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sexta-feira, 17 de março de 2017

PARCERIAS INGÊNUAS: HISTÓRIA DE ANGEL, VERSOS DE MIRIAN WARTTUSCH

Lembranças de criança


Ah, quanto eu queria, encontrar-te um dia,
No encanto, no brilho da estrela fulgente
Na força do vento, nos versos das luas,
No cheiro da relva com o cheiro da gente.


Vencer o vazio, quebrando o silêncio,
Do tempo que passa como atroz algoz
Ficar no passado? que triste destino,
Memórias não calam e falam de nós.


Ao som eloquente dos versos que outrora
Eu disse a você, sem pejo, sem medo...
Crianças ingênuas... Paixão inocente,
Tecendo uma história, contando um enredo.


Correr como antes, crianças serenas
Um sonho impossível de pura euforia
Tal qual o fizemos infância saudosa,
Retornar no tempo, que lindo seria!


A bola, a boneca, menina e menino,
Ficou no passado, não volta jamais.
Correr, pega-pega, com tal alegria,
Estar com você, eu gostava demais.


Assim, de mãos dadas, ciranda a rodar,
O mundo era lindo, com tal colorido,
Seria melhor se eu tudo esquecesse
Do nosso futuro não tivesse sabido!


A distância separa, e se dói a saudade
Atada nos laços de um algo sublime.
Vivência isso tudo, que nos tange a alma,
Nos torna passíveis do mais lindo crime.


Amar sem fronteiras, crianças ou não,
O encanto não cessa... Nos traz prisioneiros.
Você não entende? Então não sentiu,
O encanto que mora nesse amor primeiro.




Mirian Warttusch

* * *

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