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terça-feira, 12 de maio de 2020

VÍRUS DO PÂNICO: Gigantesca e catastrófica operação de baldeação ideológica


6 de maio de 2020

Capa da revista Catolicismo, Nº 833, Maio/2020

A pretexto do novo coronavírus, forças ponderosas parecem visar o domínio das mentes e das nações por meio de uma ditadura do pensamento único. Isso nos faz recordar de uma experiência orwelliana rumo a uma nova (des)ordem mundial para a implantação de um governo totalitário que ditaria normas para tudo. Todos seriam obrigados a levar um estilo de vida neo-comunista e miserabilista.

Enquanto a mídia se encarrega de espalhar ad nauseam previsões apocalípticas do contágio do vírus chinês, o mundo inteiro parece contagiado pelo vírus do medo. Mas muitos já começam a desconfiar dessa mesma mídia e estranhar os despóticos decretos governamentais de confinamento; por exemplo, a ordem “fique em casa”. Alguns acatam de modo pacifico tal ordem, e voluntariamente ficam em “prisão domiciliar”. Mas outros percebem que se está manipulando a opinião pública numa experiência orwelliana.

No célebre romance “1984” (publicado em 1949 sob o pseudônimo George Orwell), o escritor Eric Blair prenuncia o advento de uma governança mundial, que mandaria em todo o mundo, perseguindo quem pensasse por si próprio ao invés de pensar de acordo com a coletividade. A tecnologia chinesa de reconhecimento facial dos cidadãos, inspirada na vigilância policial do “grande irmão” imaginado por Orwell, teria condições para espionar e controlar os passos de todos, suas emoções, o que veem na internet, o que falam e fazem, os arquivos de uso dos celulares etc.

Muitos comentam que nada no mundo será como antes da pandemia Covid-19. Certos próceres, entre os quais o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, subserviente à China comunista, repetem sem cessar a palavra de ordem: o mundo pós-coronavírus será um “novo mundo”, no qual teremos “um novo normal” numa “nova ordem”.

Estaria a opinião pública mundial passando por um processo de “baldeação ideológica” para aceitar semelhante sistema de controle planetário? Passaria ela por um teste para o estabelecimento de uma República Universal, com um só governo totalitário ditando normas para tudo e para todos? Haveria forças poderosas desejando implantar um “mundo novo”, nos moldes de um “mundo chinês”? Esse governo mundial imporia a todos um mesmo estilo coletivista de vida? O brusco confinamento das pessoas, com graves consequências econômicas e a falência de inúmeras empresas, jogará muitas regiões na extrema pobreza? Pretende-se fazer desaparecer os derradeiros restos de uma Cristandade hierárquica, fundamentalmente sacral, anti-igualitária e antiliberal? Seria ela substituída por uma sociedade mundial igualitária, miserabilista e tribalista?

Alguns elementos para resposta, nossos leitores os encontrarão na matéria de capa da revista Catolicismo deste mês. Nesta mesma edição, como é natural, outras matérias se relacionam com essas questões. O fechamento de igrejas, não só no Brasil mas em todo o Ocidente, é decisão com a qual concorda a maior parte das autoridades eclesiásticas, comprazendo o regime chinês, comunista e ateu. Responsável, aliás, por ferrenha perseguição à Igreja, com o fechamento de templos, destruição de cruzes e imagens sagradas.




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segunda-feira, 11 de maio de 2020

NINGUÉM PODE NOS OBRIGAR A COMETER SUICÍDIO – John Horvat II


10 de maio de 2020

John Horvat II *

O navio-hospital da Marinha Americana Comfort [foto acima] foi despachado rapidamente para o porto de Nova York a fim de ajudar a cuidar das dezenas de milhares de pacientes de coronavírus que, esperava-se, ocupariam todos os leitos da embarcação. Por garantia, foram adicionados 1.000 leitos àqueles normalmente ali existentes.

Contudo, o navio está deixando o porto com um índice baixíssimo de utilização, pois na cidade de Nova York o temido colapso do sistema de saúde de fato nunca aconteceu. Ventiladores extras de pulmão, que haviam sido providenciados para o Comfort, estão agora disponíveis para outros lugares.

