outra na Química).

Prêmio inacessível a brasileiros? Brasileiro nunca ganhou. É normal? Será, ninguém entre nós até agora mereceu a premiação, explicação simples assim. Falou-se, muitos se lembrarão, durante poucos anos, em Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade para o Nobel de Literatura. Ficou no falatório. De outro lado, parece anormal, choca, durante mais de cem anos jamais um brasileiro em nenhum dos seis ramos ter obtido tal láurea. Entristece; tanta gente já recebeu, nenhum de nós; de certa maneira, dá até um pouco de vergonha. O que há?

A busca de razões. Naturalmente o espírito é empurrado a pensar nas razões. Por que nunca? Pretendo agora levantar uma delas, a questão inteira é bem mais ampla, não cabe num artigo, faltam sobretudo entre nós ambientes culturais que prestigiem (e sancionem moralmente) determinados estilos de vida, que marcam família e círculos sociais. De um aspecto importante, porém, seria factível tratar. Georges Dumas (1866-1946) [foto ao lado] , médico, filósofo e psicólogo, foi dos intelectuais franceses de destaque no século XX. Conheceu bem o Brasil, chegou a ser chamado de “embaixador cultural”, tal sua ação no País. Em 1935, no Rio de Janeiro, teve longas conversas com Gustavo Capanema, então ministro da Educação, sobre razões do problema acima mencionado — falta de excelência na produção intelectual. O ministro pediu-lhe uma carta em que descrevesse suas opiniões a respeito, era uma forma de perenizá-las, deixá-las registradas para o futuro. Foi o que fez Dumas, a bordo do transatlântico Campana, missiva de 1º de setembro de 1935.

Inteligências brilhantes, mas relativamente pouco produtivas. De plano constata ele a contradição “entre o valor intelectual de tantos brasileiros e a relativa rareza de produção intelectual. Todos os professores franceses que vêm ao Brasil se impressionam com a cultura e a inteligência dos ouvintes e estudantes que conhecem mais de perto, mas também se espantam pelo fato de que de tanta inteligência e tanta cultura se originem tão poucas obras que contêm na produção mundial. A contradição é menos pronunciada nas ciências”. O pensador francês discorre sobre o que, segundo ele, explicaria a pobreza brasileira na produção intelectual: “Não haver no Brasil organismos encarregados de ensinar à juventude as disciplinas gerais de pesquisa e de trabalho na esfera científica e, mais ainda, na esfera filosófica, histórica e literária”. Registra a mais outra lacuna, o Brasil tem muitos autodidatas, mas pouca gente formada nos métodos de pesquisa e de crítica, condição essencial para a grande produção intelectual. Breve, faltam os instrumentos básicos, formação sistemática de pesquisa e crítica, em especial nas disciplinas de conhecimentos gerais, filosofia, história, literatura. O pessoal borboleteia demais.

A veleidade atrapalha. Georges Dumas aponta defeito que impede produção intelectual séria: veleidade. A juventude que conheceu, “rica de dons intelectuais e cheia de cultura”, procura mais gozo intelectual que formação do espírito: “A questão é saber se ela continuará a se comprazer com o gozo intelectual para a qual a levam naturalmente seus gostos ou se ela buscará associar a este prazer intelectual a preocupação constante de fazer a cultura servir à formação do espírito”. Enfim, deixar de lado exibições fátuas, exibicionismos, fruição injustificada, e se concentrar na procura da verdade e na formação (desenvolvimento) da personalidade.

Redação correta é fundamental. Como conclusão de suas observações Georges Dumas enfatiza um ponto de alicerce, a necessidade de exercícios de boa redação, pelo menos, digo, simplicidade, clareza, coerência, sequência lógica: “O senhor me disse, em uma de nossas conversas, que não se trata somente de ler bons autores, mas a grande questão era saber como escrever, como tornar-se um autor, por si mesmo, grande ou pequeno, eu penso da mesma maneira”. Enfim, que seja uma redação autêntica, que tenha como uma das bases o conhecimento de bons autores. O que mais para ser autor, grande ou pequeno, “por si mesmo”, água que nasce da fonte? Daquele mato (da carta) não sairá coelho. Ele não trata da questão.

Paciência, observação plácida e reflexão própria. O coelho vai sair, mas de outro mato. Amigo meu de décadas, grande pesquisador e colecionador de textos de valor, enviou-me comentários (maio de 1970) do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) [foto ao lado] sobre uma característica da vida intelectual saudável, presente com frequência no Brasil. Dr. Plinio a compara com o modo de trabalhar de grandes pintores, que vão completando vários quadros ao longo de anos. Um dia completam uma flor em um; no outro dia será um gesto, inspirado pelo que viu na rua, em outro. E assim vai, nada mecânico, certo ar aparentemente desordenado, dependendo de maturação interior. Em suma, amadurecimento paciente, fruto de observação e reflexões, ao longo de anos. No terreno da formação intelectual, um campo, por analogia, vai fornecendo ao outro, material que ajuda o trabalho de aperfeiçoamento. “Se bem que eu aprecie os estudos centrados, aprecio muito essas divagações colaterais em que outros universos entram e enriquecem de sua seiva o estudo que a gente está tocando. Porque é a partir disso — que é um pouco fatigante — que está a capacidade de relacionar, que é muito importante. É um ponto forte do povo brasileiro, tem uma capacidade de relacionar que é simplesmente prodigiosa. Tem seu paralelo na capacidade de intuir”.

Um tecido de vários fios intelectuais. O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira conclui seu comentário, favorecedor da vida intelectual autêntica, água que sai da própria nascente: “O indivíduo tem vários fios intelectuais, com eles é capaz de tecer sua vida intelectual, relacionada com o mais profundo de sua personalidade. É assim que eu concebo a vida intelectual”.

