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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

CIDADÃ DO INFINITO – Zilda Arns

Zilda Arns


Zilda Arns não poderia morrer no sossego de um leito depois de passar por um período de enfermidade. Não poderia ser vitimada pela violência urbana ou qualquer outro tipo de violência. Morrer pela queda de um avião? Em desastre automobilístico? Num naufrágio? Nada disso!...

Zilda Arns, a extraordinária brasileira, chamada por índios de “pássaro pequeno que voa alto” só poderia morrer em missão. O anjo de Deus veio buscá-la justamente onde seu coração mais se sentia feliz: junto aos pobres, no país mais pobre das Américas, exercitando seu espírito de fé e caridade para com os pequeninos, destemida na luta “para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Escolheu a medicina como missão. Sua prática como médica pediatra teve como suporte várias especializações como Saúde Publica, pela USP e Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS).

Aqui em Itabuna milhares de crianças devem a vida ao trabalho contra a desnutrição infantil desenvolvido por voluntários formados pela Pastoral da Criança, criada em 1983 por Zilda Arns a pedido da CNBB, juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello, Cardeal Arcebispo Primaz de Salvador, que na época era Arcebispo de Londrina. Ela ensinava: AMAR É ACOLHER, AMAR É COMPREENDER, AMAR É FAZER O OUTRO CRESCER. Há seis anos fundou, organizou e continuava coordenando a Pastoral da Pessoa Idosa. Hoje 129 mil idosos são acompanhados por 14 mil voluntários. Recebeu várias condecorações pelo seu trabalho na área social tais como: Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em prol da Saúde da Criança (UNICEF) e o título de Heroína da Saúde Pública das Américas. Foi por três vezes indicada para o Premio Nobel da Paz e recebeu vários outros prêmios de reconhecimento.

Morreu em ação, ao lado das criaturas a quem defendia, apoiava e amava. Estava sempre ouvindo, ensinando e orientando alguém na luta em prol da dignidade humana. No meio de um povo em situação de pobreza e miséria, no Haiti entregou sua vida.

Combateu o bom combate, guardou a fé. Foi uma líder que soube muito bem capacitar pessoas para entender o tamanho da missão. Seu trabalho continuará porque hoje envolve quase 90 mil voluntários e acompanha perto de 3 milhões de famílias e quase 4 milhões de crianças menores de 6 anos de idade em 23 mil comunidades pobres de todo o país.

Morreu dia 12 de Janeiro de 2010, vítima do terremoto no Haiti.
Foi uma cristã autêntica que serve de exemplo para nós.
O Brasil ficou de luto... O céu em Festa!...

Autor: desconhecido

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