A estadia do navio na zona “quente” da pandemia e sua partida são altamente simbólicas.

Em todo o país, hospitais foram preparados para o anunciado Armagedon e atender assim as sucessivas ondas de vítimas do COVID-19. No entanto, o sistema de saúde desapontou por ter-se preparado para um Armagedon que nunca veio. Agora, muitos hospitais estão despedindo parte de sua equipe médica ou até mesmo indo à falência. A falta de pacientes e o cancelamento de cirurgias não urgentes lhes estão trazendo graves prejuízos financeiros. Tem gente morrendo porque estão adiando cirurgias vitais.

Algo deu seriamente errado com os modelos usados para fazer a projeção da ameaça à saúde pública. Tais modelos não estavam sequer próximos da realidade. O mais citado foi fornecido por uma equipe do Imperial College de Londres, dirigida pelo Prof. Neil Ferguson. Sua projeção acabou sendo usada por um grande número de governos para impor severas medidas de confinamento de seus cidadãos. Esses líderes políticos manifestaram ter mais fé e reverência nessas previsões distorcidas do que nos quatro Evangelhos.

Concomitantemente, os especialistas londrinos,nos quais eles se baseavam, estimaram que morressem nos EUA 2.2 milhões de pessoas. Na realidade, apenas uma diminuta fracção americanos sucumbiu. O principal autor do estudo mais tarde admitiu que as tais previsões bárbaras foram baseadas em milhares de linhas de um código não documentado escrito 13 anos atrás para estabelecer um modelo de pandemias de gripe. Esses modelos iniciais eram não somente erros de cálculo, mas também avaliações baseadas em uma péssima aplicação da ciência. A mídia politizada se aproveitou para espalhar o máximo possível esses cálculos.

Ninguém até hoje foi responsabilizado por um erro tão brutal. Esses cientistas conservam seus empregos, os líderes políticos que com açodamento e sem investigação aceitaram e agiram em função de seus números inflados se mantêm em seus cargos. E a mídia irresponsável continua a fomentar impunemente histeria.

Ao mesmo tempo, líderes políticos ignoraram presunçosamente doutores e cientistas como o Dr. John Ioannidis, da Universidade de Stanford, cujos estudos e compreensão da conjuntura eram bastante próximos da realidade, pois previam que o índice de mortalidade seria bem próximo da gripe de estação. Se lhes tivessem dado atenção, ter-se-ia poupado muito tempo e dinheiro ao sistema hospitalar. O seu conhecimento politicamente incorreto, mas epidemiologicamente correto poderia ter salvado vidas e problemas.

Não satisfeitos com seu desastroso manuseio da crise no campo médico, os líderes governamentais insistiram e decidiram repetir seus erros na economia e na sociedade. As rodas da indústria e do comércio foram obrigadas a parar, na antecipação da pandemia que mataria milhões. Boa parte do mundo ainda está com certa paralisação. Essas decisões foram também baseadas nos mesmos modelos defeituosos e estão provocando um colapso geral.

Decisões governamentais deveriam ser baseadas em dados reais e científicos confiáveis. A continuação do confinamento extremo baseado em previsões defeituosas não é nada menos que suicídio sociopolítico e econômico.

Amplas partes dos EUA com pouco ou nenhum caso do vírus foram tratadas com o mesmo rigor que a cidade de Nova York, centro da epidemia. Empresas e operações estuantes de vitalidade foram simplisticamente divididas em dois grupos: “essenciais” e “não essenciais”. Já sabemos quais foram os critérios duvidosos que determinaram essas decisões muito pouco salomônicas em que muitos estados consideravam as clínicas de aborto, os dispensários de maconha e as lojas de bebidas alcoólicas “essenciais”, mas negavam o mesmo tratamento às igrejas e reuniões religiosas.