Somatória benéfica. De um lado, sistema. Favorece o aproveitamento das potencialidades e do esforço. De outro, utilização de uma antena que multiplica talentos: a capacidade de relacionar vários universos. É caminho que evita desvios, desenvolve dons, torna-os aproveitáveis para todos, pode levar longe. No estuário do processo, produções intelectuais excelentes. Trilhá-lo, como fenômeno social, minha modesta opinião, vale mais que empilhar Prêmios Nobel. A origem do artigo é simples: enquanto lia, agradecido, o material enviado pelo meu amigo, ocorreu-me compartilhá-lo com pessoas a quem ele poderia interessar, meus eventuais leitores. Espero que lhes seja útil. Acabou.

https://www.abim.inf.br/um-pais-sem-premios-nobel/

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sábado, 11 de setembro de 2021

Nota Oficial - Presidente Jair Bolsonaro - 09/09/2021

 


Nota Oficial - Presidente Jair Bolsonaro - 09/09/2021


Publicado em 09/09/2021 16h25 Atualizado em 09/09/2021 18h03

 

Declaração à Nação

No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:

1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.

5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.

6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.

7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.

9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.

10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.

 

DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA

Jair Bolsonaro

Presidente da República Federativa do Brasil

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https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/notas-oficiais/2021/nota-oficial-presidente-jair-bolsonaro-09-09-2021

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domingo, 11 de abril de 2021

VACINA CONTRA MALDIÇÃO BRASILEIRA – Péricles Capanema



Variante perigosa. O Brasil padece uma espécie de bruxedo (falo abaixo dele) entre vários, e para quem quer bem ao país, é bom conhecê-los. Com efeito, em qualquer âmbito, saber das debilidades constitui prudência indispensável para a ação eficaz. O cardeal Mazzarino (1602-1661), grande político, começa seu livro “Breviário dos Políticos” apontando como primeira providência o discernimento das próprias fraquezas — físicas, mentais, morais. Mapeá-las e então neutralizá-las no possível. “Pergunta-te em que ocasiões tens tendência a perder o controle sobre ti mesmo, a deixar-te levar para desvios de linguagem e de conduta”. Vale para o indivíduo, vale para famílias, vale para nações (para o Brasil, naturalmente).

Curas na raiz. Falava de uma espécie de maldição, sortilégio potente que está na raiz de persistentes desgraças nossas. Vem de longe, aqui está ele: temos o vezo de escolher mal nossos representantes. E depois, povo, imprensa e academia se dedicam ao esporte nacional de malhar o Judas, no caso, os políticos. Na próxima eleição, comporta-se igual o eleitorado, escolhe mal de novo. Ou piora, para lembrar a lamentação desiludida de Ulysses Guimarães: “Se você acha que o atual Congresso é ruim, espere pelo próximo, vai ser pior”. Inescapável, pelo menos boa parte da culpa respinga no representado que passou descuidado a procuração para o representante errado. Vai mudar? Dá para exorcizar seus efeitos? Difícil. Referida situação permanecerá a menos que mude a postura do público, aconteça o saneamento das raízes para então os galhos crescerem saudáveis e a árvore dar bons frutos. Que venha a maturidade, generalize-se uma educação qualificada, sejam cultivados a honestidade e os hábitos de reflexão. Nada disso será possível sem famílias revigoradas por forte senso religioso. A solução vai por aí. Quem descura do aperfeiçoamento das famílias, impulsiona o retrocesso social. O “Estado de S. Paulo” (21-3-21) traz comentário a respeito da mencionada situação. Ouvido pela reportagem, influente deputado federal do PL, partido do Centrão, disse “de São Paulo para baixo, o PL é Bolsonaro, para cima é Lula”. Situações assim, sinais prenunciativos de desgraças futuras, pejadas de descarado oportunismo, ovante primarismo ideológico e deprimente falta de princípios, repetem-se Brasil afora.



Francisco Luís da Silva Campos  (1891-1968)

Critérios de seleção. Trata-se em especial de critérios políticos, mas se refletem em outras áreas. Recordo aqui um político, Francisco Campos (1891-1968), o Chico Ciência, destacada presença no Brasil décadas atrás e cuja figura, por contraste, evidencia o enorme tombo na representação que sofremos ao longo do tempo. Pertencia, é certo, ao Brasil que contava (e quais são os critérios decisivos para contar no Brasil de hoje?). Teria defeitos e virtudes da época, foi homem de posições até hoje combatidas e com bons motivos, mas representou com traços fortes um tipo de personalidade que ascendia à direção do país. Outros homens públicos poderiam igualmente servir de ilustração; aconteceu, contudo, cair sob meus olhos discurso do prócer mineiro.

Gente com cabedal relevante e autêntico era chamada ao governo, sufragada, eleita. Oswaldo Aranha foi ainda exemplo entre muitos. É um primeiro critério, nascido de bom senso milenar, sobre o qual se pode construir solidamente. É, em suma, a atração para a vida pública dos mais capazes nos espaços da inteligência, elite autêntica com amplas condições de trabalhar pelo bem comum e assim promover a inclusão social com viés de alta — ascensão judiciosa, enérgica e ampla. Foi outrora amplamente o caso no Brasil. Quando, pelo contrário, pululam nos postos de mando figuras sem nenhuma qualidade para relevo real, hoje tantas vezes nosso caso, não há governo que preste e possa dar certo. Inexiste até mesmo a possibilidade da consciência objetiva dos problemas mais importantes e urgentes. “O grande acontecimento do século foi a ascensão espantosa e fulminante do idiota”, escreveu Nelson Rodrigues.

Exemplo entre muitos. Professor de Direito Constitucional, Chico Campos foi deputado estadual, deputado federal, secretário, ministro. Logo depois da Revolução de 1930, no governo provisório, ocupou a pasta da Educação entre 1930 e 1932 — o primeiro ministro da Educação do Brasil. Nesta condição, recebeu convite para paraninfar turma da Faculdade de Ciências Econômicas em Salvador. Falou longamente sobre administração e economia, era o prato de resistência, mas antes apresentou, e era simples discurso de paraninfo, rápida visão de conjunto sobre características da Bahia e sua inserção no Brasil. Aqui temos perfume civilizador que se dispersou, fruto de ambiente que continha princípios ativos de aperfeiçoamento. Sumiu por inteiro dos rarefeitos ares oficiais e de outros ares a cortesia superior, constatada a seguir, esteada na observação luminosa do real — impulso de progresso benéfico. Vinha de Minas o ministro e encontrava na Bahia “a mesma simplicidade, o mesmo acolhimento, a mesma doçura, amenidade e gentileza de maneiras”. Percebia, contudo, uma nota diferente: “a graça e o sabor”. Os frutos “são na Bahia mais doces, mais saborosos e mais belos”.

