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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

DOM CESLAU STANULA REFLEXÕES – Verdades escatológicas

08/11/2017

Orar pelos falecidos. 
“A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico de Cristo” que é a Igreja, dizia o Papa São João Paulo II.

A Bíblia, recomenda: “É coisa santa e salutar lembrar-se de orar pelos defuntos, para que fiquem livres de seus pecados”. (2Mac 12,46).

São Cirilo, bispo de Jerusalém (†386), disse em suas Catequeses: “... rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas”

A tradição da Igreja sempre acreditava no auxilio que ela pode oferecer as almas neste seu estado de purificação. A melhor forma de ajudar aos irmãos falecidos é a celebração da Santa Missa.

Reflexão: Lembrando-se dos nossos falecidos hoje, eles também  se lembrarão de nós na hora oportuna, e ainda aqui na terra.

Com a benção e oração. Dom Ceslau.
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12/11/2017
CÉU.
Continuando as reflexões interrompidas por motivo da minha viagem e atividades em Bom Jesus da Lapa, vamos aprofundar a outra verdade eterna da escatologia que é o céu.

O Catecismo da Igreja Católica ensina: “Os que morrem na graça e amizade de Deus e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vem tal qual Ele é” (1Jo 3,2). “Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada “o céu”. O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas dos homens, o estado de felicidade suprema e definitiva. (CIC 1023 e 1024).

S. Tomás de Aquino disse: O último fim de toda a criatura racional consiste em chegar a glória existente (...) no Reino dos céus”. C.G. I.IV,c.50). Então, o céu é uma plena, total, cabal realização da pessoa humana, que equivale a total felicidade. Isto que aspiramos e temos a certeza de alcançar, porque Jesus nos mereceu e prometeu. (continuaremos).

Reflita: Quem acredita em Jesus e a sua mensagem se cura da depressão, porque Ele nos sustenta na esperança. O céu é para todos.

Uma benção e a minha oração. Durma bem e que a serenidade da esperança te envolve. 
Dom Ceslau.

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13/11/2017
Continuando, o céu não é um lugar acima das nuvens, mas sim, um estado de total Felicidade capaz de realizar todas as aspirações do ser humano.

No Céu participamos da Vida de Deus. E quanto maior for o amor que a pessoa desenvolveu neste mundo, mais penetrante será a participação na Vida de Deus. Assim, no Céu todos são felizes, mas em graus variados, pois cada um é correspondido na medida exata do seu amor. Deus é Amor, amor que se dá a conhecer a quem ama. Não há monotonia no Céu, mas sim, uma intensa atividade de Conhecer e Amar. (D. Estêvão Bettencourt – Escatologia). 

No céu todos são totalmente realizados e felizes. Santa Terezinha do Menino Deus cita a sua aula da catequese com a sua irmã Celina: para entender que no céu todos estão plenamente felizes da o exemplo de copos com água. No céu todos serão felizes a medida das suas capacidades de receber esta felicidade. Temos três copos de diferente tamanho: um grande cheio de água, outro menor, também cheio e o outro ainda menor, também cheio de água. Em nenhum cabe mais água. Assim nos céus todos serão felizes a medida da sua capacidade de receber.

Reflexão:
Nos céus todos são felizes, não existe rivalidade nem inveja. E entre nós?

Com a benção e oração para que a sua felicidade seja  plena. Boa noite.
Dom Ceslau.

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14/11/2017
O céu é um mistério.  

São Paulo disse: “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração não percebeu tudo o que Deus preparou para os que o amam”. (1Cor 2,9). O encontro com Deus transforma a pessoa de felicidade. Temos o exemplo de Moisés, do Livro de Êxodo: A intensidade da felicidade da presença de Deus, mudou o rosto de Moisés que ficou resplandecente, (Ex. 34,35).
Na transfiguração no monte Tabor, quando Jesus abriu um pouco da cortina da sua glória no céu (que vai ser a nossa também), o Pedro saiu de si (endoidou), porque não pôde “suportar” tanta glória e felicidade nesta dimensão de vida (Mt. 16.28). 

Temos inúmeras menções na Sagrada Bíblia sobre a felicidade dos justos no céu. Esta glória Deus preparou para nós desde o início, ao nos criar a sua Imagem e Semelhança (Gen. 1:26-27). Isto é o céu.

Pensamento: o pensamento sobre esta verdade escatológica pode mudar o rumo da nossa vida.

Com a benção e oração. Uma noite tranquila e de paz.

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15/11/2017

Tocamos agora a mais assustadora das verdades escatológicas, que é o inferno. (Servir-me-ei das reflexões do grande teólogo, Monge Beneditino D. Estevão Bettencourt). 

Antes do mais, é preciso afastar a ideia de que Deus criou o inferno. Depois, temos que ter presente que o inferno não é um espaço dimensional nem um lugar, mas sim, é um estado de alma, no qual o próprio indivíduo se projeta quando rejeita radicalmente a Deus.  Então não é Deus quem condena ao inferno; ao contrário, o Senhor Deus quer a salvação de todos os homens, como afirma São Paulo em 1Tm 2,4.  É a própria criatura que lavra a sua sentença ou que se condena quando diz um Não total a Deus, que é o Sumo Bem, o único Bem que pode realizar plenamente o ser humano. O inferno é um estado de total infelicidade. É viver eternamente sem Deus, sem amar, sem ser amado. 

Em outras palavras, o inferno é o vazio absoluto, é a suprema frustração. É o não amar, não amar nem a Deus nem ao próximo.  Todo homem foi feito para o Bem Infinito - Deus, como notava S. Agostinho (+ 430): “Senhor, Tu nos fizeste para Ti, e inquieto é o nosso coração enquanto não repousa em Ti” (Confissões I,1). Assim então só pode ir ao inferno quem faz uma recusa a Deus consciente, livre e voluntária.

Reflexão:
Que ama previne também das consequências do mal-uso da plena liberdade que recebemos de Deus. Com a benção e a oração para que o Senhor nos livre de todo o mal da alma e do corpo. Um boa noite.
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16/11/2017

A Igreja Católica ensina a existência do inferno e a eternidade do inferno. “as almas que morrem em estado do pecado mortal descem imediatamente após da morte aos infernos onde sofrem as penas do inferno, o 'fogo eterno'”.
“A pena principal consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e felicidade para os quais foi criado e às quais suspira” (CIC 1035).

O ensinamento da Igreja Católica se baseia na Revelação de Deus, contida na Sagrada Bíblia e na fé ininterrupta contida na Tradição e o ensino da Igreja. Jesus muitas vezes fala da “genna”(Mt 5,22;29) do “fogo que não se apaga” (Mc.9,43 ss);  Mt. 10,38), Mt. 13, 41-42; Mt. 25, 41) etc.

As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão.: "Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição” (Mt 7,13). (CIC 1036).

Pensamento:
ouçamos a voz de Deus, para não cair na tentação.
Com a minha benção e oração. Um boa noite.
 Dom Ceslau.


Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.




Dom Ceslau Stanula – Bispo Emérito da Diocese de Itabuna, escritor, Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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