Na sua
passagem pela comarca de Ilhéus, na década de 30, enfrentou as ameaças dos
coronéis, mas em pouco tempo pôs ordem nas coisas, deste jeito conquistando
admiração e respeito de toda a população.
Na
Capital, frequentava o Fórum Rui Barbosa, diariamente, onde os funcionários o
tratavam com singular reverência. Mantinha o seu escritório de advocacia na
Avenida Sete de Setembro. Possuía uma vasta biblioteca que doou à Ordem dos
Advogados.
Eis um pequeno excerto feito pelo seu discípulo apanhado do
seu feliz artigo:
"Homem simples, bondoso, corretíssimo, de profundos
conhecimentos jurídicos e vasta cultura. Ruísta incondicional. Compreensivo com
as fraquezas humanas, mas inflexível no cumprimento dos deveres: " Ao
consultório médico vão levar as misérias físicas; ao, do advogado, as misérias
morais...” Defendia com intransigência os interesses dos bem-nascidos, e, com o
mesmo empenho, os humildes e deserdados da vida, que nele encontravam o mais
fiel escudeiro nas lutas contra injustiças, do que deixou exemplos
memoráveis."
Sem dúvida, foi um grande advogado, um ilustre filho da
nossa Bahia mas ficou esquecido pelos homens. Pois, nem sequer uma simples rua
da cidade perpetua-lhe o nome.
"É que vivemos tempos de ingratidão, de profunda
inversão de valores. Afinal, como supremo consolo, a todos nos resta a vala
comum, niveladora mãe inexorável do final do destino dos homens e de suas
vaidades".
Membro da Academia
Grapiúna de Letras- AGRAL, ocupante da cadeira nº 11.
E-mail: antoniobaracho@hotmail.com
Tel. (73) 99102-7937
/ 98801-1224
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