Prossegue: “Aqui raiou a madrugada do Brasil. No berço da Bahia embalou-se a sua infância”. Amplia: “Os brasileiros revemos na Bahia o Brasil, os seus traços característicos e significativos, aqueles que as mãos e o espírito baianos imprimiram no Brasil, os traços que nos definem como nação, as linhas da inteligência e do caráter”. Caminha para o fim da abertura: “Nessa terra de bênçãos e de paz”, de “gênio pacífico”, ele via “as tradicionais virtudes de sobriedade, de reflexão e de firmeza”, “ancoradas nesse misterioso e insondável subsolo da alma baiana”. E a conclui: “Aqui, nessa luminosa Bahia, é onde se sente, em toda a amplitude de sua onda, a vibração da alma brasileira, no ritmo da língua, no compasso da música, na expressão dos sentimentos cívicos, de maneira a se poder dizer que a Bahia é o padrão do Brasil”. Realçou: “Nela se encontram, nas suas formas típicas, as categorias espirituais, por cujo intermédio se exprimem e se traduzem inteligência e coração do Brasil”.

Algum dos leitores leu ou ouviu algum dia texto ou discurso de político atual que se aproxime dessa introdução de Francisco Campos em simples discurso de paraninfo? Falava em perfume civilizatório; é mais, é impulso civilizatório; vidas de pensamento com tônus desse naipe não só aperfeiçoam personalidades; levam, em ondas cada vez mais extensas, ao aproveitamento das qualidades e oportunidades jacentes na população. Sua perda, evaporação trágica, dentro do desapreço amazônico, representou no Brasil retrocesso intelectual e baixa na educação social.

Desorientação. “Quos Jupiter vult perdere dementat prius” — Júpiter enlouquece primeiro os que deseja perder. Um país que tem dirigentes com o gosto do escangalho, arrogantemente toscos, useiros e vezeiros de expressões chulas, mesmos nos mais solenes ambientes, está virtualmente enlouquecido por Júpiter, pisa estrada que desemboca em abismo.

Estrada abandonada. Coetâneo de Francisco Campos na vida pública foi Gilberto Amado (1887-1969), também escol da inteligência nacional. Ele coloca como condição fundamental da democracia representativa, a escolha dos melhores. Só assim o governo pode agir com energia na prossecução do bem comum. Leciona o político sergipano: “É um axioma de ciência política, verdadeiro em todos os regimes — no regime democrático como nos demais — que a sociedade deve ser dirigida pelos mais avisados (sages), pelos mais inteligentes, pelos mais capazes, pelos melhores, em uma palavra pela elite”. Estuda então os meios para que tal elite “possa aceder à direção da sociedade”. Não é o caso de deles tratar aqui, iria muito longe.

O deslumbramento beócio por concepções falseadas de democracia, contrafações tóxicas do conceito, na prática cadinho contínuo para toda sorte de contubérnios demolidores, nos fez retroagir. Um avanço, começo, seria noções mais claras do problema: conceitos e realidades na vida social. Já estivemos a respeito em situação bem melhor, nos anos do Império e em épocas do período republicano. Em rápidas pinceladas um exemplo vai acima. Foi minha intenção, no presente texto, pôr um grãozinho em tal esforço.

 

https://www.abim.inf.br/vacina-contra-maldicao-brasileira/

 

quarta-feira, 10 de março de 2021

VENDA DE TERRAS PARA ESTRANGEIROS – Hélio brambilla



Hélio Brambilla

 

No final do ano legislativo, o Senado desengavetou um projeto que “dormia nas gavetas” havia mais de um ano, e o aprovou em apenas 44 minutos na noite do dia 15-12-2020. Apresentado pelo Senador Irajá Abreu, o PL 2963/19 pretende tornar realidade a venda ou arrendamento de propriedades rurais a empresas estrangeiras. O que significa isso para nós, hoje e no futuro?

Segundo notícia de “O Estado de São Paulo” (17-12-20), a medida dispensa autorização ou licença para aquisição de qualquer modalidade de posse por estrangeiros. A única restrição significativa é que a soma das áreas não poderá passar de 25% da superfície dos municípios. Mas abre assim a possibilidade de 2.136.857 km² de nosso território (num total de 8.547.403 km²) serem entregues a estrangeiros.

Essa área é maior que os territórios da Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal e Áustria juntos, e poderia tornar-se propriedade de qualquer interessado. Assim estaria formado um “Estado dentro do Estado”. Só um? Poderia ser mais de um, mas alguém tem dúvida de que a China é a grande interessada em comprar o Brasil? E o prezado leitor deseja ver seus filhos e netos nascendo sob o regime comunista chinês?

Essa aberração política, além de estabelecer inadmissíveis enclaves no Brasil, poderia perpetuar nessas terras a escravidão do nosso povo. Ameaça vaga, hipotética, inconsistente? Nada disso! Basta ver que a entrada indiscriminada de muçulmanos na Europa tem colocado de joelhos a população de vários países, ante a prepotência dos imigrantes, que já se tornaram e se consideram “donos da situação”.

Com sua população nativa envelhecida e declinante, e agora acrescida por muçulmanos que não fazem limitação da natalidade, a Europa enfrenta gravíssima situação econômica. Medidas econômicas suicidas, implantadas a propósito da pandemia, arruinaram a economia sem impedir o morticínio.

Uma notícia com algo de tranquilizante, porém insuficiente para nos autorizar a fechar os olhos, é que o governo brasileiro está na contramão dessa política suicida. Na véspera do Natal, o presidente Bolsonaro voltou a condenar o malfadado projeto de venda de terras a estrangeiros. Terá ele a clarividência necessária para vetar todo o projeto, quando os trâmites legislativos se concluírem?

No mesmo sentido ergueu sua voz a associação dos produtores de soja, cujo presidente Bartolomeu Brás assegurou ser esta a posição das 16 seções da entidade no Brasil. Comunicou que se reuniu com o Senador Irajá Abreu, filho da ex-ministra Kátia Abreu, tratando de convencê-lo dos malefícios do projeto. De nada adiantou, pois o parlamentar não quis ouvir as admoestações dos produtores rurais. Vários sindicatos rurais também estão levantando a voz contra o disparatado projeto.