Quando as economias modernas integradas param, o mesmo acontece com as cadeias de abastecimento. Partes integrantes do processo com frequência não podem mais ser readaptadas. Quantidades maciças de bens e alimentos têm que ser doados ou jogados fora.

O alcance total da destruição econômica é de dar vertigem. Em março e abril, os mercados perderam trilhões de dólares em valor. Indústrias importantes, como hotelaria e transporte, fecharam as portas. O débito subiu às nuvens. Os gastos governamentais inflaram fora de controle. Dezenas de milhões de pessoas ficaram sem trabalho e recebem ajuda do governo.

O pior é que o mundo dos negócios, desejoso de reabrir, está sujeito aos mesmos caprichos desses mesmos políticos que foram os primeiros a colocá-los na situação que estão. Muitos líderes governamentais estão estendendo o lockdown, numa tentativa oca de evitar humilhação e poder “provar” que os fechamentos eram de fato necessários. Outros funcionários públicos são ideologizados e pouco se preocupam com a calamidade econômica. Eles veem a crise como uma oportunidade de forçar a aceitação de suas agendas socialistas e ecológicas.

O grande perigo não é o vírus, mas o incompetente manuseio da crise. Isso levou a medidas que estão destruindo a ordem socioeconômica. A atitude de fazer qualquer coisa que der na telha está queimando a casa, quando simplesmente uma lanterna teria sido suficiente para iluminá-la e encontrar uma solução para o problema.

Um dia a História vai julgar com grande severidade a culpa de todos aqueles envolvidos em criar o pânico e a histeria geradores da presente crise. Ela condenará severamente aqueles que aberta e despudoradamente usaram a crise para promover suas metas subversivas. Em vários graus, cada um deverá assumir certa quota de responsabilidade por esta calamidade médica e econômica. Eles serão corresponsáveis por todos que pereceram por doença, suicídio, ansiedade, bem como por outras causas indiretas de morte provocadas pelo pânico mundial.

A única saída da crise é pular fora desta rota de suicídio. Agora. Imediatamente. Ninguém pode ser obrigado a cometer suicídio. Assim como o navio-hospital Comfort, urge deixar para trás o porto de Nova York!
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* John Horvat II, é vice-presidente da TFP norte-americana, autor do best-seller “Return to Order”. Artigo traduzido do ingles por João Carlos Leal da Costa.


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“UMA MENTIRA PUBLICADA EM GRANDES JORNAIS VALE MENOS DO QUE UMA VERDADE ESCRITA NUM PAPEL DE PÃO” - Ernesto Henrique Fraga Araújo


Guilherme Santiago | 10/05/2020 | 5:11 PM | GOVERNO


Ernesto Henrique Fraga Araújo – Ministro das Relações Exteriores do Brasil

Os ex-Ministros da Bolha, um ex-Presidente e eterno ídolo da Bolha, ficam repetindo seu mantra patético, tentando compensar com estridência a falta de ideias. (Uma mentira publicada em quatro “grandes” jornais vale infinitamente menos do que uma verdade escrita num papel de pão.)

Eles recitam: “subserviência aos EUA”, “Brasil isolado da governança global”, “Brasil perdendo prestígio”, “interesses nacionais sendo prejudicados”

Venham aqui para fora da bolha para ver como é o Brasil de verdade, como é o mundo de verdade.

Aqui não há qualquer subserviência.

Forjamos uma aliança de iguais entre duas imensas democracias, Brasil e EUA, uma aliança que, antes de mais nada, é para defender essa Democracia que vocês tanto temem porque já não conseguem manipulá-la.

Aliança para promover a liberdade no mundo.

A parceria com os EUA é aquela que reforça nosso projeto de regeneração moral e econômica do Brasil e por isso ela é central: democracia, soberania, economia forte baseada no investimento privado (+eficiente e sem espaço para corrupção) tecnologia para a liberdade e não para controle social.

Aqui defendemos nossa Constituição e nossas leis contra a intromissão de organismos internacionais com agendas próprias e opacas, contra um falso conceito de multilateralismo que não está em nenhuma parte do texto Constitucional, contra ceder soberania sem autorização do Congresso.

