“Aos 13 anos, eu caí do cavalo, e a queda causou uma
paralisia do lado direito do meu rosto.
Disse ao médico que me atendeu, um professor de neurologia
do Hospital das Clínicas, que eu queria ser cirurgião.
Ele me aconselhou a procurar outra profissão. Fui para casa
abaladíssimo.
Meu avô então me
repreendeu: “Esquece o que ele disse, não sabe nada. Ele é professor de
cirurgia, mas não de gente”.
Foi aí que eu mais quis ser cirurgião.
Pouco mais de dez anos depois, operei o médico que me
atendeu, por uma grande coincidência. Era noite de Natal. Tirei a vesícula
dele.
No dia seguinte, ele me olhou e perguntou: “O que aconteceu
no seu rosto, menino?”. Eu relembrei a história a ele.
Ele chorou igual a uma criança.
Para mim, o não inexiste. Vou até o fim, sempre.
Desisto só se me matarem.”
Dr. Antonio Luiz Macedo, 67 anos, médico cirurgião.
Um dos
responsáveis por salvar a vida do então candidato e futuro presidente da
República Jair Messias Bolsonaro.
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