O Brasil possui hoje 62 milhões de hectares utilizados para a agricultura. Calculando pelo valor médio de seis mil dólares por hectare, esse ativo vale 372 bilhões de dólares. Por outro lado, nos últimos 20 anos o agronegócio brasileiro gerou um trilhão e trezentos bilhões de dólares, valor suficiente para pagar quatro vezes o valor dessas terras. Não existe ativo mais rendoso no mundo. Negócio como o proposto pelo PL 2963/19 é bem exatamente um “negócio da China”…


E há mais. Caso seja montada uma agroindústria na propriedade, esta poderia admitir até 50% de funcionários do país comprador — uma cláusula feita “sob encomenda”, pois serve como uma luva… para quem? Você conhece algum país com 1,4 bilhão de habitantes à disposição para serem exportados? A médio e longo prazo, não escaparíamos de invasão maciça de chineses. E não se esqueça de que um contingente assim costuma ser enriquecido por “soldados” travestidos de funcionários.

Os produtores rurais brasileiros não podem deixar de ver a enormidade do problema com o qual nos deparamos. Algumas vozes se levantam a favor do projeto, alegando que os imigrantes sempre compravam terras, mesmo sem se tornarem brasileiros. Mas os tempos eram outros, eles aportaram no Brasil numa conjuntura totalmente diferente, pois vinham se integrar à nação. Hoje, pelo contrário, com a nova geopolítica global, virão para subjugá-la.

Isto poderá custar o equivalente a um Tratado de Tordesilhas às avessas! O Brasil perderá mais de dois milhões de km² de terras conquistadas com sangue, suor e lágrimas por nossos antepassados. Também por isso, os ruralistas devem protestar junto aos políticos de sua região. E insistir junto ao Presidente da República para vetar o projeto, qualquer que seja sua redação final.

Trabalhemos em conjunto para proteger o que é nosso. E Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, nos ajudará a manter íntegro nosso território soberano.

 

https://www.abim.inf.br/venda-de-terras-para-estrangeiros/


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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

MINISTÉRIO DE DEFESA ESCLARECE GASTOS COM ALIMENTAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS



Brasília (DF), 27/01/2021 – O Ministério da Defesa (MD) informa que as Forças Armadas devem, por lei, prover alimentação aos militares em atividade. Ao contrário dos civis, os militares não recebem qualquer auxílio alimentação.

O efetivo de militares da ativa é de 370 mil homens e mulheres, que diariamente realizam suas refeições, em 1.600 organizações militares espalhadas por todo o País.

O valor da etapa comum de alimentação, desde 2017, é de R$ 9,00 (nove reais) por dia, por militar. Com esses recursos são adquiridos os gêneros alimentícios necessários para as refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar). Esse valor não é reajustado há três anos.

As Forças Armadas têm a responsabilidade de promover a saúde da tropa por meio de uma alimentação nutricionalmente balanceada, em quantidade e qualidade adequadas, composta por diferentes itens.

O leite condensado é um dos itens que compõem a alimentação por seu potencial energético. Eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite. Ressalta-se que a conservação do produto é superior à do leite fresco, que demanda armazenamento e transporte protegido de altas temperaturas. De acordo com o IBGE, o brasileiro consome em média 5,6 gramas de doce à base de leite por dia. Por se tratar de um contingente eminentemente jovem, o consumo, eventualmente, pode ser até um pouco superior.

No que se refere a gomas de mascar, o produto ajuda na higiene bucal das tropas, quando na impossibilidade de escovação apropriada, como também é utilizado para aliviar as variações de pressão durante a atividade aérea.

Salienta-se ainda que, em 2020, as Forças Armadas mantiveram plenamente suas atividades, uma vez que a defesa do País e a segurança das fronteiras marítima, terrestre e aérea, bem como o treinamento e o preparo, são essenciais e não foram interrompidas. As Operações Covid-19 e Verde Brasil 2 demandaram um enorme esforço das tropas diuturnamente. Só no combate à pandemia, mais de 34 mil militares atuaram diariamente em todo o território nacional.

Em suma, considerando o efetivo das Forças Armadas, é natural que os totais de gêneros, quando somados, apresentem valores compatíveis com sua missão e tarefas.

Centro de Comunicação Social da Defesa (CCOMSOD)
Ministério da Defesa
(61) 3312-4071

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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

10 PASSOS QUE FARÃO DO BRASIL UMA DITADURA SOCIALISTA



1- STF soltará o Lula cinicamente, ao arrepio da Lei, junto com milhares de outros criminosos.

2- Os brasileiros irão às ruas protestar.

3- Militantes do Foro de São Paulo se infiltrarão nos movimentos provocando muita violência e até mortes, como estão fazendo em diversos países da América latina.

4- A mídia vai culpar o Presidente e seus apoiadores pela violência.

5- Lula surgirá como o "pacificador" ordenando o fim dos distúrbios.

6- A imprensa vai dizer que Bolsonaro não tem liderança e só Lula pode resolver o problema. 

7- A Câmara vai pedir o impeachment do Presidente.

8- Lula receberá o apoio da ONU e de todas as ditaduras do planeta. O sistema vai te convencer de que ele foi injustiçado pelo governo fascista e todos vão esquecer seus crimes.

9- Uma vez inocentado pela mídia e pelo STF, começa uma campanha bilionária pela volta de Lula à presidência.

10- Uma ditadura finalmente é instalada no Brasil, sob um verniz de democracia e combate às injustiças. 

Enquanto, alguns de direita brigam e se dividem, nossos inimigos do Foro de São Paulo se unem e mostram profissionalismo.


ACORDA, POVO DE DEUS...

(Recebi via WhatsApp  – Texto atribuído a Olavo de Carvalho)

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sexta-feira, 21 de junho de 2019

GENERAL AUGUSTO HELENO DISSE:



“Dirijo-me aos brasileiros e brasileiras de bem.

O depoimento do Ministro Sérgio Moro, ontem, 19 junho, no Congresso Nacional, foi mais um triste capítulo da História do Brasil.

Governado, por mais de vinte anos por uma verdadeira quadrilha, o País foi vítima de um gigantesco desvio de recursos, que envolveu grandes empresas privadas e estatais; fundos de pensão; governantes e políticos (em todos os níveis).