Aqui temos o Brasil com mais prestígio do que jamais teve junto a quem conta, junto a povos e governos de verdade, e não junto à mídia uniformizada mundial, essa grande bolha de bolhas, máquina de propaganda e desinformação a serviço de poderes totalitários.

Aqui fazemos os grandes acordos comerciais que vocês da bolha nunca conseguiram e estamos preparando o Brasil, mediante articulação política competente, negociações firmes e uma visão de mundo autêntica, para ser um dos principais beneficiários de novos investimentos na recomposição das cadeias mundiais de produção, a nova globalização da qual estaremos no centro e não na periferia neocolonial como até ontem (o Brasil estava na periferia, mas vocês da bolha estavam muito confortáveis, bajulando e sendo bajulados pela mega-bolha global).

As linhas de batalha estão traçadas: agora é Brasil x Bolha.

E me orgulho de dizer que agora, graças ao Presidente Bolsonaro, a política externa faz parte do Brasil, o Itamaraty joga no time do Brasil, ajuda a furar essa bolha maligna que nos oprime e despreza.

Feliz dia para ti, mãe gentil, pátria amada Bandeira do Brasil.



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domingo, 10 de maio de 2020

MINHA MÃE – Vicente Celestino




Ligue o vídeo abaixo:


MINHA MÃE


Minha mãe meiga e sincera
Minha mãe que ainda me espera
Na velha casa que amei
Saí com outros meninos
Embaracei-me nos destinos
E nunca mais regressei

Eu julgava que as pessoas
Fossem todas muito boas
Que de mim tivessem dó
Nunca mais por onde andasse
Encontrei quem me cuidasse
E vi que mãe, é uma só

Uma só que infelizmente
Sofre tanto pela gente
Que a faz cedo envelhecer
Porém, seu pranto é secreto
E o seu filho predileto
É o que mais a faz sofrer

Mãe, roubaram os meus brinquedos
Devassaram os meus segredos
E só me deixaram a dor
A dor queima como brasa
Quero voltar para casa
Onde é doce o teu amor

Os meus cabelos grisalhos
De desgostos e trabalhos
Não são para o teu olhar
Ante esse olhar de bondade
Tenho a infância a mocidade
E o direito de chorar

Os amigos me deixaram
As mulheres me enganaram
Mal, o mundo, só me fez
Chega de tantos fracassos
Quero voltar aos teus braços
E ser criança outra vez


VOZ:Vicente Celestino 
COMPOSIÇÃO: Marina Ghiaroni

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (182)


5º Domingo da Páscoa – 10/05/2020

Anúncio do Evangelho (Jo 14,1-12)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: ”Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”. Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”.
Disse Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai?’ Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai, que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Padre Roger Araújo:

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Temos morada no coração de Deus



“Na casa de meu Pai há muitas moradas”  (Jo 14,2)

Sabemos que o Evangelho deste domingo antecede à Paixão e Morte de Jesus. Então, por que colocá-lo no contexto de Ressurreição? E a razão está centrada na atuação mesma de Jesus. Ele antecipou, na sua vida pública, que o destino definitivo do ser humano é o coração de Deus. Somos de Deus; em Deus, já “somos seres ressuscitados”.

O grupo mais próximo de Jesus está vivendo um momento de máxima tensão e medo. O ambiente está carregado: a traição de Judas, o anúncio da negação de Pedro, a revelação da Sua partida. Apesar do temor e da inquietação pairando no ar, Jesus diz coisas que nunca dissera antes: palavras condensadas, luminosas, mobilizadoras, procurando quebrar o clima pesado e convidando os seus amigos à calma, à confiança e revelando que na casa do Pai há muitas moradas. Todos estão (estamos) envolvidos por este amor providente e cuidadoso do Deus Pai e Mãe; no seu coração cabem todos.

O contexto tenso vivido pelos discípulos nos revela que o medo e a angústia estão presentes no ser humano desde as origens. Todo ser humano atravessa certos momentos da vida marcado pela experiência do medo e, em algumas ocasiões, de angústia.

