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terça-feira, 3 de julho de 2018

À MENINA RUSSA: AO CORPO DIPLOMÁTICO DA RÚSSIA NO BRASIL E AO POVO RUSSO – Milton Pires



Para entender o que os vagabundos fizeram na Rússia teríamos que ter uma noção de “Pátria”, uma ideia de “Não” - nós não temos! Não somos uma Nação; somos um “bando” de gente reunida numa determinada área geográfica onde cada um cuida do seu rabo e não vai sentir vergonha alguma em nome de uma “algo” chamado “Brasil.”

Teríamos que ter, em segundo lugar, a capacidade de empatia: teríamos que imaginar turistas russos no Brasil fazendo uma menina brasileira repetir “Buceta Rosa” em russo na frente das câmeras – nós não temos!

Teríamos, em terceiro lugar, que imaginar como se sentiram a menina russa, seu pai e sua mãe quando entenderam o que aconteceu: nós não temos e nem queremos ter – eles que “se fodam”.

Teríamos, em quarto lugar, que ter uma Imprensa de Verdade – não uma legião de gays comunistas, maconheiros e cheiradores de cocaína dentro das redações da Globo, Folha de SP, BAND e RBS que não sabem mais o que fazer para soltar Lula, ver Marielle Franco canonizada e Márcia Tiburi governando o Rio de Janeiro.

O que aconteceu na Rússia foi a consequência óbvia, a manifestação natural de um tipo de pessoa que vem de uma sociedade em que se enfiam estátuas de Nossa Senhora na bunda em pleno calçadão de Copacabana, em que crianças são levadas por suas mães para tocarem em homens nus em museus, em que professores levam surras homéricas de alunos das escolas públicas, em que pacientes são atendidos por falsos médicos, em que um bêbado analfabeto e ladrão manda a Justiça “enfiar o processo no cu”, em que uma ladra búlgara preside o país vendo cães invisíveis e saudando a mandioca...

Um país em que onze dentro do Supremo Tribunal Federal rasgam a Constituição a cada vinte e quatro horas... Em que o voto é obrigatório, em que não se pode ter arma, em que se pensa no retorno da contribuição sindical...um país do Lula, FHC, Aécio, Gleisi, Renan, Jucá, Eliseu Padilha, Sarney, Paulo Pimenta, Maria do Rosário...um país em que mais de sessenta mil pessoas são assassinadas por ano e quase dois terços da população quer deixar para morar em outro país…

O que se viu na Rússia foi a consequência natural das novelas imundas da Rede Globo, do prazer que sentimos ao ver pessoas caindo e se machucando em acidentes domésticos quando um gordo cretino e corrupto nos mostra isso durante todas as tardes de domingo…

O que nós vimos os vagabundos fazerem com a menina da Rússia foi, Deus que me perdoe, a consequência, o resultado natural, a manifestação mais pura e legítima da nossa cultura em 2018... A expressão máxima e mais pura daquilo que somos atualmente: – brasileiros...

Em nome de toda pessoa nascida no Brasil com um mínimo de decência, de honra e vergonha na cara, ao saudar e cumprimentar todo corpo diplomático da Federação Russa em território nacional, apresentamos aos senhores as nossas mais sinceras desculpas.


Milton Pires - médico cardiologista de Porto Alegre RS.


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