Alguns protagonistas desse criminoso projeto de poder e enriquecimento ilícito participaram, com a cara mais lavada do mundo, dessa inquisição ao Ministro Sérgio Moro.

Uma total inversão de valores colocou um herói nacional, que decidiu enfrentar essa máfia, colocar na cadeia os marginais e recuperar boa parte do que foi subtraído de todos nós, frente a frente com indiciados e condenados pela Lava Jato.

O brilhante desempenho do Ministro, colocando seus pretensos detratores no devido lugar, fortaleceu a certeza de que um novo Brasil está surgindo.

Uma das metas do governo Bolsonaro é resgatar, pelo exemplo, os valores básicos da cidadania.

Estamos juntos, brasileiros e brasileiras de bem.

 Não esmoreçam.

Força, coragem e fé.

BRASIL ACIMA DE TUDO. DEUS ACIMA DE TODOS.”

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(GENERAL AUGUSTO HELENO, MINISTRO DO GSI GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL) 



quinta-feira, 20 de junho de 2019

O BRASIL NUNCA OUVIU TANTAS VERDADES E, PARA ALGUNS, ISSO É DIFÍCIL


O caso brasileiro é único no mundo. É muito maior do que o Brexit, é gigante perto da eleição de Trump.

Não tivemos o impacto de uma mudança radical, como a entrada em massa dos muçulmanos no Reino Unido. Não elegemos um bilionário numa eleição com dois partidos, como nos EUA. Elegemos um capitão do Exército, sem dinheiro, sem televisão, sem apoio, sem celebridades. Mostramos ao mundo a quintessência da democracia.

Bolsonaro não baixou a cabeça. Peitou uma das maiores empresas de mídia do planeta, os artistas formadores de opinião, a elite acadêmica, as milícias sociais, a máquina Estatal, o Stablishment. 

Todo o poder estabelecido convulsionava contra o candidato, numa tentativa desesperada de manter seus benefícios escusos. E, ainda assim, ele venceu. 

Gramsci, na década de 40, disse: "Não tomem quartéis, tomem escolas. Não ataquem tanques, ataquem ideias".

O filósofo Socialista esqueceu, porém, que o capitalismo evolui e, com sua evolução, DEU VOZ AO POVO. A grande mídia não é mais o principal propagador de notícias. A escola não é mais o principal propagador de conhecimento. Com o advento da internet, podemos nos informar, podemos pesquisar e, principalmente, PODEMOS FALAR.

Atentaram contra a vida do presidente, deixaram-no fora dos compromissos de campanha e, de pijamas e pantufas, NÓS O ELEGEMOS.

Derrubamos um plano de poder de 3 décadas, detentor de uma militância violenta e um Estado aparelhado, sem encostar em armas, sem NENHUMA intervenção.

Tristes dos "artistas" que não vêem a beleza do movimento. Tristes dos estudantes que não vêem a importância do momento. Vocês se orgulham de fazer parte da "resistência".

EU ME ORGULHO DE FAZER PARTE DA HISTÓRIA!


BRASIL ACIMA DE TUDO
DEUS ACIMA DE TODOS
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Da página do Facebook de Fabio Patriota

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sexta-feira, 14 de junho de 2019

AQUELE MEU BRASIL - Guilherme Félix de Sousa Martins


14 de junho de 2019
Profetas do Aleijadinho, em Congonhas do Campo [Foto: L.G. Arroyave]

Guilherme Félix de Sousa Martins

É possível sentir saudade de uma época na qual não se viveu?

Talvez os especialistas se aferrem à resposta negativa, mas certo mal-estar que por vezes tem me assaltado pode muito bem ser decorrente de saudade como essa. Devo esclarecer que não se trata de um mal-estar qualquer, é de fato um grande mal-estar. E não é só meu, como já tive oportunidade de comprovar fartamente, embora eu talvez possa considerar-me um dos poucos que ousa desabafar. Compartilho o problema com uma vasta multidão contaminada por verdadeira saudade epidêmica. Uma epidemia salutar — perdoe-me mais este paradoxo.

A grande mídia não pôde ignorar um brado constante nas manifestações multitudinárias de anos recentes: “Quero o meu Brasil de volta!” [foto abaixo] A voz altissonante de uma numerosa ala jovem se incorporava a esse coro efusivo, em protesto contra um estado de coisas esclerosado, indesejável, incômodo. No entanto, é bem verdade que a grande maioria desses jovens viveu boa parte da vida nesse estado de coisas. Põe-se então a pergunta: Querem a volta de qual Brasil, se não viveram em outro?

Que Brasil é esse que tanta falta lhes faz? Seria o Brasil dos governos imediatamente anteriores à vitória eleitoral da seita vermelha, cujos tentáculos o estrangularam até impor o desastre quase completo? Não, não pode ser aquele Brasil tão próximo do atual, pois durante esse período a hidra esquerdista parecia controlada, mas nas profundidades já caminhara e se estabelecera em grande medida.* Não apenas lhe haviam sido abertos os caminhos da política, mas em profundidade os valores tão caros aos brasileiros autênticos foram sendo persistentemente cerceados e vitimados por um constrangimento constante e avassalador.

Permita-me voltar ao meu desabafo. Por mais que me inspire grande esperança, o rumo novo que vem tomando o País (em boa medida, algo semelhante ocorre em todo o Ocidente) não tem o condão de me tranquilizar. Transformações políticas são um bom começo; mas o caminho é longo, e os males a debelar são de origem muito profunda.

Meu Brasil — o mesmo Brasil que a imensa maioria dos bons brasileiros deseja — não é o do tecnicismo sem barreiras, despreocupado da dignidade do próprio homem e destruidor de seus sentimentos. Também não é o império da extravagância, nem o da imitação de modas alienígenas. Não é de tais “libertações” que necessito. Meu Brasil não combina também com o gozo debochado, nem com orgias ostentadoras da luxúria, aliada agora ao satanismo.