O medo é uma vivência forte e intensa que sentimos diante da presença de um perigo, mais ou menos imediato e concreto.

A angústia, que no seu sentido original latino (“angustus”) significa estreito, apertado, sem espaço, é um estado afetivo doentio que aparece como reação diante de um perigo desconhecido, difuso, mas que afeta e trava toda o nosso ser, até seu último neurônio.
O medo e a angústia podem impregnar nossa vida e pode provir das causas mais diversas: medo diante da enfermidade, do fracasso, dos problemas afetivos e econômicos, da pandemia... Seja como for, o medo e a angústia podem fazer-se presentes em nós e bloqueiam nossas vidas, paralisando toda iniciativa e criatividade.

Quando estamos atravessando uma crise grave, como aquela vivida por Jesus e seus discípulos na véspera da Paixão, é reconfortante entrar na profundidade de nosso ser e deixar ressoar estas palavras: “não se perturbe o vosso coração; tende fé em Deus, tende fé em mim também”.

É a experiência do encontro com o Ressuscitado que nos pacifica, mesmo em situações de crises, fracassos, horizontes sem saída..., quando o medo e a angústia se manifestam com mais força.

A serenidade é uma vivência profunda, íntima, salutar... De repente, alcançamos uma paz inspiradora, uma paz que ninguém pode nos comunicar; uma alegria serena que pacifica nosso interior. Basta permanecer nessa paz, na nossa morada interior. Por isso, Jesus fala de lugares, de moradas..., espaços que pacificam e nos livram das angústias e medos. E o coração de Deus é a morada pacificadora por excelência. O “lugar” do ser humano é Deus; viemos de Deus e retornaremos a Ele. “Só Deus basta” (S. Teresa).

É da nossa condição humana buscar um espaço, um lugar hospitaleiro e acolhedor, o lugar onde nos situamos no mundo e onde podemos ser encontrados. Como é bom experimentar que todos temos lugar, espaço! Deus mesmo se faz espaço amoroso para nós, nos concede um lugar inspirador.

Sabemos que o ser humano não teria como sobreviver sem um lugar, sem um espaço. Assim como somos seres de inteligência, sensibilidade, relação, etc., também somos seres de lugares (“homo locus”); não qualquer lugar, mas aquele onde possamos nos descobrir capazes de amar e sermos amados, de acompanhar e sermos acompanhados, de contribuir e sermos criativos, de realizar e sentir-nos realizados.

espaço faz parte do ar que respiramos em nível fisiológico e biológico, como faz parte das nossas experiências interiores.

A nossa sociedade parece estar indo à deriva justamente porque não sabe mais reconhecer “espaços diferentes e vitais”, porque tudo se torna igual e os lugares não falam mais, pois carecem de sentido e se revelam como lugares vazios. Os espaços são violados, os “lugares sagrados” são profanados, os “ambientes” carregados de sentido e de história já não revelam mais nada...

Esse é o primeiro sintoma de uma visão humana desastrosa e desastrada. Na insignificância e no achata-mento dos espaços está o primeiro e mais grave esmagamento do pensamento e da consciência, a ruptura das relações sociais, a frieza ecológica e o definhamento das experiências religiosas.

Neste mundo disperso, carente de espaços humanizadores, o evangelho de hoje nos dá referências e amparo. E a primeira referência que nos pacifica é a “casa”. “Na casa de meu Pai há muitas moradas”.

Caminhamos para a “casa” de Deus, sendo “casa” do mesmo Deus. Podemos, então, afirmar que quem realmente habita “nossa casa” não é o “eu”, mas Deus. “Em nós, Deus está em sua casa” (Mestre Eckhart). Esta morada interior é o espaço de transcendência, de oração, de admiração, de mistério, de silêncio; morada aberta e acolhedora, ambiente da comunhão, da comunicação, da intimidade; é a partir desta morada carregada de presenças que se vai ao Pai (Grande Morada).

