Se o sol perder o ânimo
Se a lua entrar em pânico
Se a chuva errar de alvo
Se o mar se por a salvo
Se a terra abortar
O estupro do átomo
Se o vulcão devorar
As luas de asfalto
Se o vento escapar
Pelos horizontes
Se o amor implodir
Nos indiferentes
E se o rio engasgar
E se a ponte fingir
E se a rua ruir
E se o riso rasgar
E se o olhar tropeçar
E cair no espelho
E se o cheiro do tempo
Estiver vencido
E se o gosto do veneno
For o antídoto
E se tocar der barato
E se ouvir for calar
E se falar for sem rosto
E se o efeito de pensar
For imediato
E se todo sentimento
Investir no mercado
E se as cédulas
Rasgarem as celas
Sem piedade
E se as selvas
Salvarem as cidades
Do vírus
Civilizado
Então está revelado: é hora de se
Despir
Do deserto das casas
É hora de se vestir asas de
Audácia
E sobrevoar a culpa do
Perdão
E se exercitar nos
Gestos
Deus no coração
Geraldo Maia, poeta
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO
(incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA
DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação
Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha
Notícias,
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