De tanto desabafar, parece-me que vou conseguindo explicitar as causas da minha saudade nostálgica. Não sinto falta de planos econômicos bem-sucedidos, de sistemas de educação ou saúde eficientes. Necessito de segurança, é claro, mas não essa de cuja falta tanto se fala. Refiro-me à segurança trazida pela solidez das instituições, pelas relações humanas bem estabelecidas, pelo alto padrão da formação psicológica. O pressuposto óbvio, o elemento fundamental de tudo disso é a Fé — sim, com letra maiúscula, na sua integridade, sem respeito humano. Refiro-me a essa Fé que nos vem sendo roubada – por vezes até dentro do templo sagrado, dói dizê-lo – por aqueles que deveriam ser seus próprios guardiães. Única Fé capaz de moldar ou refundar toda uma civilização.

Civilização cristã! Palavras sonoras, fecundas, benditas. Só a conheço pelo estudo atento da História, mas inegavelmente é disso que sinto saudades… Um passado não vivido por mim, mas que renascerá ainda mais belo no Brasil do Imaculado Coração de Maria, depois do seu triunfo! O Brasil da Senhora Aparecida. O Brasil Terra de Santa Cruz!

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* Cf. Manifesto O Brasil em Histórica Encruzilhada, de 29 de março de 2016. Disponível em: https://ipco.org.br/wp-content/uploads/2016/03/IPCO-O-Brasil-em-hist%C3%B3rica-encruzilhada.pdf


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sexta-feira, 15 de março de 2019

GIRONDINOS E KERENSKIS DE PLANTÃO? - Marcos Machado


14 de março de 2019
No Brasil atravessamos uma guerra psicológica midiática da esquerda desejando minar as sadias reações conservadoras

Marcos Machado

Uma operação de guerra psicológica midiática de esquerda parece estar montada contra o governo. No momento, ora ela tenta contrapor o presidente ao seu vice, ora ao chanceler, a fim de provocar a desestabilização política necessária para a ingovernabilidade, à espera de algum girondino ou kerenskiano de plantão.

Os historiadores que forem registrar esta anomalia irão, sem dúvida, procurar as causas desse fenômeno pouco comum em nossa História, isto é, a mídia de esquerda estrangeira ou doméstica — conluiada com maus brasileiros — trabalhando com afinco pela demolição de um governo eleito apesar dela.

Não se trata de saber aqui se o programa do atual governo é o ideal para o Brasil, mas tão-só de levantar o véu e mostrar um plano de demolição de um sonho que a melhor parte da opinião pública nacional alimentou e ainda alimenta em represália à desastrosa política do PT. Com efeito, até agora a esquerda não assimilou a vitória de um presidente que se afirma de direita.

Os 13 anos do lulopetismo, sem falar dos oito anteriores de um mal-disfarçado socialismo de Fernando Henrique Cardoso, deixaram o Brasil à beira de um colapso econômico e moral que só uma imprensa subserviente poderia negar.

O Brasil financiou durante todos esses anos ditaduras como as de Cuba, da Venezuela, da Bolívia, bem como de vários países africanos, como hoje se sabe, por meio da corrupção de políticos com empreiteiras inescrupulosas, de programas como o “Mais médicos”, venda de Pasadena, entre outras.

A opinião pública — na medida em que foi tomando conhecimento das bandalheiras — tomou-se de indignação, demonstrando vigorosa reação, sobretudo nas redes sociais, bem como nas ruas e praças, clamando por ordem e mudança política a fim de conter o comunismo e o socialismo que ameaçavam seriamente o país.

Portanto, reação sadia nascida de baixo para cima, vinda das capilaridades da opinião pública de todos os rincões do Brasil, exceto da esquerda intelectual, política ou midiática. Sem dúvida, o impeachment da presidente Dilma Roussef foi resultado da indignação popular.

Não sem razão, confessou-o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, amargurado, lamentou por diversas vezes não surgir alguém que conseguisse dirigir, ou desviar, esse movimento conservador tal como se fazia no passado. Em outras palavras, algo de novo se levantou no Brasil, venceu e persiste em ficar.

A primeira fase dessa guerra psicológica, já o vimos em outra ocasião, consistiu e consiste em pôr lente de aumento nos desentendimentos reais ou imaginários entre membros do governo — as costumeiras intricas — quando da nomeação de ministros, funcionários de segundo e terceiro escalão. Isso foi de domínio público.

E depois de o governo montado, os exemplos se atropelam. Não resisto transcrever alguns a título de amostragem: “Mourão, chanceler”; “Vice passa a assumir papel dominante nas relações internacionais do país”; “Mourão já é o Chanceler de fato, aponta especialista”; Atuação do vice-presidente agrada aos partidos de oposição a Bolsonaro”.

Na verdade, todos os que se encontram nesta guerra parecem se mover no sentido de evitar que o Brasil­­­ tome a liderança conservadora no América do Sul e fique alinhado ao mundo livre, pois o querem atrelado à Rússia e à China. Esperneiam e lutam para que os valores morais não prevaleçam nas restaurações e mudanças aneladas pelos brasileiros.

Na década de 1970, Plinio Corrêa de Oliveira alertava para que os brasileiros se imunizassem contra a gangrena decorrente da guerra psicológica revolucionária, preservando a sua capacidade de discutir logicamente os problemas, de discernir os truques, as mandingas e os bruxedos incontáveis desse inimigo. Inimigo hábil e velho de centúrias que à maneira de um gás invade sem impactar, vence sem terçar armas, e despreza a lógica como um tanque desprezaria a garbosa, mas vã arremetida de uma biga romana.

A História registrou o triste papel suicida da Gironda durante a Revolução Francesa, da sanguinária decapitação do Rei à consolidação daquela imensa revolução. Como sempre costuma acontecer, depois de servir fielmente à Revolução, chegou a vez de os girondinos serem igualmente eliminados.

Não acredito que membros do atual governo tenham a intenção de desempenhar a missão de girondinos suicidas e, menos ainda, de encarnarem um Kerensky à maneira russa. Entretanto, tudo indica ser este o desejo e a esperança confessada da esquerda de todos os naipes.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ) acredita que todo o governo fala muito e diz que é preciso cautela. “Diante das declarações do vice-presidente, nós, como oposição, não podemos perder o foco sobre o que interessa, que são as atitudes do governo que atingem a democracia”, reitera.

Outros parlamentares dessa mesma frente defendem que Mourão, em determinado momento, possa se tornar tão forte que possa substituir o presidente: “É uma guerra de guerrilha, não deixa de ser um cenário futuro, provocaria um enfraquecimento da turma de Bolsonaro. Depois, o jogo recomeça em relação ao desgaste do atual vice”, disse um deputado que preferiu não se identificar.

