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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

MÜLLER DESAFIA O PAPA A UM DEBATE FORMAL SOBRE AMORIS LAETITIA

27 Setembro 2017
Ainda ressentido por ter sido demitido como prefeito da Doutrina da Fé, Gerhard Müller vai por todos os lados. O cardeal ultraconservador desafiou o Papa Francisco a um debate teológico formal sobre o conteúdo de Amoris Laetitia, em uma tentativa de aproveitar uma hipotética fragilidade do Pontífice, após a “correção filial” a seu magistério, que se tornou pública neste final de semana.

A reportagem é de Cameron Doody, publicada por Religión Digital, 26-09-2017. A tradução é do Cepat.

O purpurado alemão divulgou seu plano, nesta terça-feira, ao vaticanista do National Catholic Register, Edward Pentin. Em essência, a proposta de Müller pretende colocar fim à “situação séria” que foi criada após a publicação dos dubia dos quatro cardeais e as acusações de “heresias” desta meia centena de teólogos e acadêmicos.

Para conseguir seu objetivo, o cardeal gostaria que o Papa Francisco nomeasse um grupo de cardeais para defender sua postura, ao vivo, diante dos argumentos de seus detratores, em uma espécie de debate formal, conhecido na Idade Média como uma “disputa teológica” (disputatio).

O debate, sugeriu Müller, poderia ser feito com “alguns representantes proeminentes” dos dubia ou da “correção filial”, ou com os dois. O debate seria regido pelas normas estabelecidas há séculos para tais tipos de discussões acadêmicas, e teria como finalidade a descoberta das supostas verdades teológicas, mediante uma análise pormenorizada das Escrituras, da lei canônica e de outras fontes dos dogmas católicos. No centro estariam “as diferentes e, às vezes, controvertidas interpretações de algumas declarações no capítulo 8 de Amoris Laetitia”, nas palavras do próprio Müller. 

Segundo o que revelou a Pentin, Müller está convencido de que, ainda que o Papamereça 
“um pleno respeito”, os críticos “honestos” também “merecem uma resposta convincente”. O purpurado acredita que o debate formal pode ser uma maneira de promover o que a Igreja realmente necessita nesta conjuntura, ou seja, “mais diálogo e confiança recíproca”, ao invés de “polarização e polêmica”.

“Temos que evitar um novo cisma e separações da única Igreja católica, cujo princípio permanente e cuja fundação de sua unidade e comunhão em Jesus Cristo é o Papa atual, Francisco, e todos os bispos em comunhão com ele”, finalizou Müller.

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