22 de dezembro 2018
Em Oberndorf, pequena cidade austríaca, a capela
construída no lugar da antiga igreja de São Nicolau, onde foi interpretado pela
primeira vez o Stille Nacht, e o selo comemorativo do bicentenário da canção.
“Noite silenciosa, noite Santa, tudo dorme, somente o fiel e
santíssimo casal está desperto”
♦ Paulo
Corrêa de Brito Filho
Diretor da revista Catolicismo
Uma canção suave, simples e inocente toca profundamente
todos os corações: Stille Nacht (Noite Silenciosa) — a melodia da
noite bendita entre todas, traduzida para o português como “Noite Feliz”.
Ouvindo-a, até mesmo muitos corações endurecidos pelo
pragmatismo moderno ficam tocados por uma graça primaveril, que tem o dom de
transportar as pessoas para os Natais de suas infâncias, quando uma alegria
sobrenatural impregnava os ambientes. Uma alegria que é a fonte de todas as
alegrias: na Gruta de Belém, numa noite fria, nascera o Menino Jesus.
Celebramos neste ano o bicentenário dessa maravilhosa e
angélica canção, entoada pela primeira vez na Noite de Natal de 1818, na aldeia
de Oberndorf, vizinha de Salzburg, na Áustria. Sua melodia celestial ecoa até
hoje em todos os povos da Cristandade, ora em uma esplendorosa catedral, ora em
uma simples capelinha; em palácios como em casinhas populares; em qualquer
ambiente, rico ou pobre. Todos ficam transformados por algo imponderável,
atraindo os anjos e aproximando o Céu da Terra.
De São Francisco de Assis, no século XIII, pode-se afirmar
que foi o primeiro a montar um presépio com figuras vivas, representando Maria
Santíssima, São José, o Menino Jesus, os Reis Magos, os pastores e os animais.
Foi a origem dos vários estilos de presépios da arte sacra disseminada por
todas as nações. Do Stille Nachtpode-se afirmar que é por excelência a
canção natalina.
Sem menosprezar as numerosas, belíssimas e até sublimes
canções de Natal compostas ao longo dos séculos em todo o orbe, não parece exagerado
dizer que a mais sublime, famosa e imortal é o Stille Nacht, cantado não
apenas em alemão, mas transcrito para todas as línguas. “Stille Nacht,
heilige Nacht, Alles schläft, einsam wacht, nur das traute hochheilige Paar” (Noite
silenciosa, noite Santa, tudo dorme, somente o fiel e santíssimo casal está
desperto).
Na revista Catolicismo deste mês [no alto, foto da
capa], comemorativa do Santo Natal, a matéria principal apresenta a origem e o
histórico da canção, e seu autor tece comentários transcendentais a respeito
desse evocativo cântico natalino.
Além de uma boa apreciação desta edição (disponível no
site www.catolicismo.com.br),
desejo aos diletos leitores um Feliz Natal, com as bênçãos e graças da Sagrada
Família, as quais se estendam ao longo do Ano Novo.
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