Numa linguagem direta a esquerda já tem o plano de desgaste do governo e depois desgastar o substituto do presidente. Como o nosso povo goza de uma privilegiada intuição em falsidades e desdenhar esses jogos midiáticos, muitos já perceberam aonde quer chegar essa tática criptocomunista. As redes sociais seguem alertas. Fiquemos todos alertados diante dessa nova etapa de guerra psicológica revolucionária e denunciemos os girondinos e os kerenkys de hoje! Estou certo, eles não irão adiante! Com as bênçãos de Deus e a proteção de Nossa Senhora Aparecida o Brasil ainda será um grande país!



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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

AS ESQUERDAS SE ENGANAM COM O BRASIL - Plinio Corrêa de Oliveira


1 de Fevereiro de 2019

Manifestante no protesto contra o PT,
realizado na Avenida Paulista em 21-10-18


♦  Plinio Corrêa de Oliveira

Pelo brilho desta solenidade,* vejo novamente confirmada uma convicção que tenho há muito tempo: a respeito do Brasil, os comunistas se enganam. Talvez tenham eles a impressão de que podem tomar conta facilmente do País, mas isso não é verdade. Há pujanças anticomunistas no Brasil, muito maiores do que eles supõem, e das quais os senhores são uma expressão. Uma expressão local, paulista, paulistana, de um fato imenso que se estende — para usar a expressão do hino das congregações marianas — do Prata ao Amazonas, do mar às cordilheiras.

Realmente, meus caros, nosso povo é muito inteligente, e ao mesmo tempo muito cordato e pacífico. Tem no mais alto grau o senso da improvisação. Muitas vezes, vê aproximar-se de longe o perigo, e o encara com olhar manso, com atitudes displicentes, com o ar despreocupado de quem não vê. Dá assim a impressão de que nada fará. Mas quando se sente de fato ameaçado, esse povo sabe se levantar como um só homem e dar o revide à agressão, neste caso a agressão comunista.

Não o digo por uma patriotada de salão, enunciada na comodidade desta poltrona da qual tenho a honra de vos dirigir a palavra neste momento, mas pela experiência das caravanas da TFP. São jovens que consagram boa parte das suas vidas percorrendo o território nacional em kombis; e quando retornam a São Paulo, me atestam a boa acolhida que tiveram por toda parte do imenso Brasil.

A acolhida se refere evidentemente à aceitação sôfrega do material de propaganda que a TFP põe à venda. Mas, muito mais do que isso, é o oferecimento do auxílio desinteressado, com aquela gentileza toda brasileira, toda espontânea: um lhes oferece o hotel onde pousar, outro o alimento, outro a gasolina para os carros, outro ainda o pneumático que está gasto ou o serviço da oficina mecânica. Esta é a receptividade que encontram os propagandistas anticomunistas da TFP [foto].

Um resultado verdadeiramente plebiscitário é o enorme escoamento de certas obras da TFP, cujas edições atingem mais de 100 mil exemplares. Tanto esta receptividade para as nossas obras, como o auxílio espontaneamente oferecido por solidariedade e entusiasmo, me permitem aferir o que é a fibra anticomunista do Brasil inteiro. (Fonte: Revista Catolicismo, Nº 818, fevereiro/2019).
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* Trecho do discurso de Plinio Corrêa de Oliveira pronunciado no auditório do Hotel Hilton, na capital paulista, em 17 de outubro de 1978, num ato realizado para rememorar a Revolução Comunista de outubro de 1917. A transcrição desse discurso não passou pela revisão do autor.


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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A FONTE SECOU


Se a imprensa grita contra é sinal de que é bom para o Brasil, Afinal, falam de bobagens e amenidades, e esquecem o principal.

Que tal falar do dólar a R$3,67 (e com ele baixam gasolina, pão,  remédios, alimentação, etc..).

Por que não falar da alta da Bolsa, que com  93.800 pontos atinge o seu record e dá ânimo a nossa combalida economia?

Por que não denunciar os  580 mil usuários do Bolsa Família que saíram voluntariamente do Programa porque certamente o estavam fraudando?

E claro, nem noticiaram devidamente o cancelamento do vergonhoso contrato do Ibama, que gastava 30 milhões de reais/mês do nosso dinheiro, só com aluguel de carros? E muito sorrateiramente esqueceram que a Ministra Damares cancelou um contrato irregular de 45 milhões de reais assinado no Governo passado.

E nem falaram que o ministro Chefe da Casa Civil só numa primeira canetada, exonerou mais de 300 servidores nomeados pelo PT e que estavam ocupando cargos comissionados com salários altíssimos no Palácio do Planalto.

E o melhor, a imprensa deu só uma notinha mas nós nas redes amplificamos: Houve  revisão ou mesmo um  corte de 2,5 bilhões de reais em verbas que iam da Caixa Econômica para times de futebol e publicidade  na mídia (entenderam porque gritam tanto? farinha pouca meu pirão primeiro né?).

Tem mais: finalmente abrem-se as Caixas Pretas do inadjetivável e vergonhoso Sistema S e também as do BB, CEF e dos bilhões que o BNDES deu para as empreiteiras amigas do Rei Nine e da Rainha Mandioca, e para as ditaduras dos amiguinhos do PT.

E o BNDES,  já devolveu ao Tesouro 100 bi nesta semana. E vem mais aí, que é  denunciar e prender os responsáveis pelo  rombo criminoso nos Fundos de Pensão, fatos que ocorreram nos últimos 15 anos.

Doze dias de Governo Bolsonaro e os desmandos da pilantrada estão aos poucos vindo à tona.

O resto? É ressentimento e inveja. Afinal, as ratazanas que carcomiam e roíam o dinheiro público urram, pululam e dão uivos histéricos...

