As navalhas do vento
As navalhas do vento voltaram afiadas
depois de dançarem na beira de vulcões
chegaram sedentas de noite e canções
de enganar o sol e se puseram caladas
entre as camadas da pele e os desvãos
dos cobertores a tolher o cio das mãos
com suas luvas de alabastro e cachecóis
no riso e no olhar a sombra dos faróis
de neblina envolvem o coração de pânico
que pende calor do ácido e do tânico
e termina embriagado de seu próprio sangue
e sonha com os tiros de um bangue-bangue
cheiro de pólvora mistura ao de café
o sabor bem quente do ventre da mulher.
Geraldo Maia, poeta
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO
(incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA
DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação
Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha
Notícias,
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