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terça-feira, 28 de novembro de 2017

DIÁRIO DE VIAGEM – Francisco Benício dos Santos (7)

BORDO DO PEDRO II
18º DIA

Montevidéu.
O Jaceguay lança âncoras.
Visitas e exigências alfandegárias..
Apresento meu passaporte diplomático.
Facilidades, gentilezas, aquilo foi como o “abre-te Césamo” do conto.
- Muitas gracias!...
És embaixador del Brasil?
- Não, senhor, apenas brasileiro viajando sob a sua proteção, em estudos...
- Biene... biene...
Sinto a diferença da minha língua, apesar de falar corretamente o castelhano, expresso-me em português; é o meu dever; entendam-se se quiserem, se puderem; eu os entenderei.
Salto.
Embaixada do Brasil.
Correspondentes de Castro C.
Facilidades, gentilezas, visitas às preciosidades e curiosidades uruguaias.
Almoço no hotel Plaza.
Visitas às escolas,  superiores com o secretário da Delegação. Sr. Albuquerque.
Montevidéu é a cidade dos monumentos.
Belas avenidas.
Belos jardins. O monumento a Artigas é importante.
À noite, espetáculo no tyeatro Solis
Retorno à bordo.
O Jaceguay zarpa às doze horas.
Despedidas. Agradecimentos.
Vieram trazer-me à bordo.
O estuário do Prata, “el mar Dulce”, é verdadeiramente um grande mar, o célebre rio da Prata.
Panoramas diferentes. Costas sem poesia.
O Jaceguay está com Buenos Aires à vista.
Ferros.
Visitas.
Novos vistos aduaneiros.
Dificuldades. Exigências.
Salto afinal e definitivamente.
Despeço-me do pessoal de bordo.
Beijo a Bandeira do Brasil, como se o fizesse à minha própria mãe.
Escrevo aos meus. O comissário o compromisso tomou de entregar a carta em mão própria em casa de meus pais.
Fiquei sensibilizado com a sua bondade.
Não fosse ele brasileiro.

(AQUARELAS E RECORDAÇÕES Capítulo XXII)
Francisco Benício dos Santos

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