Foto: Arquivo ICAL
Cântico da vinha
“Naquele dia se dirá: cantai a bela vinha!
Eu, o Senhor, sou o vinhateiro, no momento oportuno eu a
rego e fim de que seus sarmentos não murchem. Dia e noite eu a vigio e nada
tenho contra ela.”
Meu Deus
querido, eu sou a sua vinha. Vós sois o meu vinhateiro. Como é bom sentir-me
regada por vós!
Sentir-me
vigiada dia e noite, não vigiada para tolher-me, mas para proteger-me.
É bom sentir-me
criança, novamente criança, tendo alguém para segurar a minha mão, como no
tempo em que passeava com meu pai segurando a sua mão. Como me sentia
protegida. Como me orgulhava em saber
que ninguém poderia fazer nada contra mim. O meu vinhateiro me protegia.
E sob a sua proteção, cresci e aprendi a
vos amar, meu Deus!
Hoje, o meu
vinhateiro sois vós. Vós que podais os meus galhos nos momentos precisos. Toda
poda, exige sofrimento. Preciso entregar-me a meu vinhateiro para que a poda se
faça. Só assim, os sarmentos continuarão frescos apesar dos anos porque o
vinhateiro está sempre a renová-los. Os anos passam, mas o vinhateiro não. E um
dia... Quando não sei, quando não for preciso mais poda, encontrar-me- ei
convosco, meu querido vinhateiro e também com aquele vinhateiro que me ensinou
a amar-vos.
Assim seja.
(CARROSSEL)
Marília Benício dos Santos
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