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quarta-feira, 8 de março de 2017

EU E A PRAÇA - Pérola Bensabath

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Eu e a Praça


Das recordações da infância,
sobrou aquela praça,
banhada ao sol, chovendo pirraça.
Eu-menina corria alegre, descalça.
(A PRAÇA - reduto do tempo!)


Lá, eu brincava desgrenhada,
cabelos ao vento.
No regaço da euforia,
a todos lançava arrelia.


A PRAÇA foi mãe e amiga,
me ensinou coragem e alegria.
No jogo da vida - eu perdia, eu ganhava.
No anoitecer da praça - eu chorava, eu sorria.
Colhi flores soberanas
no encalço da única esperança,
na firmeza da louca inocência
e no acato da mais pura infância.


EU e a PRAÇA.
Nas manhãs ensolaradas - eu brincava,
nas frias tardes vazias - um romance desfolhava.
A PRAÇA me viu amadurecer vadia,
ensimesmando temas, fazendo poesia.


Foi testemunha do primeiro beijo
que fez da criança - mulher, um dia.

  

Pérola Bensabath    

* * *

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