Nesse sentido, a casa é mais do que uma realidade física, feita de quatro paredes, portas, janelas e telhado. Casa é uma experiência existencial primitiva, ligada ao que há de mais precioso na vida humana, que é a relação afetiva entre aqueles que a habitam e com aqueles que nela são acolhidos.

Casa, espaço do mundo que nós escolhemos, preparamos, organizamos, adornamos e fazemos a moradia a partir da qual contemplamos a Terra e o Céu. Por isso ela é reveladora de nossa identidade. “Dize-me como é tua casa e te direi quem és”. Ela é o espelho mais honesto dos nossos hábitos, o abrigo dos nossos medos, a nossa fotografia. É por este motivo, talvez, que muitos fogem da própria casa: não querem enxergar a si mesmos.

casa nos ajuda a fincar raízes neste mundo e em nós mesmos; ela é lugar de referência e nos fornece orientação; ela anima nossa espera e alimenta o encontro; conserva nossa história, acolhe e guarda na  memória as nossas alegrias e as nossas tristezas, as nossas conquistas e os nossos fracassos...

Estar em casa é estar no seu espaço, na sua intimidade, no lugar de plena liberdade e espontaneidade. Ela é o cenário principal do enredo e dos episódios de nossa vida; é o lugar seguro que nos possibilita repouso e revigoramento afetivo, bem-estar e proteção... Casa representa segurança e refúgio das ameaças que vêm de fora; ela nos oferece um espaço estabilizador e nutridor, suscitando vigor e saúde integral. Sem ela facilmente perdemos a calma e o equilíbrio, tornando-nos presas fáceis da agitação, da perturbação, do medo e da angústia.

O lugar cotidiano da casa se converte na epifania do divino, no lugar concreto do encontro com Aquele que faz de nossa casa, Sua morada.
Nossas moradas provisórias nos revelam que todos somos peregrinos em busca da morada definitiva; nosso coração anseia pelas moradas eternas: o coração do Pai, onde cabem todos.

Textos bíblicos: Jo. 14,1-12
Na oração:  casa é também a instância configuradora de nossa experiência de fé.
Diante de tantos ruídos e imagens que nos violentam, a casa torna-se o lugar da escuta, do silêncio, da interioridade e da comunhão com o Transcendente, através de mediações simples como uma escuta musical atenta, uma boa leitura ou o exercício diário da oração.
- Entre em sua casa e deixe que o Espírito transite livremente por ela, afastando todo temor, tristeza e angústia...

Pe. Adroaldo Palaoro sj

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sábado, 9 de maio de 2020

PESQUISA DE OPINIÃO MAIS QUE OPORTUNA – Marcos Machado


9 de maio de 2020
Marcos Machado

A mídia alarmista e histérica parece ou finge não ter-se dado conta dos novos tempos e dos novos ares que tomaram a opinião pública brasileira nesses últimos anos. Desamparados pelas antigas e poderosas “fadas” que lhes ditavam as palavras de ordem do sucesso, a esquerda e o dito Centrão perderam o norte.
Em 1987, por ocasião dos debates em torno da Assembleia Constituinte — malfadada alfaiataria costurada entre a esquerda e o falso Centrão —, saiu a público o livro Projeto de Constituição angustia o País [capa ao lado], de Plinio Corrêa de Oliveira, com uma denúncia que ganhou as ruas do Brasil.
Tomamos aqui apenas um aspecto da obra, ou seja, a denúncia de que já naquele tempo os políticos profissionais não representavam mais os anseios populares. Em relação a eles, a opinião pública se mostrava, por motivos diversos, bem pouco entusiasmada.
Desde a promulgação da Constituição — da qual os políticos e o STF se servem para impulsionar agendas contrárias aos valores morais — passou muita água debaixo da ponte. Talvez, para surpresa deles, na medida em que o povo foi se politizando, os ponteiros da História giraram no sentido conservador e a distância entre políticos e a opinião pública aumentou consideravelmente.
Hoje temos centenas de grupos anticomunistas, antissocialistas e antiabortistas disseminados por todo o Brasil. Basta observar o número já incontável de blogs de orientação diametralmente oposta ao PT de Lula e ao PSDB de Fernando Henrique.
Com a eleição de um presidente conservador, foi quebrada a harmonia entre os três poderes. Com critérios ditatoriais, o presidente da Câmara dos Deputados pauta a seu bel-prazer os projetos ali apresentados, engavetando os que não convêm à esquerda e ao Centrão.

Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados) e David Alcolumbre (presidente do Senado)
Em entrevista à Gazeta do Povo, o deputado federal Diego Garcia (PR), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, lamentou que enquanto Rodrigo Maia presidir a Câmara a pauta moral não caminhará. Isso pode ser comprovado pelas atividades parlamentares de 2019.

Aliás, o próprio Maia declarou no início do ano à Folha de S. Paulo que depois de superar a agenda econômica iria discutir o que fazer com a agenda de costumes. Acontece que os presidentes das duas Casas legislativas, a Câmara e o Senado, são apenas mandatários, como bem explica Plinio Corrêa de Oliveira no citado livro.
Com efeito, a relação entre o eleitor e o candidato por ele sufragado é, em essência, a de uma procuração. Uma vez eleito, o deputado ou senador se torna assim um procurador ou mandatário do eleitor, um executor de sua vontade.
Ele será um procurador fiel se agir de acordo com o programa eleitoral com o qual se apresentou às urnas. E será infiel, caso se desinteresse de fazer prevalecer seu programa nos debates parlamentares.
Ou, pior ainda, caso se manifeste ou vote contra esse programa — em relação ao qual assumiu compromisso com os eleitores — ele rompe o compromisso sagrado de fidelidade. Como quem outorga o mandato é o povo, os presidentes da Câmara e do Senado não podem agir ditatorialmente, excluindo a pauta conservadora.
Cumpre insistir sobre esse ponto essencial: o mandato não confere poderes ditatoriais ao Legislativo, pois, segundo a democracia, quem manda são os eleitores.
A pandemia do vírus chinês expôs mais uma vez o vácuo da mídia alarmista e dos governadores-interventores: a impopularidade de Dória e de outros que se faziam passar por centristas. Por que não se faz uma pesquisa sobre a atual popularidade desses ditadores, fadados a ser colocados em eterna quarentena política?!

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sexta-feira, 8 de maio de 2020