(Recebi via WhatsApp, texto atribuído a Janaína Paschoal)


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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

CORRIGIR ERROS QUE NOS LEVARAM ÀS PORTAS DO COMUNISMO


9 de novembro de 2018

Numa entrevista para a TV Itacolomi (Belo Horizonte), em 16 de agosto de 1965, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira respondeu à seguinte pergunta: “O senhor acha que seria possível fazer retroceder o avanço do comunismo e do socialismo que se deu até hoje? Não lhe parece que isto é querer que a História volte para trás?”. Os comentários, que muito se relacionam com a atual situação do Brasil,* foram os seguintes:


“Essas perguntas contêm termos que pedem explicações. O que é propriamente ‘voltar para trás’? A vida de um homem não volta para trás? O que é voltar para trás na vida de um homem? Quando um homem erra, quando um homem peca, quando um homem reconhece nobremente seu erro e seu pecado, depois se regenera e volta às ideias ou aos costumes que tinha, ele não volta para trás? Então, quantos episódios da vida dos homens — episódios nobres, elevados, dignificantes — a História registra de homens que voltaram para trás.

A Espanha era cristã. Entretanto foi invadida pelos mouros, e depois de séculos de dominação moura ela recuperou a sua independência. Isso será, por acaso, voltar para trás? Corrigir os grandes erros da História, retificar as grandes catástrofes, isso é voltar para trás? Eu o contesto. Assim como na história dos homens, na história dos povos é possível voltar para trás.

O Brasil foi invadido pelos holandeses, e eles estabeleceram longamente aqui o domínio do herege invasor. Com a expulsão dos holandeses, nós voltamos para trás, isto é, ao estado anterior. Isso não foi um grande feito da história do Brasil?

A História, meus senhores, volta para trás sempre que ela anda mal e os homens corrigem seus erros. Os homens podem corrigir a série de erros que os levaram às portas do comunismo! Duvidar disso seria duvidar da misericórdia de Deus. Seria duvidar da missão da Igreja, que Ela com força e dignidade anuncia a todos os povos.

Sim, eu acredito que os homens podem voltar para trás, desde que se entenda que eles caminharam em rumo oposto a Nosso Senhor Jesus Cristo; mas que, voltando para Nosso Senhor, eles voltam para trás. Nesse sentido, Ele não está apenas na vanguarda, mas também está atrás de todos os caminhos e está também atrás dos maus caminhos, esperando o filho pródigo, esperando o pecador. A História pode voltar para trás”.
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(*) A íntegra da entrevista encontra-se disponível no seguinte link:



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sábado, 27 de outubro de 2018

ARTIMANHAS DA ESQUERDA PARA DOMINAR O NORDESTE CRISTÃO - Carlos Vitor Santos Valiense


28 de outubro de 2018 
♦  Carlos Vitor Santos Valiense

Realmente é muito triste ver que a região Nordeste encerra POR ORA a maior zona eleitoral esquerdista do nosso querido Brasil. Quando vi o resultado do primeiro turno da eleição, fiquei muito “retado” — aqui na Bahia não é “arretado”, como em outras partes do Nordeste. O que me fez parar para pensar foi ver a noticia de que o atual candidato petista teve o menor apoio no Nordeste desde 2002. Com isso, fiz uma breve reflexão sobre o assunto.

O nordestino é um povo inteligente, esperto, destemido, de cultura invejável, cercado de belezas naturais mundialmente reconhecidas que fazem da região o maior pólo turístico do País; um povo que encontra solução para tudo, mas que é principalmente um povo de fé. 
Contudo, por ser um povo inteligente e de uma esperteza sem tamanho, a Revolução anticristã sempre viu o Nordeste brasileiro como uma ameaça a seus planos, e por isso utilizou suas armas para impedir que fôssemos uma potência intelectual e nos tornássemos um mero “curral eleitoral” e massa de manobra barata para a perpetuação de um futuro e eterno governo esquerdista.

O atual caos por que passa a nossa região é fruto de uma investida das forças da esquerda para neutralizar sua potência e transformá-la em coisa própria. A revolução no Nordeste soube espalhar seu veneno em três pontos característicos do nosso povo nordestino: Fé, inteligência, gratidão. O ataque a esses três pontos foram fundamentais para a atual expressão da esquerda entre nós.

A fé é com toda certeza a marca mais bela do povo nordestino e por isso mesmo tornou-se a primeira vítima da esquerda. A presença forte da estrutura eclesiástica foi sem sombra de dúvida o empurrão para o presente caos. Nascido na sacristia da esquerda católica, o PT encontrou terreno fértil para propagar o “Cristo Libertador”, enquanto o clero da teologia da libertação trombeteava: “Este é o candidato dos pobres, da igreja dos pobres…”.

A inteligência é algo natural ao nosso povo. Temos grandes pensadores, escritores etc. Entretanto, não querendo aguçar algo que nos é tão natural, a esquerda simplesmente não investiu na formação intelectual do Nordeste, mas preferiu se dedicar à doutrinação ideológica, criando uma multidão de analfabetos e analfabetos funcionais, no pensamento de Paulo Freire.

Procissão de São Francisco no Canindé (CE)
O terceiro ponto — e o que poderá ter mais discordância por parte de quem leia este texto — é a gratidão. Somos um povo grato e isso tem muito a ver com fidelidade. Para as pessoas mais simples e leigas que se encontravam desoladas em meio aos maiores problemas sociais, esquecidas por todos, com déficit na educação, induzidas e formadas pela “Teologia da Libertação”, o sistema que se voltou para elas e lhes deu certa dignidade que até então lhes era negada pelo restante do País foi objeto de sua retribuição através do voto.

Por tudo quanto ficou dito, vê-se que o medo da esquerda é o Nordeste, razão pela qual se investiu tanto na sua destruição intelectual, tornando-o a maior vítima do processo revolucionário no Brasil e levando seus agentes a pensar que o tinham dominado por completo.

Procissão na Missa pelos vaqueiros, Canindé (CE)
No entanto, o espírito conservador, que faz parte da índole do nosso povo, se mostrou cada vez mais incompatível com o atual caos. Tirou ele assim a poeira dos olhos daqueles que estavam sendo instrumentos da barganha revolucionaria e reergueu algo que estava dormindo para se tornar cada vez mais pulsante no povo nordestino.

Vale ressaltar que o grande movimento conservador que vem surgindo no Brasil vem do Nordeste: o gigante do autêntico pensamento conservador se levantará e dissipará desta Terra de Santa Cruz o maledicente e destruidor caos causado pela esquerda, filha primogênita da Revolução anticristã.


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