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segunda-feira, 6 de março de 2017

CÂNTICO DA VINHA – Marília Benício dos Santos

Foto: Arquivo ICAL

Cântico da vinha


“Naquele dia se dirá: cantai a bela vinha!
Eu, o Senhor, sou o vinhateiro, no momento oportuno eu a rego e fim de que seus sarmentos não murchem. Dia e noite eu a vigio e nada tenho contra ela.”


      Meu Deus querido, eu sou a sua vinha. Vós sois o meu vinhateiro. Como é bom sentir-me regada por vós!

      Sentir-me vigiada dia e noite, não vigiada para tolher-me, mas para proteger-me.

      É bom sentir-me criança, novamente criança, tendo alguém para segurar a minha mão, como no tempo em que passeava com meu pai segurando a sua mão. Como me sentia protegida. Como me orgulhava em saber  que ninguém poderia fazer nada contra mim. O meu vinhateiro me protegia. E sob a sua proteção, cresci e aprendi  a vos amar, meu Deus!

      Hoje, o meu vinhateiro sois vós. Vós que podais os meus galhos nos momentos precisos. Toda poda, exige sofrimento. Preciso entregar-me a meu vinhateiro para que a poda se faça. Só assim, os sarmentos continuarão frescos apesar dos anos porque o vinhateiro está sempre a renová-los. Os anos passam, mas o vinhateiro não. E um dia... Quando não sei, quando não for preciso mais poda, encontrar-me- ei convosco, meu querido vinhateiro e também com aquele vinhateiro que me ensinou a amar-vos.

      Assim seja.


(CARROSSEL)

Marília Benício dos Santos

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