MAJOR-BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES, ENGROSSA O TOM E FALA TUDO QUE TINHA QUE SER DITO AO STF


“Cumpre advertir que, se as testemunhas que dispõem da prerrogativa fundada no art. 221 do CPP, deixarem de comparecer, sem justa causa, na data por elas previamente ajustada com a autoridade policial federal, perderão tal prerrogativa e, redesignada nova data para seu comparecimento em até 05 (cinco) dias úteis, estarão sujeitas, como qualquer cidadão, não importando o grau hierárquico que ostentem no âmbito da República, à condução coercitiva ou “debaixo de vara”, como a ela se referia o art. 95 do Código do Processo Criminal do Império de 1832.”
Foi uma tentativa infeliz de demonstração de poder, totalmente injustificável e inaceitável, a produção por parte do ministro Celso de Mello de um documento jurídico ameaçando de serem conduzidos “debaixo de vara” três oficiais-generais do Exército brasileiro, do maior grau hierárquico da carreira, altamente conceituados no seio da sua Força, que dedicaram meio século da vida jurando defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, convocados apenas como testemunhas para depor em defesa do presidente.
Debaixo de vara, vossas excelências deveriam expulsar os corruptos que hoje enlameiam a Suprema Casa da Mãe Joana, que os senhores bem sabem quais são, pois costumavam acusar-se mutuamente em sessões televisivas que hoje nem mais existem, talvez por vergonha de alguns que se sentem constrangidos de expor-se nessas condições.
A toque de corneta, deveriam sair escorraçadas as centenas de ladrões que frequentam o congresso nacional alguns dias por ano para extorquir a Nação.
Como diz a nota do Ministro da Defesa, As Forças Armadas cumprem a sua missão Constitucional. Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País.
Em linguagem clara: em tese, não são necessários um cabo, um soldado e um jipe. Para isso, bastariam três medidas simples e constitucionais:
1 – a extinção do foro privilegiado;
2 – a apresentação dos corruptos DENUNCIADOS pelo Ministério Público perante uma corte de 1ª instância com juízes do naipe de um juiz Bretas, do Rio de Janeiro, e depois um grupo de desembargadores como os do TRF-4, de Porto Alegre, empregando o regime de urgência semelhante ao utilizado para aprovar as falcatruas no congresso nacional, na calada da noite; e
3 – o prosseguimento dos processos de impeachment contra ministros do supremo, engavetados no senado, com a escolha de um relator honesto e patriota como vários que existem naquela casa.
Vossa excelência faz parte de um grupo de julgadores do mais alto Tribunal da República, que hoje arvoram-se de guardiões de uma Constituição falida que descumprem ao tentar sobrepor-se aos outros dois poderes, e que aplicam a fórceps suas distorcidas decisões, apoiados no fato de serem a última instância e da sua cumplicidade com a banda podre do legislativo.
Nesse tribunal, apenas dois julgadores são verdadeiros juízes de carreira, dentre os quais o senhor NÃO ESTÁ INCLUÍDO.
Lembre-se de que foi alçado a essa condição para servir a um presidente corrupto que só não está preso por benevolência desse tribunal e pela idade avançada.
Como é praxe dessa corte julgar diversas vezes o mesmo assunto até conseguir um resultado que atenda aos seus interesses, como no caso da 2ª instância, o ministro vossa excelência ignorou que, em 22/05/2019, o STF publicou acórdãos impugnando a condução coercitiva para interrogatório.
Sua peça jurídica inicia-se com um erro crasso elementar de sua área, referindo-se ao governo democrático presidido por militares como “regime militar”, forma de governo inexistente juridicamente.
O regime era democracia, pois funcionavam regularmente os três poderes do Estado, segundo a constituição existente; por outro lado, vossa excelência não deveria desconhecer, a não ser por questões ideológicas, que o sigilo naquela situação era indispensável para a preservação da segurança nacional.
Nota-se claramente, no seu sempre prolixo, arcaico e inexato linguajar, a intenção de atingir o prestígio das FFAA, uma vez que inicia sua explanação atacando inexplicavelmente os governos que livraram o Brasil das garras do comunismo, ali colocados pelo clamor da sociedade, que hoje demora em se manifestar, fartamente representada naquela ocasião pelas famílias que foram às ruas aos milhões, pela verdadeira igreja, por toda a imprensa escrita e falada, pelo empresariado, inclusive pelos políticos compromissados com a democracia. Governos que elevaram o Brasil a um patamar internacional muito mais elevado, que não retirou qualquer direito do cidadão, exceto o voto direto para presidente, pois o Congresso e as instituições continuaram funcionando normalmente.
Por saberem que o estado de coisas está se encaminhando para uma situação onde só as FFAA poderão mais uma vez salvar o país, procuram rotular de anti-democráticas, incluindo ministros dessa Corte, as manifestações populares com bandeiras nacionais, mulheres e crianças, sem qualquer incidente de violência, a não ser algumas exceções, talvez causadas pela infiltração de um daqueles militantes agraciados com sanduíches e ajudas de custo.
É muito fácil esconder-se atrás das togas e das leis fabricadas em proveito próprio para impedir um presidente legitimamente eleito por 60 milhões de brasileiros de realizar suas promessas de campanha.
Esses fatos e conceitos por mim assinalados são vox populis.
Se têm dúvida de sua veracidade, façam como o presidente Bolsonaro, saiam às ruas. Certamente não levarão uma facada de um impune e solitário Adélio, mas seguramente conhecerão o verdadeiro clamor do povo. Encomendem uma pesquisa com institutos isentos ou consultem a população em um plebiscito, se para isso tiverem coragem; assim conhecerão as legítimas aspirações da sociedade.

 Texto do Major-Brigadeiro Jaime Rodrigues Sanchez.



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