ABL elege, por unanimidade, o embaixador e escritor João
Almino para a cadeira 22, na sucessão do Acadêmico Ivo Pitanguy
A Academia Brasileira de Letras elegeu, quarta-feira, dia 8
de março, o novo ocupante da Cadeira 22, na sucessão do Acadêmico e médico Ivo
Pitanguy, falecido no dia 6 de agosto do ano passado. O vencedor, por
unanimidade, foi o embaixador e escritor João Almino. Votaram 23 Acadêmicos
presentes e 10 por cartas. Os ocupantes anteriores da cadeira 22 foram:
Medeiros e Albuquerque (fundador) – que escolheu como patrono José Bonifácio, o
Moço –, Miguel Osório de Almeida e Luís Viana Filho.
Saiba mais:
O embaixador João Almino nasceu em Mossoró, no Rio
Grande do Norte, em 1950. É conhecido sobretudo pelos seguintes seis romances,
aclamados pela crítica e cujas histórias se passam em Brasília: Ideias
para onde passar o fim do mundo (Brasiliense, 1987; editora Record,
2003); Samba-Enredo (Marco Zero, 1994; editora Record, 2012); As
cinco estações do amor (editora Record, 2001); O livro das
emoções (editora Record, 2008); Cidade Livre (editora Record,
2010) e Enigmas da Primavera (editora Record, 2015).
Todos esses livros, à exceção do segundo, receberam prêmios
ou foram finalistas de prêmios literários. Entre os prêmios recebidos,
incluem-se o Casa de las Américas 2003 (para As Cinco Estações do Amor) e
o Zaffari & Bourbon 2011 (para Cidade Livre, que também foi finalista
do Jabuti e do Portugal-Telecom).
Parte da obra de ficção está traduzida para o inglês, o
francês, o espanhol, o italiano e outras línguas.
É também autor de livros de
ensaios de filosofia política ou de história, considerados referência para os
estudiosos da democracia e do autoritarismo: Os democratas autoritários (Brasiliense,
1980), Era uma vez uma constituinte (Brasiliense, 1985), A Idade
do Presente (Tempo Brasileiro, 1985; Fondo de Cultura Económica, México,
1986), O Segredo e a Informação (Brasiliense, 1986) e Naturezas
Mortas (Francisco Alves, 2004).
Entre os ensaios literários incluem-se: Balanço
Poético: Brasil-Estados Unidos (Memorial da América Latina, 1996); Escrita
em Contraponto (Tempo Brasileiro, 2008; Leviatán, Buenos Aires, 2009)
e O Diabrete Angélico e o Pavão (UFMG, 2009).
João Almino foi Diretor do Instituto Rio Branco.
Medalha de ouro no Curso de Preparação à Carreira Diplomática do Instituto Rio
Branco, bacharel em direito pela UERJ e mestre em sociologia pela UNB. Defendeu
tese de doutorado em História Comparada das Civilizações Contemporâneas em 1980
pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, de Paris, sob a direção do
filósofo Claude Lefort. Ensinou na UnB, na Universidade Nacional Autônoma do
México e nas universidades de Berkeley, Stanford e Chicago.
Resenhas e outras informações sobre sua obra estão
disponíveis em www.joaoalmino.com
08/03/2017
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