Mulheres acuadas – Até quando?
(Lei Maria da Penha – 11.340)
Respeite-se a mulher, vaso sagrado,
Não sofra agressões, confinamento.
Seja amoroso o homem ao seu lado,
Não a agrida nem por um momento.
Homens embrutecidos – covardia!
Mulheres acuadas, indefesas,
Descalabro que vemos todo dia,
Em suas vidas cheias de incertezas.
Nem a justiça tem capacidade,
De conter a mão de um assassino.
Registrada a queixa diga-se, em verdade,
A mulher teme pelo seu destino.
Mesmo notificado esse agressor,
Em suas mãos a caça quer sentir.
A justiça pra ele não tem nenhum valor.
Não se intimida e volta a agredir.
Ninguém acode essa mulher sofrida!
Fica à mercê do seu terrível algoz.
Apanha e cala, teme pela vida.
Faz do silêncio um aliado atroz.
De tudo isso, uma cruel certeza:
Nas mãos do companheiro, espezinhada,
Ninguém que a defenda, fraca e indefesa,
A mulher termina sendo assassinada.
Mírian Warttusch
* * *
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