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terça-feira, 12 de março de 2019

PODE E NÃO PODE - Maya Félix


Bolsonaro evidenciou o inegável: o Rei (Momo) está nu! Carnaval é isso mesmo, é degradação.

Por muito tempo, ouviu-se um silêncio absoluto acerca do comportamento dos presidentes da República dos últimos 20 anos. Lula foi flagrado bêbado várias vezes, em eventos internacionais nos quais representava o Brasil, inclusive, mas não me vem à memória nenhum artigo que o tenha desabonado.

Ao declarar que a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, era uma “cidade exportadora de viados” (com “i”, mesmo, vocábulo vindo da palavra “transviado”), em 2006, não percebi nenhuma crítica de entidades, ONGs, Daniela Mercury, fosse lá quem fosse. Sobre o desastre de Alcântara, no Maranhão, ocorrido em 2003, no qual mais de 20 cientistas morreram, Lula disse a Wladimir Putin: “Há males que vêm para o bem”. Não li nenhum manifesto da SBPC. Não vi a fraternidade dos Direitos Humanos se indignar.

Preconceito contra negros? Em viagem à Namíbia, em 2003, Lula declarou: “Quem chega a Windhoek não parece que está em um país africano”. Ora, mas por quê? Porque “poucas cidades do mundo são tão limpas, tão bonitas arquitetonicamente e têm um povo tão extraordinário como tem essa cidade". Ah, bom. Faltaram as avaliações da filósofa Márcia Tiburi, do ator Lázaro Ramos e da Benedita da Silva aí. Ficaram calados.

Lula também admirava o ditador sanguinário Fidel Castro e justificava suas atrocidades. Em 2003, foi instado a conversar sobre Direitos Humanos com Fidel e respondeu: “Não vou dar palpite na política de Cuba”. Há muitas, ainda. Basta procurar na Internet e verificar o quanto Lula insultou o povo brasileiro, outras nações, pessoas especiais, negros, mulheres e homossexuais, poupando ditadores sanguinários de qualquer crítica, mínima que fosse. 

D. Marisa, no auge dos protestos contra Dilma Roussef, em março de 2016, disse a seu filho que os brasileiros enfiassem “as panelas no cu”. Não me lembro de ter visto Jean Wyllys indignado, posando de vítima nas redes sociais, fazendo biquinho e dizendo que ia sair do Brasil. Mas temos gafes para todos: de José Dirceu a Celso Amorim, de José Genoíno a Rui Falcão, passando por Orlando Silva e toda a então corte ministerial.

E se por acaso não houve gafe social, acreditem, houve falta política e administrativa, que tenha dito respeito a algum cartão corporativo, a carros oficiais, a voos além da conta. Sim, gastaram-se os tubos nos governos Lula e Dilma. De cabeleireiros renomados e plásticas estéticas, tudo pago com o dinheiro que deveria ir para a Educação, a Saúde, a Segurança, a Infraestrutura etc. O BNDES fez empréstimos absurdos a nações que já declararam que não vão nos pagar. Estradas? Ferrovias? Onde estão as grandes obras desses governos? Estão em outros países, mas não no Brasil. Restou o Bolsa Família, programa que – olhem que gafe – começou com Fernando Henrique Cardoso, mas Lula não disse isso, porque era mais fácil falar da “herança maldita”. 

Quanto às gafes da presidenta: davam um anedotário particular. Desnecessário citar uma apenas. Quem não se lembra? Junho de 2015: “Aqui hoje eu tô saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil”. E continuou: “Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em homo sapiens. Ou mulheres sapiens”. E por aí vai, ladeira abaixo. Sua incompetência ao gerir a coisa pública só pode ser comparada a seus discursos desastrosos. 

Os mesmos que silenciaram a respeito dos governos do PT durante 14 anos agora se levantam para, indignados, revestidos de autoridade a respeito de “como um presidente deve se portar”, criticar impiedosamente Jair Bolsonaro. O presidente postou, em sua conta no Twitter, um vídeo curto de dois homens que praticaram atentado ao pudor num desses “blocos” que saem às ruas para “encantar” a população no período momesco.

Vídeo horroroso, sim. Por essas e outras, não é de hoje que a maioria da população se volta contra o Carnaval. Primeiro, porque sempre foi financiado com verba pública, dinheiro de quem paga impostos. Quer festejar? Festeje, amigo, mas tire do seu próprio bolso. Banque seus desfiles de escola de samba e blocos com grana da iniciativa privada. Dinheiro público, vamos repetir pela enésima vez, é para Saúde, Educação, Infraestrutura. Ora, mas por que tantos criticam o Carnaval? Deve ser porque não têm conseguido perceber nada de bom nele.

O vídeo postado pelo presidente é autoexplicativo. Não é preciso falar de acidentes de carro, nem de homicídios, assaltos e violências as mais diversas. Nosso país já vive diariamente esse flagelo e no Carnaval tudo aumenta. Não é difícil se voltar contra essa “festa popular” vendo o estrago feito a cada ano. Mas, obviamente, a grande questão que a miopia esquerdista consegue enxergar é que o presidente não poderia ter postado o vídeo. Definitivamente, não é o presidente que está em questão! 

Bolsonaro evidenciou o inegável: o Rei (Momo) está nu! Carnaval é isso mesmo, é degradação. Viúvas de Fidel atacam quem expõe a vergonha, não quem a pratica. Aí dizem, castiçamente, que o presidente agiu “contra a liturgia do cargo” – jamais respeitada por Lula e Dilma, repita-se – ao expor um câncer social, que é a falta de decoro de certos grupos que acham que podem se comportar acima da lei e de qualquer convenção porque “têm direitos”.

Que acham que podem ferir os direitos alheios, como a paz e o sossego, porque seus “direitos” estão acima de quaisquer outros.

Vejam bem, esta é a verdadeira discussão, este é o verdadeiro debate que se coloca. Eu, de minha parte, concordo com Bolsonaro. Seja você homem, mulher, alienígena ou peixe de aquário, trate de respeitar os outros. Dentro de sua casa, faça o que bem entender. No espaço público, atenção. Eu não pago imposto para financiar isso.


Maya Félix 

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