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terça-feira, 17 de julho de 2018

ITABUNA CENTENÁRIA UM SONETO: As navalhas do vento – Geraldo Maia


As navalhas do vento


As navalhas do vento voltaram afiadas
depois de dançarem na beira de vulcões
chegaram sedentas de noite e canções
de enganar o sol e se puseram caladas

entre as camadas da pele e os desvãos
dos cobertores a tolher o cio das mãos
com suas luvas de alabastro e cachecóis
no riso e no olhar a sombra dos faróis

de neblina envolvem o coração de pânico
que pende calor do ácido e do tânico
e termina embriagado de seu próprio sangue

e sonha com os tiros de um bangue-bangue
cheiro de pólvora mistura ao de café
o sabor bem quente do ventre da mulher.


Geraldo Maia, poeta 
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha Notícias,
Filho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

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