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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

INDIGNAÇÃO

Por Brigadeiro Eduardo Camerini

  


Enviei o texto abaixo para o Sr. Ministro da Defesa hoje, pelo começo da tarde, para que ele pudesse fazer uma avaliação. 

Não obtive resposta ainda, mas julgo necessário divulgar entre outros colegas militares, dada a gravidade da situação.


AO MINISTRO DA DEFESA

Prezado General Paulo Sérgio.

Conforme lhe informei ontem, estou lhe mandando esse texto, de minha autoria, para sua apreciação.

Trata-se de uma cópia única, endereçada somente ao senhor, para sua avaliação.

Que as decisões sejam iluminadas!

 

                                                               ******

Texto Escrito Após a Fala do Sr. Presidente da República.

 

Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam uma guerra!

Hoje perdemos a maior delas!

Perdemos nossa Coragem!

Perdemos nossa Honra!

Perdemos nossa Lealdade!

Não cumprimos com o nosso Dever!

Perdemos a nossa Pátria!

Eu estou com vergonha de ser militar!

Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou, sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas, e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.

Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger!

Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo.

Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda mais as coisas. 

Joguem todas as nossas canções no lixo!

A partir de hoje, só representam mentiras!

Como disse Churchill:

 “Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.”

E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente.

A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como traidores. 

Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu inclusive. 

Generais não serão mais representantes de suas tropas.

Perderão o respeito dos honestos.

As tropas se insubordinarão, e com toda razão.

Os generais pagarão caro por essa deslealdade.

Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas urnas. 

Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude!

Mas outros, civis, conseguiram!

A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam, Manés! 

E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF, que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não aconteceu?

E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo?

Isso também não aconteceu?

Onde está a defesa dos poderes constitucionais?

Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência a um ladrão?

Será que os generais são incapazes de enxergar que, validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder, assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?

NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!

A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que asseguram o governo ditatorial.

 

O povo nunca perdoou os traidores nem os burros. 

Não vai ser agora que irão.

Ah, sim, generais:

Entrarão para a História!

Pela mesma porta que entrou Calabar.

QUE VERGONHA!


Assina:

Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini


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